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sexta-feira, 2 de outubro de 2015

10 anos de Olivais do Sul

A convite da Olivais do Sul, eu e o "mais-que-tudo" rumámos ao Alentejo para festejar os seus 10 anos de trabalho árduo, de espera, de muito amor e dedicação até ao ano que saiu o primeiro azeite. Fomos recebidos pela Maria M. que nos pôs ao corrente de tudo acompanhado por um sorriso encantador de quem faz aquilo que gosta. 

Aprendemos no terreno as várias técnicas de poda, os seus benefícios ou consequências e acima de tudo percebemos que é preciso trabalhar com garra para a terra nos dar o seu melhor fruto. O azeite Olivais do Sul é um produto de excelência e com uma imagem arrojada, e apesar dos seus tenros 10 anos e da primeira produção de azeite ter sido apenas em 2008, já arrecadou vários prémios.

Foi uma tarde muito agradável com direito a palestra para conhecermos a fundo como tudo começou e a entrega de uma menção honrosa a um grande conhecedor desta matéria. Houve prova de azeite, e um fim de tarde ainda melhor, onde pudemos assistir ao pôr-do-sol no terraço, ao som de saxofone ao vivo, uma vista deslumbrante de oliveiras alinhadas e bem cuidadas e um cocktail com iguarias alentejanas.

Terminámos com um jantar onde pude rir com um alentejano que se destacou pela sua garra e afinco nas palavras. Como cenário de fundo estava a realizar-se uma colheita especial noturna com a lua a iluminar e a deixar-nos vislumbrar envergonhadamente ao longe o início de tudo, e provavelmente esta colheita dará origem ao primeiro azeite do ano em Portugal.

 Parabéns Olivais do Sul, aos seus fundadores e a toda a equipa!









 

sábado, 5 de setembro de 2015

Post só para o "mais-que-tudo"


Às vezes é preciso dizer ao Mundo aquilo que sentimos. Não porque tenha de provar alguma coisa, mas porque não haverá neste planeta forma melhor de provarmos aos outros o quão são especiais. Mesmo que pudesse fazer pessoalmente, acharei sempre que esta minha veia poética dá muito mais valor à palavra escrita. Eternizar aquilo que sentimos, neste caso com um pouco dos dois mundos. A minha palavra escrita e uma imagem dedicada a ti, porque serás sempre aquele fotógrafo que conheci há tantos, tantos anos atrás, e que me virou o mundo do avesso.

Parabéns pelos teus 43 anos, dos quais cerca de 20 eu vi de perto. Quase que crescemos juntos e aprendemos tanto um com um outro. Somos obviamente muito diferentes, tu vives com os pés bem assentes na terra, e eu sou a eterna sonhadora que passo a maior parte da vida a saltitar por entre as nuvens fofas do céu azul. 

Aprendi tanto contigo. Aprendi a ser moderada e um pouco mais paciente. Aprendi a descer das nuvens mais vezes do que contava e a pensar no futuro como um investimento a longo prazo. Aprendi que o mundo não é cor-de-rosa como fazia nos meus sonhos. Aprendi contigo a olhar para tudo de forma mais racional e menos ingénua.

Ensinaste-me tanto. Aprendi a apreciar todas as artes noutra perspetiva. Aprendi que pode ser tão bom viajar num Fiat Uno velho com uma tenda na mala, latas de comida e sem planos de paragens, como ficar num hotel de 5 estrelas. Aprendi que podia perder tempo a tentar conhecer uma pessoa tão diferente de mim. E eu dei-te essa oportunidade e esse tempo, e no fundo, tu deste-me também a mim.

Nem sempre tudo foi fácil, mas foi tão bom perder tempo a conhecer-te. És um ser humano muito intenso e sempre transparente comigo ao longo destes anos todos, e não é para todos. No fim da caminhada, tinha a tal joia que me falavas há 20 anos que eu podia encontrar. 

Talvez nunca te tenha dito o quão especial és para mim, talvez seja mal interpretada muitas das vezes, mas aqui estou eu a escrever-te assim em jeito de carta de amor, para todo o mundo ouvir. 

