segunda-feira, 30 de maio de 2016

Doce de morangos com framboesas

Porque o doce nunca amargou. Porque eu gosto de me exprimir com a comida. Porque os morangos eram docinhos e as framboesas estavam em promoção. Mais palavras para quê? É doce e ponto.

sexta-feira, 27 de maio de 2016

Pão ázimo

Mais filosofias de bolso e se não houver paciência por aí, façam favor de passar à receita.

Umas fazem ioga, outras vão ao psicólogo, outras tiram cursos de cerâmica, outras dedicam-se aos tapetes de arraiolos, outras entregam-se à dor, e eu? E eu cozinho. E foi assim a tarde de ontem, numa tentativa de alinhar os chakras. Claro que não resultou! Sou uma mulher desalinhada por natureza, desenquadrada por opção e incompreendida pela maioria do comum mortal. Só quem tem a chave é que entra. Sou assim uma espécie de jogo com enigmas que quando alguém perde tempo a procurá-los encontra o melhor lugar no meu mundo. Sempre foi assim, apesar de mulher madura, a minha essência será sempre a mesma. Ou amam ou odeiam. Infelizmente, e até me dá vontade de rir porque nunca foi assim, odeiam mais que amam, neste momento atual. É o ciclo da vida, passar por várias provações para que o mundo me defina. Sou rija, venham todas as provações, venham tempestades, venham fins do mundo, que eu estou cá para passar por isso tudo. E porquê? Porque estou viva.
E é precisamente porque estou viva que sou mulher para me enfiar na cozinha uma tarde inteira. Local onde ainda encontro aquela paz que preciso, e em vez de um jantar para três, cozinhei três jantares diferentes para três que davam para três dias, já para não falar que fiz este pão ázimo super rápido e que não precisa nem deve levedar, e no frigorífico uma panela grande de sopa para juntar à festa. Porque eu sempre quis que a minha vida fosse um banquete. Um banquete de amigos, um banquete de família unida, um banquete de histórias engraçadas para contar, um banquete de emoções, sentimentos e experiências, um banquete de tudo. Não sou uma mulher de meio termo. Quero tudo da vida que tenho direito que não seja bens materiais. Enquanto espero vou cozinhando. E ontem para o jantar houve à escolha, uma feijoada de choco com arroz branco, uma salada de salmão, batata, ervilhas, cenoura e couves de bruxelas e ainda um frango assado envolto numa massa simples de farinha e água. Hoje já não posso cozinhar, sob pena de se acumular um banquete no meu frigorífico. Bom fim-de-semana!

terça-feira, 24 de maio de 2016

Bolo mármore de chocolate e baunilha (com óleo de coco)

Cercar-me das pessoas certas, daquelas que despertam o melhor de mim. Daquelas que se encantam pela minha simplicidade, pelo meu sentido de humor, dedicação e afins. Rodear-me delas até não ter ar para respirar, porque me sufocam o tempo. Munir-me de gente que consegue ver para além daquilo que eu mostro, porque a vida exigiu que me resguardasse das más intenções. São alguns dos meus desejos de 2016 que a pouco e pouco se vão cumprindo. Outros vão ficando para trás à espera da sua vez, porque o destino encarregar-se-á deles. Um por um. 
Filosofias de bolso à parte, hoje é dia de matar saudades do bolo mármore. Seco e com uma crosta estaladiça como eu gosto e perfumado com baunilha e chocolate como eu também gosto. Óleo de coco por ser mais saudável e também porque não interfere nos outros aromas apesar de ser coco.


segunda-feira, 23 de maio de 2016

Mini quiches de frango com queijo fresco de tomate e manjericão (novos queijos frescos em barra da Montiqueijo)

A semana passada eu e a Filipa seguimos rumo ao restaurante "O Nobre" para um brunch delicioso, preparado pela Chef Justa Nobre com a preciosa companhia dos queijos da Montiqueijo. Foi-nos mostrado a versatilidade dos queijos, tanto em sobremesas como em salgados, apesar do queijo brilhar por si só, podemos sempre utilizá-lo para fazer brilhar variados pratos.
Esta é uma empresa 100% portuguesa e a única na produção desde a origem até ao produto final.
Mas a coqueluche da Montiqueijo neste momento são os novos queijos frescos em barra, ideais para as mesas de almoços ou jantares de família ou para todas as épocas festivas do ano. Depois da ideia e de trabalharem nos sabores, finalmente chegaram ao mercado os queijos frescos em barra em 3 opções, o tradicional, o com tomate e manjericão e o com alecrim. Este formato é bem interessante e de certa forma facilita-nos a vida na hora de dividir por todos. Nunca deram por vocês a sentarem-se à mesa e ficarem em dúvida de como se iam servir do queijo fresco? Se se serviam do queijinho inteiro ou deixavam lá metade no prato? Sempre com a dúvida se o tirassem inteiro e se todos fizessem o mesmo, não sobraria para os restantes? Pois bem, temos este problema resolvido! E se sobrar queijo? Não faz mal, eu e a Filipa temos a receita de umas mini quiches bem saborosas para reaproveitar o queijo que sobrou.



