terça-feira, 28 de junho de 2016

Moelas

Não há petisco mais económico que umas moelas bem tenrinhas e com o molho bem apurado. Um petisco a pensar no "piolho" que ainda não aprecia mexilhões, outro petisco bem em conta que gostamos de fazer para nós. A mesa compôs-se com uma travessa grande de mexilhões, um prato de moelas, pão torrado, bebidas bem geladas e muito apetite. O jogo da seleção a caminho e o "mais-que-tudo" tinha um trabalho marcado precisamente à mesma hora. Petiscámos e cada um foi à sua vida. O "piolho" agarrou-se à internet e eu dei por mim de cachecol da seleção ao pescoço sentada no sofá a ver o jogo sozinha e com vontade de rir da minha figura. Eu que nem ligo nada a futebol, mas gosto de me entusiasmar com a seleção, sempre me distrai dos problemas reais e económicos que o mundo atravessa.
Umas moelas feitas de outra forma de outras que já andam pelo blogue, mas ambas igualmente boas.

sexta-feira, 24 de junho de 2016

Tarte rápida de amêndoa

Nem sempre as notícias são más. Há momentos bons na vida de todos nós e foi num desses momentos que me senti abençoada, e se é isto que as mães sentem quando os filhos têm sucesso, então eu quero sentir isto o resto dos meus dias, pondo de parte todas as desilusões que fazem parte deste processo. Findo o ano escolar foi tempo de fazer o balanço e festejar o privilégio de ouvir da professora que o nosso filho é o tal e único que tem lugar no quadro de mérito. Não desprestigiando de modo algum o sucesso das outras crianças, eu e o "mais-que-tudo" ficámos inchados de tanto orgulho. Raio do puto que me pôs os cabelos em pé de tanto ralhete para acordar e despachar-se, para fazer os tpc, para ser organizado, para estudar antes dos testes, para arrumar a mala, para ser cuidadoso com o material, mais as horas que perdeu em pentear-se e preocupar-se com o tal do "swag" que tinha de ter para ir para a escola, e no fim disto tudo dá-me esta grande prenda. Estou nas nuvens... Para comemorar nada como um doce, um doce que tenho na lista há que tempos e que é sucesso garantido que encontrei aqui na "La Dolce Rita". Conselhos? Usem mesmo uma forma de 20cm de diâmetro. Eu usei 23cm e fica um pouco mais baixa, não tem qualquer problema, mas se gostam dela mais alta, a de 20cm é a perfeita.

terça-feira, 21 de junho de 2016

Cogumelos marron recheados com espinafres, bacon e queijo Grana Padano D.O.P. Galbani

A Galbani foi o mote perfeito para me levar novamente para a cozinha com o mesmo entusiasmo de sempre, depois de uns dias mais delicados e dedicados à minha saúde em que a cozinha ficou de parte. Portanto achei oportuno, e porque nada acontece por acaso, trazer-vos mais uma receita "Galbani". Cogumelos, foi com eles que idealizei usar este queijo a fazer lembrar o parmesão mas com um toque mais suave. Tinha tantas saudades de cogumelos recheados que os fiz só a pensar em mim, pois lá em casa não tenho fãs de cogumelos.

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Torta de chocolate e baunilha com recheio de ricotta Galbani e framboesas

A Galbani desafiou-me a usar a minha criatividade para preparar receitas com os seus queijos. Foi fácil aceitar o desafio porque é uma marca que conheço bastante bem. Com o desafio recebi um livro de receitas tradicionais italianas, mas antes de o folhear decidi escrever num papel todas as receitas que gostaria de fazer com estes queijos, para que não recebesse qualquer influência nas minhas ideias. Depois de folhear o livro fiquei obviamente com vontade de experimentar tanta receita boa e muitas delas super simples, pois todos sabemos que por vezes "menos é mais". Já tenho em mente outras tantas para testar. E como a vida são dois dias, vou começar pela sobremesa. Uma torta delicada, que primeiramente quis fazer com o mascarpone o mais típico para doces, mas quis arriscar, e dar à torta um ar menos calórico e o ricotta cumpriu essa função com todo o rigor. É super simples de fazer e o único conselho que dou é que não deixem cozer demasiado a torta para que não fique muito seca e depois tenham dificuldade em enrolar. Eu distraí-me um minuto a olhar para o jogo da seleção e quase, quase não ia a tempo. Fiquem atentos ao forno. A massa quer-se fofa.

quarta-feira, 15 de junho de 2016

Lombinho de porco com mostarda e tomilho em crosta de massa folhada

E assim passaram uns dias que foram um misto de especiarias e condimentos. Exames médicos, no meio uma anestesia geral que só me lembro quando acordei ter dito “que boa soneca”, algum descanso, uma festa de finalistas, encontro com a família, passeios no campo, uma ida à praia, abraços aos meus sobrinhos emprestados, saboreei uns bolinhos da mãe, visita à feira medieval mais perto, relaxe no jardim botânico e conversa com o Sr. Adelino sobre a sua horta, sardinhas no Santo António, e dei por terminado estes dias com a notícia que adiei alguns meses, até anos. Estou literalmente de coração partido. Ouvir a nossa médica dizer aquela coisa do “para sempre” é demasiado definitivo, até porque sempre gostei de ter opções.
Ansiedade + stress x vários anos = coração partido. Hoje começo uma nova etapa. Depois das lágrimas, do medo, de mais ansiedade ainda, vamos lá agarrar o touro pelos cornos. Fazer a medicação certinha, mudar os “móveis” de sítio e fazer todo um novo plano de vida, sob o risco de poder vir a ter complicações cardíacas. E com o meu coração ninguém brinca!
Cozinhar, vou cozinhar e voltar a encher as prateleiras do frigorífico de tupperwares até não ter mais ingredientes. Cozinhar este mundo e o outro e escusam de dizer: ah e tal devias largar o blogue que isso ocupa-te a cabeça, que eu perco as estribeiras quando ouço isso. "O Meu Tempero" é metade de mim e como é que se vive sem metade de nós? Têm aí a resposta.
Pronto, depois de lavada a alma assim em jeito de vos alertar também para os riscos desta conta de matemática, trago-vos uma receita simples que faz o tal figurão à mesa. 
Abraços a todos, cuidem-se!



terça-feira, 7 de junho de 2016

Frango com laranja e tomilho envolto em massa

Hoje tinha tanto para dizer, mas a verdade é que não me apetece escrever sobre isso. Vou só dizer que um dia destes lembrei-me de um livro que tenho lá por casa do Jamie Oliver, um dos seus primeiros livros, e uma das receitas eram uns franguinhos assim envoltos em massa. Nem fui folhear o livro com preguiça para ver a receita exata. Segui o meu instinto e como resultado tive um frango assim em jeito de cozido a vapor e suculento. Não é fácil perceber a temperatura e o tempo nestas receitas que não podemos meter o "bedelho", mas também não é dramático se abrirem cuidadosamente uma parte da massa e se verificarem que ainda não está bem cozido, é voltarem a pôr no forno. Que todos os dramas fossem esses nas nossas vidas. 
Vou ausentar-me e regresso em breve com mais receitas.