És especial para mim, continuas a virar o meu mundo ao contrário, e eu... E eu continuo a adorar. 

Espero que gostes da fotografia que nem viste que tirei, num dia que fomos passear e como sempre deixas-me pendurada e vais fotografar ou filmar. Mas não, não me estou a queixar, nem podia ser de outra maneira. És tu, e a tua máquina faz parte da ti. Nada tenho contra, pois já me habituei. Só assim é que teria 20 anos da minha vida retratada em imagens. Obrigada!

PARABÉNS!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

4 Anos D' O Meu Tempero

Por norma não festejo este dia, mas este ano apetece-me contrariar a minha essência. São 4 anos que mudaram a minha rotina para melhor, porque um hobby faz bem a toda a gente. Não tenho nenhum rótulo importante, apenas sou uma mulher que tem dentro de si uma enorme paixão pela culinária. Aprendo com os livros, pesquisas na internet, inspiro-me aqui e ali, e gosto muito de aprender com o contacto real com as pessoas e as suas próprias experiências culinárias. Sou praticamente uma "ladra" de receitas de família e sinto-me privilegiada quando elas vêm parar à minha mão. Não posso comprar todos os livros, mas dou por mim tantas vezes nas livrarias a devorar livros de culinária que nem dou pelo tempo passar. 

Foram 4 anos que tentei dar o meu melhor. Fiz receitas novas e melhorei outras, porque há sempre espaço para melhorar na minha cozinha, pois quanto mais aprendo, mais ignorante e estúpida me sinto. Continuo a ser uma pessoa pouco segura quando as coisas tornam-se demasiado sérias e já perdi algumas oportunidades por este pequeno defeito na minha personalidade.

Fui e sou muito feliz aqui, acho que preenchi um vazio que na altura não fazia ideia que pudesse ser preenchido com um blogue e há 4 anos atrás, no mesmo dia que hoje, iniciou esta aventura.

Tenho a agradecer ao "mais-que-tudo" porque foi ao vasculhar umas fotos de família, de onde encontrei uma fotografia tirada por ele em jeito de recordação, de um patético prato que fiz, e essa mesma fotografia originou o clique e por conseguinte o 1º Post. Nesse dia cheguei a casa eufórica a dizer que tinha um blogue e nem sequer estava ainda ao meu gosto. Passei muitos dias no blogue a alterar, experimentar e a chegar até onde me sentia confortável, por isso mantenho-o igual até hoje. Uns dias depois o "mais-que-tudo" ofereceu-me um portátil que até hoje está na mesa da cozinha e é lá que é o meu "escritório", as minhas coisas, os meus apontamentos, livros que estou a ler, e na ponta da mesa a taça da fruta, só para não parecer que sou egoísta. Depois vieram os problemas com as fotos. Havia que captar boas imagens e a ajuda dele também foi preciosa. Havia sempre uma máquina para me emprestar daquelas mais simples que eu pudesse compreender. Outros dias havia ajuda dele como profissional ou mesmo o empréstimo de uma dessas máquinas profissionais, (em modo automático claro), quando a luz natural era pouca para as outras máquinas, mas, eu queria a minha libertação e tempos depois ele ajudou-me a escolher uma pequena máquina para "totós" como eu, e aí senti realmente que estava por minha conta, e isto não quer dizer que não possa pedir-lhe ajuda quando estou mais atrapalhada. Tenho os meus truques, a luz natural é sempre a minha melhor aliada. Este inverno decidi não me preocupar com as receitas dos jantares, procurando captar as receitas do fim de semana e sentir a liberdade que nos outros dias à noite ao jantar não sentia. E posso dizer que sou muito mais feliz assim. As minhas refeições durante a semana tornaram-se bem mais tranquilas. Não há luz, não se capta a imagem, pois tenho uma vida toda para mostrar as minhas receitas e parece que o mundo afinal não acaba amanhã. O que não quer dizer que apesar disto ontem à noite fotografei o meu entrecosto assado no forno...

Continuo a ser uma pessoa simples, não tenho grandes gadget´s e máquinas ajudantes de cozinha. Para mim, sou muito feliz com a minha colher de pau, o meu robot de cozinha de 40 euros, a varinha mágica e pouco mais. 

