quinta-feira, 21 de abril de 2016

Potinhos de iogurte grego com framboesas

Ontem recebi um telefonema que me pôs a pensar. Fiquei estupefacta ao saber de alguém que conheço mas que não tenho qualquer contacto, morreu assim num ápice. Tinha a minha idade, tinha dois filhos e um deles tem a idade do meu. Era alguém que trabalhava com um familiar meu. Chegámos até a encontrarmo-nos no mesmo hospital as duas grávidas. Morreu. Tinha 43 anos. Deixou dois filhos pequenos. Deixou uma casa vazia. Deixou uma família desfeita. Deixou duas crianças a precisarem de uma mãe e provavelmente um pai desorientado, perdido e sem forças para cuidar delas. Depois disto senti o que sentimos todos, porque afinal somos todos feitos da mesma massa genética. Senti-me ridícula, egoísta, demasiado dramática com problemas que eu própria arranjo. Senti que não podemos perder um minuto da vida com aquilo que não interessa. Andaremos todos a fazer o que é certo? A aproveitar todos os bons momentos da vida e pondo de parte as mesquinhices que não valem a perda de sequer um minuto na vida de cada um? Dá que pensar quando a morte bate à porta. Porque afinal é só aí que tudo acaba. Pensem nisto e mudem a vossa vida se não estão felizes. 
A sobremesa foi a pensar nisto. Foi a pensar no "mais-que-tudo" que adora todos os frutos silvestres e apeteceu-me mima-lo. Não é lá muito calórica e podemos fazer muitas vezes. É perfeita para ele. Ele adorou e comeu dois de seguida.


quarta-feira, 20 de abril de 2016

Hambúrgueres de pescada

Domingo passado o "piolho encardido" estava entediado em casa. E eu ainda nas limpezas no combate aos ácaros lá arranjei a melhor maneira de "brincar" com ele. Levei-o para a cozinha e abusei da minha condição de líder. Apesar disso, calma, desta vez não o pus a picar cebola, coisa que adoro. Ensinei-o a fazer sozinho os geladinhos que ele tanto gosta, mas numa versão laranja. Depois abri o frigorífico e havia a pescada já cozida ao almoço, porque entretanto mudei de ideias e apeteceu-me antes fazer o feijão. Depressa arranjei solução, hambúrgueres de peixe. Ele sozinho lá desfiou o peixe, picou os coentros o melhor que pode e mais uns pozinhos. Eu ajudei no molde. Ao jantar foi vê-lo todo contente a dizer ao pai que tinha sido ele a fazer. Malta é tão fácil que doí! Boa quarta-feira e sem muita chuva. O sol vem a caminho não desesperem.


terça-feira, 19 de abril de 2016

Feijão branco com salsichas frescas e ovos escalfados

Enquanto a primavera não chega, por aqui estou nas despedidas das comidas pesadas e de conforto. Se bem que vocês já sabem que sou menina para comer isto no verão. Adoro estes pratos e faço volta e meia quando cozo o feijão em casa, pois posso aproveitar parte do caldo da cozedura do feijão para este prato e outros tantos. E a pensar nisso, quando cozo o feijão aromatizo sempre o caldo com uma cebola, uma cenoura, um dente alho, uma folha de louro e sal grosso. Deixo tudo inteiro e assim depois é mais fácil retirar.

segunda-feira, 18 de abril de 2016

Perninhas de frango com mel e limão (no tacho)

Todos os dias nos esquecemos que estamos sem forno. A verdade é que nunca pensei que nos fizesse tamanha falta. Até o "piolho encardido" deu sugestões de pratos para o fim de semana esquecendo-se também deste pormenor. A mim calhou-me um destes dias deixar as perninhas a descongelar para fazer com citrinos como tanto gostamos, mas lá resolvi fazer de outra maneira quando me lembrei que o meu forninho ainda não voltou para casa. Fica muito saboroso e vou certamente repetir muitas vezes. Também não havia pão em casa, mas havia farinha e a ideia do pão ázimo para estas alturas é perfeita. Depois trago a receita.