fotografias cedidas pela Montiqueijo

sexta-feira, 20 de maio de 2016

Bacalhau com puré de batata e chouriço

Para hoje temos bacalhau. Um bacalhau que levou em troca sorrisos e suspiros. Estava bem simpático e vou repetir outras vezes. Bom fim-de-semana!

quinta-feira, 19 de maio de 2016

Lulas grelhadas com molho de tomate à mãe Beta

Por muito que eu queira, por muito que a sociedade exija, eu nunca serei uma pessoa ambiciosa. Eu sou uma mulher simples que dá valor aos pormenores. Gosto de colecionar histórias e emocionar-me com elas cada vez que as conto, gosto de conhecer pessoas que se destacam na multidão, gosto da vida humilde e simples. Nunca mostrarei aquilo que não sou, só para parecer maior. Aquilo que veem, é exatamente o que sou. Mas há dias que me esqueço de agradecer, porque a verdade é que não sei bem a quem agradecer, visto não ser crente. Há dias que o facto de morar num prédio sem elevador não tem qualquer importância, ao pé do privilégio de morar perto do mar. Há dias que me arrependo de reclamar, embora eu ache que reclame pouco. Há dias que sinto uma enorme vontade de agradecer tudo aquilo que tenho na vida. Para uns será pouco, para mim é tanto. Chegar a casa e ter lulas fresquinhas porque o "mais-que-tudo" foi ao fim da tarde à praia esperar os pescadores para fotografar e trouxe-me um "ramo" de lulas.  Já recebi de tudo. Bacalhau, malaguetas lindas vermelhas que surrupiou, figos, maçãs e amoras que ficam ao dispor de quem as quiser. Já recebi os presentes mais lindos dele e para lá de originais. Foi o único homem que conheci que aperfeiçoou um prato para mim, que eu costumo dizer que se fechar os olhos já consigo distinguir que é o prato dele, esparguete guisado com frango, que ele demora horas a fazer para que fique bem apurado e perfeito para mim. Depois das lulas acabadas de sair do mar, o que as torna melhor ainda? Poder ligar à minha mãe e ouvi-la atentamente explicar-me como eram as lulas grelhadas que ela fazia para nós. Ela repete, repete, repete vezes sem conta, para que as suas palavras tomem forma na minha cabeça e eu possa fazer a receita exatamente como a dela, e todos os detalhes são importantes, desde o dedo que tenho de colocar dentro da lula para retirar o interior, até à temperatura exata que tem de estar o grelhador.  E eu fico embevecida a beber as suas palavras. Ela é a minha cozinheira de eleição, foi ela que deixou estas marcas na minha memória. Ela deu-me a vida, e voltou a dar-me outra quando um dia me abraçou e disse vai tudo correr bem. Nasci de novo. Nunca poderei agradecer convenientemente o significado que aquele abraço em 1996 teve para mim. Obrigada Mãe, tanto que fizeste por mim, e eu que um dia achei que esse tanto era pouco, mas afinal o tanto era mais ainda.
Que se lixe se já passou o dia da Mãe. Para mim pode bem ser hoje!
A vida? A vida é boa!






terça-feira, 17 de maio de 2016

Bifanas no pão

É claro que não são as bifanas de Vendas Novas, mas é claro que são igualmente boas e baratas para os jantares de fim-de-semana para fazerem companhia a um caldo verde por exemplo. Lá por casa são sempre temperadas da mesma forma e nunca falha. Depois é fazermos aqueles truques que aprendemos com as mães. Bifanas o mais finas que se conseguir (as minhas eram daquelas embaladas e bem grossas e mesmo com tanta pancada não ficaram tão finas como eu queria) e temperadas no dia anterior, servir sempre em carcaças e previamente torradas. Apurar o molho e na hora de servir besuntar uma das partes da carcaça com este molho. Por aqui eu só gosto com mostarda, mas os meus dois amores adoram estragar a coisa com maioneses e ketchupes. Cada um sabe de si e na minha bifana nem pensar!

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Tarte tatin de banana e moscatel

Estava curiosa para experimentar a banana numa tarte tatin. É uma textura diferente da maçã, mas é muito saborosa também. Juntei à banana um pouco de vinho Moscatel e o aroma da laranja, e acho que a combinação foi bem simpática. É uma receita com alterações apenas no recheio , mas mesmo assim acho que vale sempre a pena partilhar estas pequenas diferenças. A massa é muito fácil de fazer e acho que faz todo o sentido não a comprarem feita nesta receita.
Acompanhar uma fatia com uma bola de gelado simples fica divinal. Boa semana!


