sexta-feira, 10 de março de 2017

Açorda de pescada com camarão e mexilhão

Não é um prato fotogénico para a fotografia, mas há coisas que pouco importam a não ser o sabor e a facilidade com que se prepara um jantar assim com meia dúzia de sobras que se vão acumulando no congelador. E faz-se a festa com mais dois pãezinhos já velhos, que se tornavam novos numa refeição quente e aconchegante.
Não se nasce a gostar de açorda. Aprende-se quando crescemos o que andámos a perder quando éramos novos e não queríamos comer a tão boa açorda que a minha mãe fazia. Como não posso voltar atrás, volta e meia sai uma açorda da minha cozinha para recordar o que andei a perder. Aqui, aqui, aqui e mais aqui, outras açordas bem boas.











quarta-feira, 8 de março de 2017

Bolo de amêndoa, nozes e ameixas secas

Fui tão generosa quando deixei o bolo a cozer menos 2 minutos. O tempo suficiente para ficar mais molinho por dentro como ele gosta. Depois fui tão má quando no dia a seguir escondi o bolo numa caixa dentro de um armário. Sabia que ele me iria perguntar pelo bolo quando chegasse a casa primeiro que eu. Claro que não lhe disse onde estava, e só de o imaginar zangado à procura do bolo, as risadas que dei sozinha no trabalho. Quando cheguei a casa achei-o cabisbaixo e fui buscar uma fatia de bolo para o animar. Ele só comeu metade. Talvez faça outro bolo ainda melhor que este, que ele adorou. Talvez um dia deixe de brincar com ele e pregar-lhe partidas como esconder os bolos que ele mais gosta, ou talvez não. Adoro brincar com ele, mesmo que já se tenham passado mais de 20 anos, há coisas que nunca mudam, outras mudam para ainda melhor.

sexta-feira, 3 de março de 2017

Picadinho de fígado grelhado

Este ano não festejei o carnaval, aliás, passou-me bem ao lado. As razões não são nada de especiais, apenas não me apeteceu, ao contrário de outros anos que combinamos com amigos e saímos todos mascarados. Como sempre dou a volta ao "mais-que-tudo" para ir de matrafona, pois que isso faz-me rir até doer a barriga só de olhar para ele. Ele faz-me sempre a vontade, adora ver-me feliz. Não brinquei ao Carnaval, mas tive momentos muito especiais que recordarei no próximo quando me lembrar do anterior. 
A receita de hoje é um petisco bem económico e feito só a pensar em mim, não porque fui egoísta, nada disso, é mesmo porque eles não gostam. Portanto, sozinha apanhei uma barrigada de fígado num petisco a fazer lembrar o pica-pau, que vi numa revista e arranquei a página para não me esquecer de fazer. Substituí o limão pela laranja e gostei da troca, e mais umas azeitonas que não estavam na receita e outras retificações a meu gosto. Bom fim-de-semana!