segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Salada de feijão frade com bacalhau

Estou aqui a pensar com os meus botões enquanto escrevo este post agendado e eles ainda dormem. 
Nada na vida acontece por acaso e começo a achar que alguém me ouve quando falo sozinha. Há um mês atrás limpava o pó da sala. Centenas de livros e revistas de culinária que sei de cor que existem, mas outros tantos livros antigos que nem o título sei. Um chamou-me à atenção nesse dia, folheei-o e tinha o meu nome escrito e a data 29-09-2000. Um livro de máximas e pensamentos. Cresci a ouvir a minha mãe dizer provérbios. Ela tinha e tem sempre um para cada ocasião e eu trouxe na mala todos os que aprendi quando voei do ninho. Nessa noite peguei no livro e li até ao fim. 1050 frases sábias, mas uma fez-me pensar mais. "Deus conserta um coração partido, se lhe dermos todos os pedaços ".
Esta frase teve um impacto em mim que as lágrimas correram-me pelo rosto sem eu autorizar. Vocês já sabem que eu não acredito, mas quero muito acreditar. Fiquei dias a pensar na frase. E essa frase levou-me a decidir fazer uma viagem sem grandes planos. Algo me empurrava para esse sítio. Reencontrei alguém que tinha muito para me ensinar e comecei a perceber que isto não tinha sido coincidência. Essa viagem mudou-me e fiz coisas que jurei que nunca faria e o meu coração partido começou a consertar-se, no lado da saúde e do outro. 
Tem sido um caminho de coincidências demasiados pessoais para que eu as exponha todas aqui, posso dizer que continuo a sentir-me grata por elas. Tenho a certeza que o facto de me ter esforçado para estar mais atenta ao que me rodeia, pondo de parte este meu lado alienado de tudo, tem dado os seus frutos. Agora só me falta descobrir a quem me dirijo para agradecer, que "senha" escolho para ficar a aguardar a minha vez e descobrir quem me vai atender? Até lá vou estando atenta.
Agora a receita. Os jantares a dois terminaram na quinta-feira, pois na sexta já tínhamos o nosso periquito em casa e nada como uns grandes hambúrgueres para comemorar. Foram jantares bem simples, o de segunda, terça, quarta e quinta, mas que têm direito a estar aqui porque ficam na memória de quem não os quer esquecer. Boa semana a todos.

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Salteado de batata e legumes com frango grelhado

Mais um jantar a dois sem o "piolho". Este foi o de quarta-feira e o de ontem também foi bem leve (na segunda-feira partilho). Hoje já tenho a peste e enquanto escrevo está ali uma frigideira a tratar da cebola caramelizada para os hambúrgueres caseiros que nos esperam. Eles lá dentro afiam os lápis e revêem o material escolar que temos e o que precisamos. E assim termino a semana. Fiquem bem!

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Courgette grelhada com mozzarella Gran Tradizione Galbani

O nosso jantar de terça passada também foi composto com muita simplicidade. Umas courgettes grelhadas e bem temperadas que fizeram companhia à mozzarella Gran Tradizione Galbani, desafio que continuo com muito gosto. Mais um jantar a dois, mas sendo hoje já quinta-feira talvez já tenha saudades da minha peste lá em casa.

quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Bimis salteados com fiambre e ovos escalfados

Agosto revelou-se um mês intenso, coisas boas, más e assim-assim. Acabo hoje o mês com muita felicidade, porque não há nada melhor na vida, para além dos bens materiais básicos que nos dão algum conforto, que a saúde. Acordarmos de manhã e sentirmo-nos bem é o melhor que podemos ter, dizia outro dia uma amiga especial. E eu subscrevo.

Hoje às nove da manhã lá estava eu na sala de espera para realizar o último exame conclusivo ao meu "coração partido". O diagnóstico negativo sempre foi o que mais temi. O impacto da notícia e o facto de no momento não saber como lidar com isso, elevava os meus níveis de stress ao máximo. Respiro hoje de alívio, mesmo que as minhas pernas ainda não tenham parado de tremer com o descarregar de tanta adrenalina, estou aliviada. O diagnóstico foi bom, e o problema teve a ver com outras causas.

E agora? E agora a quem é que eu agradeço tamanha sorte no meu destino? Agora a quem é que eu rezo pela força que me foi dando ao longo dos últimos meses/anos? É nestas alturas que me sinto à parte do universo por ainda não ter encontrado as minhas crenças, porque precisava mesmo dar graças, mostrar a minha gratidão a alguém, a algum Deus. Talvez telefone à minha mãe e lhe peça que ela agradeça por mim ao seu Deus, que eu sei que através dela Ele me foi ajudando. Estou tremendamente aliviada e partilhar com quem me lê era imperativo hoje.

Bem, agora a receita. Pois é, esta semana os nossos jantares têm sido muito leves e porquê, perguntam vocês? Porque no passado domingo à noite o "piolho" fez a mochila e disse que ia passar a semana fora. E nós deixámos. Aliás, tem-me sabido bem estar sozinha com o "mais-que-tudo" sem ter aquela melga sempre a interromper-nos as conversas e afins. Não sou má mãe por dizer isto, sou apenas uma mulher que também precisa de descanso e dias sem grandes afazeres e preocupações.

Segunda-feira este jantar simples fez as nossas delícias. E quem ainda não conhece os bimis que experimente, pois salteados e bem temperados são um petisco. Cá por casa gostamos dos legumes bem crocantes e que nos deem algum trabalho a mastigar, mas podem sempre escaldar os bimis antes de os levarem à frigideira. A vida? A vida é boa, o resto são pormenores, a maioria deles insignificantes.

terça-feira, 30 de agosto de 2016

Favas com chouriço e bacon

Eu emagreci 3 quilos nas férias. Para muitas mulheres isto seria uma grande alegria, para mim é o oposto. Sempre fui elegante, e os meus 47/48 quilos tenho em crer que serão eternos devido à minha genética e também à vida não sedentária que levo. A correria das férias e afins levou-me os quilos e lá andei em busca de os recuperar depois de umas semanas sem qualquer apetite. Favas fizeram parte da ementa de agosto por duas vezes, mas fi-las mais leves que as habituais, receita da minha mãe emprestada, para assim aos poucos ir sentido vontade de comer normalmente. E assim foi, o cheirinho apurado das favas foi abrindo o apetite e o caminho para a normalidade. Eu cá acho que estavam bem boas. E porque sinto muitas vezes a estranheza das pessoas por ter uma enorme paixão por comida e ser magra, tenho mesmo que engordar para me tornar mais credível, pois sempre ouvi dizer que não se deve confiar num cozinheiro magro. Portanto se a Lúcia pode fazer uma feijoada em agosto, eu também posso fazer umas favas!

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Salada de folhas verdes mistas, camarão, abacate, laranja, milho e croutons

Refeições perfeitas que se decidem na hora quando se abre o frigorífico e o congelador. Pão duro que previamente cortei ao cubinhos e congelei, e miolo de camarão, tudo coisas que descongelam em pouco tempo e salada embalada já lavada como eu gosto e bem sequinha. Facilmente se prepara uma salada com meia dúzia de ingredientes e que agrada a todos. Quem não gostar de algum, ponha ao lado e está resolvido. Eu sempre habituei bem a malta cá de casa, por isso posso dar-me ao luxo à preguiça de lhes servir uma salada ao jantar. Depois cada um tempera à sua maneira. Eu e o "piolho" usámos maionese e o "mais-que-tudo" ficou pelo vinagrete simples. E pronto mais uma refeição arrumada!