segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Arroz de pato (para fazer com tempo)

Quando era miúda odiava pato. Penso que já partilhei aqui a minha história. Quando comecei a fazer pato a minha mãe ensinou-me uma receita bem simples sem complicações e que ficava igualmente boa. Com os anos fui melhorando e testando, e tenho sempre uma receita de arroz de pato para cada ocasião. Tudo tem a ver com o tempo que disponho. Mas o que eu queria mesmo era aquela receita de pato especial com o arroz bem escurinho. Há uns bons tempos atrás decidi que tinha de descobrir. Perdi a vergonha e enviei uma mensagem a um Chef bem conhecido e que já tive o prazer de conhecer, pensando eu que nunca haveria de obter resposta. Dois dias depois salvo erro, a resposta chegou e eu fiquei em êxtase. Mais do que ter "tarecos" novos na cozinha, eu gosto mesmo é de aprender sobre comida. Um dos segredos que me faltava era o molho inglês, a juntar a outros truques que já fazia, cheguei a um arroz de pato mais especial que gosto de preparar com tempo e para quando somos muitos à mesa.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Salada de couve roxa, cenoura, maçã, milho e requeijão

Às vezes a vida dá muitas voltas, tantas que ficamos com a vida do avesso em relação a alguns assuntos. Hoje é o dia que decidi falar disso, até porque escrever é uma boa maneira de exteriorizar todos estes sentimentos que deixei crescer dentro de mim ao longo dos últimos tempos.
Antes de ser mãe, fui tia 3 vezes. Adorava ser tia, até costumava dizer que tinha nascido para ser tia, porque ainda não tinha o rigor de ser mãe, acho que era uma mistura de tia e avó. Fazia-lhes as vontades todas, mesmo que tivesse de contrariar os pais.
Fui uma tia presente, tão presente que eles cresceram e eu tratei-os sempre como se fossem meus filhos. Demorei a ser mãe, mas quando o fui, amei ainda mais os meus "filhos emprestados". Eram como irmãos os 4. Nunca fiz distinção do meu com eles, e quando estávamos todos juntos eram tratados de igual forma. Adorava reunir a criançada lá em casa, a confusão, a desarrumação, os pulos pelo sofá, as manchas de chocolate nas cortinas brancas da sala, as refeições que preparava e eles adoravam, era o caos. O caos que me dava tanto prazer. Fui uma boa tia, disso tenho a certeza! Dei-lhes atenção, abraços, oh tantos abraços eu dei àquelas crianças, tantos beijos, tantos ralhetes e tanta pancada lhes prometia em jeito de brincadeira, tanto amor lhes dei, tanto amor tinha ainda para lhes dar. Estive sempre presente, mais presente do que se espera de uma vulgar tia. Fui uma boa tia até ao dia que o deixei de ser. Até ao dia que o destino levou os meus sobrinhos para longe do meu colo. Já não posso abraçá-los, mimá-los, cozinhar para eles, já não posso ser útil, ajudá-los se precisarem de mim. Já não posso isso, mas posso ainda desejar tudo de bom para eles. O meu colo estará sempre reservado. E no meu colo cabiam todos e eu adorava, mas tudo tem um fim, agora é seguir em frente. 


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Bolo de limão e cenoura (sem batedeira)

Ele adora ir aos limões e eu adoro arranjar soluções para lhes dar uso. Um bolo caí sempre bem, pequeno, ideal para o meu mini-forno e forma tipo "bolo inglês", que só forro com papel vegetal e o bolo saí impecável, uma cobertura para mimar e a desculpa perfeita para gastar mais um limão. Juntei-lhe cenoura para lhe dar uma textura mais húmida e pronto, forno com ele.
Eu já tenho batedeira nova que o pai natal deixou no sapatinho, mas estes bolos são tão fáceis de fazer que não vejo necessidade de usá-la. Cada um que decida, mas eu cá acho que a vara de arames e a espátula ou colher de pau fazem bem este trabalho com estes pequenos bolos.