Não dou qualquer importância ao número de seguidores que tenho, nem sequer faço por isso, dou muito mais valor a quem me segue por espontaneidade, porque é assim que sou também. Gosto que me sigam porque gostam de aqui vir e tornem a voltar porque não resistem a isso. Gosto sim, dos comentários e dos emails que vou recebendo. E criei o hábito, há algum tempo atrás, de responder a todos os comentários, para o caso de alguém esperar uma resposta, nem que fosse um simples olá ou um beijinho.

Não sou profissional na área, aliás o meu trabalho tem a ver com papéis, portanto tenho toda uma margem para errar, afinal o mundo não é perfeito e eu também não!

Obrigada a todas/os por me lerem! Obrigada do coração!


Carla Sousa

domingo, 4 de maio de 2014

Mãe...

Eu poderia escrever tanto sobre a minha mãe, tanto que não teria descanso dos meus dedos tão cedo. Poderia dizer-lhe tanta coisa, mas ela já sabe tudo sobre mim e aquilo que sinto por ela. Não consigo dissociar o Dia da Mãe do Dia do Pai, porque os vejo aos dois como uma equipa. Uma boa equipa. Uma equipa que nunca desistiu de mim, apesar de todas as pedras que eu lhes pus no caminho. Eles estiveram sempre lá para me segurar. Eles estão sempre cá para me proteger. E sim, a minha mãe ainda me obriga a comer. Fica de olho no meu prato e mesmo que eu repita 2 vezes, no fim da refeição ela diz sempre: não comeste nada! Ontem ela fez iscas de porco para mim e nunca me souberam tão bem. E sim, ela fez a mais, para eu levar para casa, pois ela sabe como eu adoro iscas.

Obrigada Mãe! Obrigada a todas as mães que embora com as contrariedades da vida continuam a proteger e cuidar dos seus filhos. As outras não têm o meu respeito.

terça-feira, 25 de março de 2014

Moulinex Cuisine Companion - Um Novo Robot Multifunções

O meu primeiro pequeno eletrodoméstico foi uma picadora "1 2 3" da Moulinex. Não tenho um robot de cozinha avançado, mas começo a sentir-me para trás. Acho que eu e a minha colher de pau precisamos de uma ajuda na cozinha. A Moulinex deu-me a conhecer o seu novo produto e fiquei maravilhada.



quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

"O Meu Tempero" Foi à Sic

É verdade. Finalmente tive coragem para aceitar um convite para uma experiência nova na televisão. Foram muitos nervos e ansiedade, pois vocês bem sabem a queda para o dramatismo que eu tenho. O "mais-que-tudo" deu-me um empurrãozinho e correu tudo bem, tirando que parti um jarrinho de vinho em direto, mas até teve a sua graça. E até porque já tinha refrescado o refogado com ele. Ganhei a "Guerra dos Tachos" e fiquei muito feliz por esta nova experiência, relacionada com este hobby que amo de paixão.

Vejam o vídeo aqui:
http://sic.sapo.pt/Programas/queridasmanhas/2014/02/12/guerra-dos-tachos

Um abraço a todas/os
Carla Sousa

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Parabéns Para Mim!

Não estou nada habituada a ser mimada. Acho sempre que não mereço tal atenção. Mas hoje, vá, é um dia especial para mim, pois que cheguei à meta dos ... (o número não interessa). Mal acordei, os meus dois homens fizeram-me uma boa surpresa e cheira-me que andam a preparar alguma.
Para mim, a vida está nos pormenores e receber estes mimos dos amigos e da família é muito bom... E sim, acho que ainda existe a miúda mimada dentro de mim, e sou bem capaz de me habituar a isto.

