quinta-feira, 19 de janeiro de 2017

Tarte tatin de peras bêbedas (com massa folhada)

Um convite "oficial" feito de forma muito carinhosa, sem direito a recusa, nem invenções de desculpas esfarrapadas, embora a minha vontade de ficar por casa sossegada no fim de ano fosse uma boa desculpa. Nem sequer pensei, pois a companhia era demasiado boa para não aproveitar, além de ser perto de casa. Lá fomos todos animados, e conosco também foi esta tarte tatin que em cima da hora vi num programa de televisão. Achei a ideia genial e quis experimentar. Nem foi preciso anotar a receita, segui o meu instinto e fiz como achei melhor. No regresso trouxe comigo o carinho dos meus amigos e dos meus sobrinhos emprestados que adoro e que me dão sempre vontade de os levar para minha casa, e ainda um truque espetacular para cozinhar gambão selvagem sem perder a textura da carne e ficarem molengos (assim que puder partilho a receita), ensinado pela amiga que nem liga a estas coisas da culinária. Quem diria que um dia ela ia ensinar-me uma receita... É bom ter amigos e família por perto. Nada na vida supera os momentos agradáveis que passamos com as nossas pessoas queridas.

terça-feira, 17 de janeiro de 2017

Almôndegas de vaca com legumes e molho de natas com ervas

Janeiro é efetivamente o meu pior mês de contas. É o mês de poupanças para recuperar os gastos das festas, e para me preparar para fevereiro, mês do carro e de mais gastos ainda. No fundo penso que acontece com toda a gente, janeiro é o mês de apertar o cinto para a maioria de nós. Mas não é por fazermos mais um "furo no cinto" que as refeições têm de ser enfadonhas, nah, nah, nada disso. Podemos sempre aprimorar e mimar a nossa família. Os meus rapazes não são esquisitos, sendo assim, umas almôndegas de carne que rendem o dobro misturadas com legumes e depois mergulhadas numa piscina de molho saboroso, parece-me bem, o que acham?
São fáceis de fazer como sempre e como a cozinha que me identifico neste momento, o futuro não sei.


segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Creme de couve-flor com feijão verde e cenoura

Um sopinha quente a fervilhar na tigela, e a cada colherada um assopro para que arrefeça um pouco. A juntar à sopa, a companhia dos meus rapazes, que agora são 3, mais uns passeios pelo campo, filmes no sofá, risadas à mesa, limpezas em casa e lanches demorados. Pedir mais para quê, o frio também trás coisas boas, e o sol de inverno apaixona-me tanto por ser tão inesperado. Boa semana!


sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Espetadas de frango com gengibre

Hoje apetece-me fazer o balanço destes 3 meses do novo membro da família, o Scott. A família Sousa ganhou uma nova dinâmica no início de outubro passado. Primeiro estranhou-se e depois entranhou-se. Hoje ele está inserido nas nossas rotinas e nós nas dele. Aos poucos fomos-lhe retirando privilégios, pois agora que já vai à rua, nada de se enfiar nos lençóis. 

Já fica sozinho algumas horas e até nem se porta mal para o que eu previa, pois deixo-lhe praticamente a casa toda aberta para ele não se sentir preso. Gosta de roer, mas ainda não roeu grande coisa, uns rodapés de cortiça, os cortinados, as suas mantas, um puf, 3 pares de pantufas, comeu algumas plantas, o nariz do boneco Snoopy e uma orelha do pai natal, sinceramente nada de especial, e olhem que falo a verdade, sinto mesmo isto que estou a escrever. 

Os xixis e cocós sempre no resguardo com os jornais por cima, e em troca recebia sempre um biscoito. Chegava a fazer uma pinguinha de minuto a minuto só para receber o biscoito. Um dia decidi que ele já estava treinado e acabaram-se os biscoitos. E ele? Ele é muito esperto e começou a fingir que andava esquecido. Lá voltei aos biscoitos de recompensa e ele lembrou-se logo onde devia ir fazer as suas necessidades. 

De noite acorda a pedinchar os meus lençóis mas eu tenho de ser forte e dizer sempre não. Sabem o que ele faz? Faz-me um grande xixi à porta do quarto. E eu sei bem que isto é por vingança. Respiro fundo e não desisto de o por na linha como uma verdadeira líder da matilha. 

É um viciado em comida e cheira a milhas quando abrimos o frigorífico, ou não fosse ele um cão de caça. Adora cheirar tudo, escavar no sofá, dar grandes saltos e essas coisas giras. Já para não falar que um dia estávamos a jantar e ele saltou-nos literalmente do sofá para cima da mesa, onde morava um franguinho bem cheiroso. 

Eu sabia destas características todas da raça e achei-as perfeitas para mim e para a minha louca família. Um cão cheio de energia, que subisse e descesse os 3 andares da minha casa sem pestanejar e adorasse praia e campo. Ele endoidece com a praia e passeia no campo ao nosso lado sem trela todo destemido. Ele é perfeito para nós, e nós para ele.

O "piolho encardido" trata-o como um irmão, daqueles que brincam à pancada e andam sempre a fazer queixas um do outro e com a ciumeira incluída. Um dia caiu em cima do cão e lá fomos nós para o hospital. Uma costela aleijada. Rx, medicamentos, injeções e muito repouso pelo menos 4 dias. Pois, pois, repouso dizia a médica... Uns dias depois o cão rasgou a orelha do "piolho" e nós: outra vez, lá temos de ir para o hospital para este levar pontos... Mas não foi preciso.

Eu podia alongar-me muito mais, há tantas histórias giras deste pequeno peludo mas vou passar à receita, umas espetadas simples sem grandes calorias, para fingir que me tenho portado bem. Bom fim-de-semana!