Se eu vos dissesse o quão difícil foi fotografar este gelado... Deixei a malta na mesa a conversar e discretamente levantei-me e fui ao congelador. Na varanda estava montado o set para a fotografia. Tudo parecia que ia ser simples, mas até uma fotografia singela como esta pode ser o horror. Alguém gritava da sala que queria o gelado, o gelado, o gelado, o gelado... E para que não bastasse ainda falou a toda a gente que a fotografia é que era importante e ele queria o gelado, o gelado, o gelado, o gelado... Enfim vocês devem estar a ver como foi. E assim começa a época oficial dos gelados caseiros cá em casa. São fáceis de fazer, esqueçam as máquinas de gelados!
quinta-feira, 31 de março de 2016
quarta-feira, 30 de março de 2016
Cannellonis de pescada e legumes com molho de tomate
Esta receita está há meses nos rascunhos. Não porque não ficou boa, mas sim porque no dia que registei a imagem não me lembrei de captar o interior para que fizesse "jus" à receita. Hoje decidi que era a hora de partilhar e deixar de ser tão exigente comigo própria. É uma receita de peixe transformada no prato de massa que toda a criançada gosta. Usei ervas secas pois nem sempre temos em casa as frescas, e eu cá acho que fica bom na mesma. Todos os ingredientes têm o seu espaço na cozinha.
terça-feira, 29 de março de 2016
Pavlova de chocolate, chantilly e frutos silvestres
Nunca fui ligada às religiões, talvez por ter sido sempre uma miúda rebelde e avessa a seguir o mesmo que os outros sem saberem bem o porquê. A minha teoria de religião é somente o amor. O amor pelo próximo e pela natureza (que sei que nem sempre respeito). Não rezo a nenhum Deus, às vezes falo com alguém que julgo que me ouve, mas esse alguém não existe, existe apenas a minha força superior para superar todas as adversidades da vida de nariz empinado e cabeça erguida. Respeito todas as religiões (que evoluíram com os tempos atuais) desde que as pessoas que as seguem sejam de total fidelidade a elas. Não se pode ir à missa todos os domingos quando depois no dia-a-dia são más pessoas. Não tolero isso. Esta Páscoa (e mesmo avessa à religião acabo por festejar estes dias porque cresci com estes valores) o que foi realmente importante para mim foi poder reunir a família, aquela que me sobrou e que tem obviamente um tal de amor incondicional por mim. Essa é a nossa verdadeira família e foi essa que escolhi para se sentarem à minha mesa. Mesa preparada com tanto amor, como sempre faço a quem abro a minha porta. Houve polvo com espinafres e migas de broa de milho e batatinhas ao sal, houve arroz de pato, gelado caseiro e esta pavlova. Todos tiveram presente o meu cuidado em lhes agradar. O vinho que cada um gosta, as sobremesas, entradas simples mas com pão quente e estaladiço que aqueci no forno. Para as minhas mães um folar feito no dia anterior à noite com tanto esforço e cansaço. Vale sempre a pena mimar e espalhar o nosso amor. Essa é a minha verdadeira religião e perdoem-me se vos desiludo. Garanto-vos de coração que isso não ia mudar em nada a minha maneira de ser.
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quarta-feira, 23 de março de 2016
segunda-feira, 21 de março de 2016
Bolo de maçã e caramelo Royal
Há dois sábados atrás e mesmo cansada das limpezas, decidi fazer um bolinho de maçã que andava a sonhar há dias para gastar o caramelo Royal que a mesma me fez chegar há tempos. Gosto destes bolinhos pequenos na minha forma mediana tipo "bolo inglês", perfeito para dividir por poucos e a culpa ser menor, já para não falar que o meu mini forno também é mais generoso comigo quando os bolos são pequenos. Corre tudo sempre melhor, portanto cá vai mais um bolo dentro do género que tenho feito. Atrevi-me a untar a forma só com o caramelo e correu tudo bem, pois é um bolo pequeno que se desenforma bem, e mais uma vez deixei a batedeira de lado.
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quinta-feira, 17 de março de 2016
Gravlax
Se gostam de sushi ou salmão fumado vão querer fazer salmão curado em casa. Não tem nada que saber. Toda a gente certamente já viu como se faz em livros de culinária ou em programas de televisão. Cá por casa prefiro fazer em pequenas quantidades para comer em 1 ou 2 dias após a cura. Podem ir variando nas ervas que adicionam na cura, embora se saiba que a combinação mais usual com o salmão curado é o funcho fresco. Eu usei aneto seco (também chamado de endro) e posso garantir que ficou 5 estrelas. Podemos acompanhar o gravalax com uma panóplia de sugestões. Nós comemos como entrada, em tostas barradas com queijo ricota bem temperado com sal, pimenta e coentros frescos picados, e o salmão por cima.
