segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Chutney de cebola roxa

O "piolho" adora chutney de cebola roxa. Sempre que vamos comer um bitoque onde podemos escolher o molho, ele escolhe sempre o bife com chutney de cebola roxa. A pensar nele lá fiz uns frasquinhos para guardar e ir consumindo de muitas maneiras. Com queijo, no hambúrguer no pão, numa carne assada, com as sobras de um assado numa sandes, as possibilidades são muitas. Como é para consumir em pouco tempo não coloquei muito açúcar, mas se for para durar e durar, há que dobrar a dosagem para garantir que fica bem conservado. Podem triturar depois de feito, cá por casa preferimos os pedaços de cebola à vista.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Wraps com nuggets de frango e molho de iogurte e coentros

O "piolho encardido" depois de duas idas às urgências, de medicamentos, muitas sonecas e muita preguiça, começa a dar sinais de melhoras. Prova disso é a sua rebeldia a vir ao de cima e os seus pedidos culinários. Ele bem sabe que nunca nego tais pedidos, nem que seja feijoada ao lanche ou canja ao pequeno-almoço, como já lhe fiz. E enquanto escrevia este post, fui fazendo umas panquecas como ele tanto gosta.
Até eu já me sinto mais animada para vir aqui partilhar o meu tempero. Hoje sai uns wraps que andam aqui nos rascunhos há tanto tempo, e como a receita é fácil de explicar, não passa de hoje. Cá por casa adoramos estes jantares leves que fazem companhia a uma sopa.


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Crème brûlée (com baunilha)

A semana não começou bem. Nem sempre estamos preparados para as situações menos boas nesta "coisa" de sermos pais. Nem sempre tudo é perfeito, nem sempre são boas notícias e às vezes eles também adoecem e mesmo que não seja nada de grave, o nosso estado de alerta fica bem mais apurado. Ainda ontem contava ao "piolho" que quando ele nasceu não larguei a mão dele no hospital com medo que mo roubassem. E quase dez anos depois a sensação mantém-se. Acho que no fundo todos os pais sentem o mesmo. 
Sempre que se aproxima o mês de dezembro recordo esse dia e todos os momentos até trazermos o "piolho" para casa. Um misto de alegria com alguma apreensão. Mas cá estamos, eu e o "mais-que-tudo" a fazermos a melhor das equipas para tornar este grande trabalho das nossas vidas muito mais fácil.
Agora vamos à sobremesa, um crème brûlée, que é bem diferente do nosso tradicional leite-creme. O leite-creme engrossa no fogão com farinha de trigo (eu gosto de usar amido de milho) e leva leite, ao contrário do crème brûlée que leva natas, apesar de ter misturado leite para ficar menos calórico, e vai a cozer no forno em banho-maria. As texturas são bem diferentes e nada como experimentarem para verem do que falo. Eu gosto de ambas.


terça-feira, 17 de novembro de 2015

Bolo de pêra e citrinos (sem batedeira)

Fiz este bolo a pensar em ti. Húmido como tu gostas, e não mal cozido como achas que ficam os bolos que julgas que são húmidos porque estão apenas mal cozidos. Rendi-me aos teus bolos só porque sim, ou na verdade, porque não haveria melhor maneira de os fazer, que não fosse mesmo por querer ver-te deliciado a comê-los. Sei que teimei tantas e tantas vezes, sem querer ceder à tua tão obsessão por bolos húmidos. Tantas vezes me apeteceu dar-te a massa crua dentro da tigela e a colher de pau para que comesses o bolo realmente "mal cozido". Sei que não sou fácil de convencer, sei que não sou fácil de compreender, sei que continuo a ser a miúda de 22 anos que conheceste (reencontraste) mimada, estranha e louca q.b., mas que o tempo mudou e aligeirou, que o tempo fez descobrir outras caraterísticas que não estavas preparado para conhecer em mim. O tempo foi o culpado de tudo. O tempo que perdi a cuidar dos outros sem pensar em mim, fui-me esquecendo. Quando me descobri, descobri também que ninguém estava preparado para me (re)conhecer. O tempo que perdi a fazer este bolo, era o tempo que eu precisava que os outros perdessem a reconhecerem-me, porque no fundo, eu sou apenas uma versão mais refinada daquilo que já fui. O tempo que passar, passarei sempre com tempo quando fizer os bolos húmidos que me pedes há tanto tempo, e eu a achar que era tempo perdido e afinal, ainda fui muito a tempo de torná-los também os meus preferidos. Já te disse que te amo? Ainda vou a tempo?

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Solha no forno com crosta de coentros e limão e batatinhas "a murro"

Como a maioria das mulheres (julgo eu) tento manter um equilíbrio na alimentação da minha família. Comer de tudo um pouco e preferir sempre produtos frescos e não processados, como muito se tem falado. Claro que quando o assunto arrefece já ninguém tem cuidados ou pensa muito nisso. Eu cá continuo a fazer o que sempre fiz, equilibrar. Uma das coisas que tentei mudar também ao longo dos anos, foi o consumo de peixe. Cresci numa casa que se comia muito peixe, e ainda hoje é assim. Quando fui viver para a minha casa, o "mais-que-tudo" vinha muito mal treinado com o peixe, era vê-lo engasgar-se a toda a hora, e com o receio fui preferindo os medalhões, mimos, tranches e afins, ou então o salmão e o bacalhau que eram fáceis de comer. A pouco e pouco fui introduzindo novos peixes, ensinando as regras base e de como safar-se sem ficar atravessado com uma espinha na garganta. Comecei sempre pelos fáceis, bacalhau, postas de salmão e pescada, depois os carapaus, o peixe espada, um dia um robalo, noutro uma dourada, noutro um pargo e por aí fora. Ganhei esta batalha com todo o orgulho de uma mãe de família que zela pelo melhor de todos. O "piolho" obviamente levou com este tratamento choque do peixe com espinhas desde que me lembro. Até mesmo um simples bacalhau à brás ou outros pratos com o peixe em lascas, eu digo sempre, não confiem em ninguém, nem em mim, porque podem sempre encontrar uma espinha. Durante meses, anos até, fui repetindo sempre a mesma coisa, cada vez que levava peixe à mesa. Puxem a pele, retirem as espinhas de lado assim, ponham-nas fora do prato, olhem para a garfada antes de pôr na boca, depois sintam com a língua e só depois engulam.
Imagino como fui chata...Mas está feito, a minha missão "peixe com espinhas" está cumprida! Quer dizer falta as sardinhas vá... que é só o meu peixe predileto... mas eu vou chegar lá.