Cresci a comer sopas generosas, daquelas que por si só fazem a refeição.
Todos nós guardamos memórias de sabores e cheiros durante a vida. Mas aquelas que mais recordamos trazemos da infância. Da minha infância trouxe um baú cheio de boas recordações, que ainda estão tão presentes como se fosse hoje. Talvez seja do medo de não querer crescer e de ficar sempre debaixo da asa desses meus pais que lutaram uma vida, e mesmo perante as dificuldades, nunca os vi tristes. A minha mãe sempre teve uma força brutal e o meu pai ainda continua com o sentido de humor quase descomunal. Posso dizer que ele alegra sempre os meus dias e faz-me rir muito.
Trago uma sopa para gente crescida e com dentes fortes. Serve-se quente para confortar esta minha alma que hoje está desanimada e preocupada com o futuro. O futuro de todos nós. Boa sorte a todas/os.
Ingredientes:
- 2 l de água
- 400g de feijão manteiga já cozido (em frasco)
- 1 batata média
- 2 cenouras grandes
- 1 nabo grande
- 6 folhas grandes de couve lombarda
- 1 chouriço de carne
- 1 colher de chá de sal
- 1 fio de azeite
Preparação:
Numa panela grande coloca-se a água, um pouco mais de metade do frasco de feijão, o chouriço inteiro e a batata. Deixa-se ferver até cozer a batata. Retira-se o chouriço e reserva-se. Tritura-se com a varinha mágica. Volta-se a ligar o lume e coloca-se os restantes ingredientes cortados aos cubos. Deixa-se ferver até ficarem cozinhados. Tempera-se de sal e um fio de azeite. Serve-se acompanhado do chouriço às rodelas.
Nota: Se o caldo ficar demasiado líquido, antes de triturarem retirem um pouco para uma taça à parte. É preferível acrescentarem caso seja necessário.