Portanto hoje não tenho receita... Pois alguém deve estar a cozinhar para mim.



quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Visita A Évora E Um Virar De Página

Não é à toa que Évora é Património Mundial, por isso a família Sousa decidiu voltar lá depois de alguns anos. Partimos rumo a ela num fim de semana a três, para nos despedirmos em grande, deste ano tão conturbado. Foram dois dias bem saboreados a gozar de um verão de S. Martinho em Dezembro. Passámos a cidade a pente fino para que ficassem poucos lugares por visitar. Visitei o mercado, como não podia deixar de ser e fiquei encantada com tanto aprumo. De Évora trouxe uma faca de cozinha, para de uma vez por todas deixar para trás a faca que me acompanha há tantos anos e já com grande esforço a uso. Eu mudei e ela já não me dá aquilo que eu preciso. Mas vamos com calma até passar para uma verdadeira faca de chefe. Foi comprada a uma velhota na rua que me fez lembrar uma das minhas avós. O "mais-que-tudo" regateou o preço como sempre, mas a senhora levou a melhor, porque no fundo era mesmo isso que nós queríamos. Fiquei muito contente por esta pequena mudança e para melhor. É bom deixarmos para trás as coisas que já não nos interessam. Aproveitei também para almoçar uma açorda de bacalhau e aperfeiçoar a minha, para que os meus leitores alentejanos não fiquem zangados comigo. Do Alentejo trago sempre boas recordações.

Bjs a todas/os.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Eu e o Natal...

Parece que ando desaparecida…
Mas não vos sei explicar, aliás, até sei! Qualquer mulher/mãe sentirá certamente o mesmo que eu, ou não…
Desde 2005 que o natal deixou de ter a mesma importância para mim. Pois o meu filho nasceu no dia 25 de Dezembro. Escusado será dizer que estragou as combinações de almoçaradas e jantaradas da família. O malvado! Desde esse dia que todos os meus Natais são em estranha ansiedade vividos. Todos os anos sinto o mesmo. O efeito ninho, o nervoso, os receios... De repente quero arrumar tudo em casa para receber o meu rebento. Mas ele já tem quase 6 anos pois é. Mas em Dezembro eu começo a suspirar a meio do mês e só consigo parar de alívio no dia 26. Alguém me entende? É que eu fico mesmo estranha e só consigo pensar no parto, nas emoções, e agora na festa de aniversário e de como vou ter ar suficiente para encher 50 balões.
Portanto para que não notem a minha ausência nos vossos cantinhos, aqui vai já um pedido de desculpas e um grande beijinho para todas/os. Estou perdoada? Compreendem? Sentem o mesmo? Faço um beicinho? É preciso?

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Café Matinal

Gosto muito de escrever, e por vezes sinto uma imensa necessidade de disparatar mais qualquer coisa que não sejam receitas. E com isto também me dou a conhecer um pouco. E hoje dei comigo a pensar nisto... A cozinha pode ser tudo o que nós quisermos, desde o consultório do psicológo, à lavandaria onde "lavamos a roupa suja" com as amigas e as irmãs, enfim há um mundo dentro de qualquer cozinha. A minha além de todas estas coisas, também é onde eu faço as minhas pequenas vinganças. Eu tenho bom coração, mas tem dias que também mereço sair da linha. Todos os dias quando acordo lá vou eu direita a ela. Ponho 3 copos seguidos sempre pela mesma ordem, ou seja, ordem crescente pelas idade lá de casa. Assim ninguém se engana no seu respectivo copo.

Copo n.º 1 - 1 colher chá de cevada, 1 colher chá de açúcar, temperatura morna, e com palhinha 
Copo n.º 2 - 1 colher chá de café, temperatura quente, e com palhinha (este é o meu)
Copo n.º 3 - 2 colheres chá de café (diferente do meu), 1 colher de açúcar, temperatura abaixo de morna

So far so good, mas o que é certo é que hoje dei comigo a pensar nisto, e descobri que sou muito malvada, e cada vez que um deles me enerva, vingo-me nestes copos. Basta não por açúcar, trocar os cafés, não os aqueço, ou então a pior de todas, NÃO OS FAÇO! Serei eu muito malvada? Há para aí mais alguém tão malvada como eu?


terça-feira, 5 de abril de 2011

Qual é o Teu Prato Preferido?