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quarta-feira, 16 de março de 2016
"Mega" hambúrgueres caseiros com aveia
Quinta-feira passada assim de fininho e como quem não quer a coisa, lá em casa pediram-me se no dia seguinte o jantar não poderia ser hambúrgueres. Por muito que estivesse sem vontade de cozinhar, não consigo negar estes pedidos e na sexta-feira levei à mesa uns mega hambúrgueres, embora na imagem não se consiga perceber, o pão que comprei era quase o dobro dos usais. Se era para fazer, vamos lá surpreendê-los. Como tenho esta grande mania de esconder coisas na carne picada, lembrei-me de uma sugestão de uma leitora e blogger que me deu a dica da aveia. E pronto lá fui eu para a cozinha fazer o que mais gosto. E como dias não são dias, não faz mal nenhum comermos um hambúrguer cheio de molhos e batatas fritas. Apesar dos legumes e da aveia moderarem este pecado.
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terça-feira, 15 de março de 2016
Lascas de bacalhau cozido com batatinhas ao sal
Depois da entrada de ontem, levei à mesa uma travessa de bacalhau tão simples mas boa. As batatinhas ao sal são assim uma coisa para lá de divinal. Umas batatas que ficam feias, com ar de ressequidas e com uma aparência velha e descuidada. Mas não se fiem nas aparências que elas iludem. Ficam tão boas que o bacalhau pode simplesmente ser cozido e com uns temperos bem simples está feita a refeição. E que alegria foi ver o "piolho encardido" chegar a casa e ir direto à mesa e ver que era era bacalhau. É tão bom cozinhar para este puto.
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segunda-feira, 14 de março de 2016
Carpaccio de tentáculos de pota
Nem sempre estamos satisfeitas com a vida e acho que todas temos direito a estar desanimadas e preguiçosas. Foi o que se passou a semana passada. Simplesmente limitei-me a existir. Nem cozinhar me apeteceu. Deu para sentir o que sentem as mulheres que não gostam de o fazer. Até um simples peixe cozido com legumes pode correr mal, quando não o fazemos com vontade e amor. Não me canso nunca de elogiar as mulheres no seu geral. Temos de ser tantas coisas ao mesmo tempo. É demasiado para nós! Mas a verdade é que quando paro, sinto que tudo à minha volta para também. É como se eu fosse o comandante deste navio que é a minha vida e sem mim por perto o navio não anda. A idade, a experiência da vida, as desilusões com as pessoas fizeram com que eu crescesse e fosse capaz de lamber as minhas próprias feridas e seguir em frente. Acabei a semana e o fim de semana a fazer as coisas que uma mulher tem de fazer. Pôr a casa a brilhar, cozinhar com amor para a família, e ainda plantei as minhas ervas aromáticas. Coisas tão banais que me fizeram voltar à rotina e sentir-me viva. Passei parte da tarde de domingo a encher as unhas de terra a plantar com tanto amor as minhas sementes. Senti-me tão bem. Dei por mim com vontade de ir buscar a balança para pesar as pedrinhas no fundo dos vasos e depois a terra, para que todas ficassem iguais. Quase como se fossem uma massa de pães que tem de se dividir para quando forem ao forno ficarem todos do mesmo tamanho. Dei por mim a ir buscar toalhetes para limpar a borda dos vasos, como se fossem pratos com comida prontos para levar à mesa. E de repente voltei. Voltei com vontade de cozinhar. Voltei com este sentimento que posso sentir gosto pelas minhas coisas, mesmo que sejam as coisas de todos, pois cozinhar é para a família, limpar a casa é para a família, plantar as ervas é para a família, e nada como ser feliz a fazer estas pequenas coisas. E como a vida é feita de escolhas, eu escolhi usar tentáculos de pota que são bem económicos, mas não me poupei no azeite especial que comprei. Fiz com amor e tornei as potas banais, que além de baratas ainda estavam em promoção, numa entrada especial e acho que é assim que muitas vezes a maioria de nós mulheres fala indiretamente para a família. Levar pratos à mesa feitos com amor, que levam tempo, tempo esse que abdicamos de nós, em prol da família. Cozinhar, tratar da casa e dos filhos, das compras, trabalhar fora, e outras tantas coisas... E o que é que todas nós queremos em troca? Reconhecimento, apenas reconhecimento e tudo o que advém disso. Boa semana!
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quinta-feira, 3 de março de 2016
Perninhas de frango no forno com laranja e limão
Já tantas vezes fiz estas perninhas de frango, mas ainda não tinha tido hipótese de captar uma imagem. Super fácil para fazer ao jantar durante a semana que andamos sempre a correr. É assim uma espécie de jantar com cheirinho a bolo caseiro de citrinos. Fica tão bom que não me canso de repetir. Para acompanhar, arroz branco e salada, porque se não complicámos o principal, também não vale a pena complicar o acompanhamento. É jantar garantido para todos ficarem satisfeitos, pois não há quem não goste de uma boa perninha de frango. Ou há?
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terça-feira, 1 de março de 2016
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