quinta-feira, 12 de maio de 2016

Bolo de limão simples

Quando o meu forno regressou definitivamente a casa fiquei com medo de o usar. Deixei-o lá para um canto uns dias e nem o limpei. Foi duas vezes para o norte para o fornecedor. A porta mal montada fez com que tivesse de leva-lo de volta assim que cheguei a casa e verifiquei o erro. Bem, a verdade é que todo este inconveniente tornou-me ainda mais desenrascada na cozinha, e preparar durante mais de um mês pratos sem forno foi uma ginástica boa. Ele voltou! E quando o ia limpar por dentro percebi que já não era o meu forno. Além da porta nova enviaram-me todo um forno novo, e eu que nem tinha reparado. Vidros partidos não são cobertos pela garantia e tive de pagar o vidro claro, apesar deles não trocarem vidros e colocarem uma porta nova. Eles quiseram compensar-me do transtorno do "vai e vem" e acho que me arranjaram um problema. Olho para o forno e não tem as marcas do tempo. Do tempo em que eu e ele fizemos companhia um ao outro, nos dias felizes, nos dias tristes, nos dias assim assim. Foi preciso muitos cozinhados para o perceber e agora que éramos tão felizes os dois, puf... Ele foi e voltou outro. Não vos consigo explicar por palavras, e até parece que endoideci com esta conversa, mas sinto realmente falta do meu forno e quem me dera que não o tivessem trocado por um novo. Agora começo tudo outra vez e nada como o bacalhau de ontem e o bolinho de hoje para criar laços com ele. Esta é a história da minha vida, um entra e saí de pessoas e coisas e um "tenho de começar outra vez", outra vez...
Já vos disse que este bolo fica muito fofo e com uma aroma delicado a limão? Não? Pois, então é isso que realmente interessa, deixem lá os meus desabafos tontos.

quarta-feira, 11 de maio de 2016

Bacalhau com broa

Pratos de bacalhau nunca são demais. Eles adoram bacalhau, pai e filho. Eles gostam dos lombos inteiros no prato e ainda discutem sobre quem consegue lascas maiores. Eu passo a vida a dizer que tenho de fazer render o peixe e assim puder levar uma travessa grande à mesa. Com broa é sempre um clássico cá por casa. Fazer um refogado com cebola e alho e depois envolver a broa fica uma delícia. Comprovem.

segunda-feira, 9 de maio de 2016

Salada morna de arroz com legumes e peito de frango grelhado

Os dias voltaram a estar cinzentos, e nós cá por casa cheios de saudades das nossas saladas leves e coloridas. Nós comemo-las à mesma, porque todos os dias são bons para comer saladas. E assim em jeito de salada morna, saiu um arroz bem colorido que fez companhia ao peito de frango grelhado com especiarias. Eu cá acho que dá uma refeição simpática, se bem que eu prefiro as saladas de massa às de arroz, mas temos de ir variando, para que o livro de reclamações não seja pedido.


segunda-feira, 2 de maio de 2016

Mini bolas de berlim

Já me tinha esquecido o quão bom é passar um fim-de-semana sem fazer grandes tarefas domésticas. É que era bem capaz de me habituar a isso. 
Começámos na sexta-feira. Saí do trabalho e fui para casa a correr fazer hambúrgueres no pão e mais umas coisinhas para comermos num parque ao pé da praia. Depois ainda fomos a tempo de ver o pôr-do-sol e quando demos por nós tínhamos andando a pé mais de 5 km (modernizes que o telefone dele tem e nos informa o quanto andámos). 
Sábado fui a correr comprar-lhe um choco de manhã, pois ele estava de desejos. A cozinha ficou um caos porque decido sempre fazer tudo ao mesmo tempo. Grelhar choco para ele, fazer salada de pimentos, arroz de coentros, costeletas grelhadas para nós que já estavam descongeladas, salada mista, ah e no meio disto fiz um gelado caseiro um nadinha mais elaborado dos que costumo fazer. Ufa foi um momento de grande azáfama. Acabado o almoço fomos para Lisboa ver o último filme do Festival Indie. Um filme que nos fez pensar e quando acabou, além de toda a gente bater palmas, ainda tivemos o privilégio de falar com o realizador e alguns atores, que depois falaram sobre o filme e responderam às perguntas de quem visionou o filme. Voltámos para casa e fomos buscar a bicicleta do "piolho" que estava com saudades e lá fomos a mais um parque. Ele com os amigos a fazer truques radicais e nós a falar sobre a vida e a saborear mais um final de tarde. 
Domingo também não foi dia de descanso. Eles os dois planearam levar-me a ver os aviões, assim como aquela música. Seguimos rumo a Vendas-Novas para o Festival Indor de Aeromodelismo, coisas de rapazes, mas eu não me importo, porque já sabia que ia finalmente provar as bifanas de Vendas-Novas que tanto se fala. Fomos tão bem atendidos que depois falo melhor sobre isto. É sempre tão bom afastarmo-nos da correria das nossas vidas. E foi assim no domingo que terminei o dia. Cheguei a casa e fui para a cozinha fazer mini bolas de berlim. A receita trouxe emprestada da Cozinha da Duxa. Como éramos poucos a comer reduzi a receita adaptando-a às quantidades que achei resultarem e usei outro fermento seco que é o tenho sempre em casa. Fiz versão mini para poder comer muitas. Boa semana malta!