Há dias fizeram-me uma pergunta pertinente, à qual eu não soube responder. Qual é o teu prato preferido? Dei por mim hoje a pensar nisto, “coisa” esta que me tem incomodado bastante, é como se faltasse um pedaço da minha essência, porque toda a gente tem que ter um prato preferido. Analisei a minha memória até à exactidão dos pormenores. Pois é, perdeu-se aqui qualquer coisa em mim. Lembro-me de pequena ir com a minha mãe à padaria da D.ª Florinda buscar as carcaças estaladiças que tanto adorava com mortadela. Lembro-me do bolo de arroz ser a cabeça de cartaz das minhas preferências, depois o pastel de feijão, seguido do palmier simples, embrulhados em papel tipo sebenta, que depois era reaproveitado para absorver o óleo dos fritos. O esparguete à bolonhesa e o bacalhau à brás acompanharam-me até à idade adulta, tal como os carapaus fritos com molho de escabeche e as sardinhas assadas acamadas numa bela fatia de pão alentejano e salada de pimentos. Até aqui tudo corria bem. E agora? Qual é o meu prato favorito? Não vos sei responder. Talvez tenha estado demasiado entretida a cozinhar para os outros… Acho que me esqueci de mim. Por amor já aprendi a fazer e a comer pato e favas, mas cheguei a este ponto de não saber responder a uma simples pergunta… Isto está a incomodar-me, e por estes dias vou ter de saber a resposta. Nunca fui de deixar nada por dizer a ninguém, todas as perguntas que me fizeram ao longo da vida foram honestamente respondidas. Por isso, parto hoje em missão, em busca deste pedaço de mim que me está a faltar.

sábado, 19 de março de 2011

As Minhas Ricas Cebolas

Tem dias que me fazes chorar, tem dias que me fazes rir, tem dias que andas queimada, outros deslavada. Tem dias que ficas uma matrafona mal picada, outros nem estás para aí ralada. Deixas-me os nervos em franja quando foges da Janota e queres andar para ali em pelota. És uma doida, enrolas-te com o alho e pões-te debaixo do louro para ele não contribuir com o seu aroma, e se ponho duas folhas ficas invejosa.
Pequenina és charmosa, grande ficas vaidosa, até grelada és boa. Desesperas-me quando só tenho um exemplar da tua raça. Corto-te ao meio ou corto-te aos quartos? Pergunto-me. Embrulho-te em papel celofane e guardo-te na fila de trás e escrevo num papelinho: “NÃO MEXER!”. Não vá alguém querer devorar-te crua com o iogurte e os cereais, ou entrar uma grávida por aqui a dentro e dizer-me: "ESTOU COM DESEJOS!”
Tem dias que adoro o teu cheiro, outros que me agonias, mas morro se não estás lá!
E hoje dei comigo a pensar nisto, só porque me esqueci-me de por rímel...

O Meu Tempero

quarta-feira, 16 de março de 2011

A minha companheira de sempre

Apresento-vos a minha companheira de uma década.
Com ela corto tudo o que há para cortar na cozinha.
Tem lógica? Não! É uma faca de pão com serrilha.
Mas com ela pico tudo na perfeição, descasco batatas, todos os legumes e frutas.
Por ela não poderei ir até ao fim do mundo, mas vou até ao fim da pilha de louça que adormecida espera ser limpa e arrumada.
Com ela chorei baba e ranho a descascar cebolas, com ela cantarolei a picar coentros e salsa. Faz sentido? Não!
Com ela fiz as piores figuras na cozinha. Com ela cortei a cabeça de um frango do campo, de máscara e olhos fechados. Correu bem? Nem por isso. Pelo menos já estava morto.
Mas com ela tive uma dedicação superior que me fez lutar e treinar. Com ela trincho carne e corto fatias milimétricas de lombo de porco.
Mas uma faca de serrilha? Sim, uma faca de serrilha!
Por ela e com ela faço Sopa da Janeca às 11 da noite, descarregando frustrações.
Ela se enrosca na minha pequena mão e faz tudo na perfeição, ou quase tudo…
Com ela sofro a tirar os gomos dos citrinos sem pele. Impossível? Talvez. Mas eu e ela conseguimos.
Hoje dei comigo a pensar nisto. Estranho não é? E porque não dar-lhe um nome. Janota? A mim soa-me bem.

O Meu Tempero