Eu costumo dizer na brincadeira que já me reformava, mas quem me conhece sabe que isso iria fazer mossa na minha rotina. Eu sou uma pessoa trabalhadora e quanto mais trabalho mais feliz me sinto. Saio do trabalho e quando chego a casa nada me detém. Faço jantar, passo a ferro, recolho a roupa e ponho mais uma máquina a lavar, arrumo as coisas que ficam pelo meio e trato da minha horta doméstica, coisa que me tem dado muito que fazer. Acho que preciso tirar umas férias para tirar um curso de jardinagem porque a minha horta está realmente a deixar-me deprimida. Depois de tantas semanas de dedicação incondicional, além de tudo a crescer verdinho, como brinde tive uma praga de mosquitos. E tenho este odeio de morte de moscas e mosquitos e não tem sido fácil. Estou a viver praticamente numa zona de guerra na minha varanda. Arregaçar as mangas, mudar a terra dos vasos, estudar novas estratégias e um grande ufa que até ver não resta um mosquito. E enquanto me distraí com a "mini horta", distraí-me também que o forno ainda não voltou e acho que sinceramente tenho sentido menos falta, pelos menos nos assados e afins, que bolos, bolachas, pães e peixe assado deixaram grande saudade. Agora cachaço de porco lentamente cozinhado tão ou mais saboroso que no forno, faz-se na panela, palavra de honra! E vá se souberem de algum workshop sobre estas coisas das hortas na zona de Lisboa ou arredores avisem-me.
sexta-feira, 29 de abril de 2016
quarta-feira, 27 de abril de 2016
Almôndegas de borrego com especiarias, molho de iogurte e arroz basmati
Hoje vou falar das minhas almôndegas de borrego que me souberam tão bem e que com dois dedos de conversa ao talhante do supermercado, mais umas graçolas pelo meio, trouxe a perninha desossada e partidinha, pronta para picar no robot de cozinha em casa (sim, neste supermercado não picam carne que saia fora dos padrões porco/vaca e nem desossam que isso fica para os talhos lá do bairro). A minha vida tem demasiadas inquietudes e ter de desossar a perna de borrego em casa era só o que me faltava. Carne de borrego não gera consenso cá por casa, mas eu acho que um dia eles nem vão notar e comer sem a tal campainha apitar. Boa quarta-feira malta!
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terça-feira, 26 de abril de 2016
Pizza (só) na frigideira
Eu podia aborrecer-vos com os meus assuntos. Aqueles que me inquietam a alma. Podia falar de tanta coisa, mas reza a história que devemos ser politicamente corretos e não importunar os outros com as nossas inquietações. Até porque não ganharia nada com isso. Antes pelo contrário, afugentaria aqui muita boa gente. A verdade é que andamos sempre todos muito ocupados nas nossas vidas e há coisas que podíamos fazer que marcariam a diferença na vida das nossas pessoas. Na, na, na... Prefiro falar da grande parvoíce que foi no domingo ter tentado abrir uma garrafa de champanhe sozinha em casa. E? E obviamente não consegui. Era com champanhe que me apetecia acompanhar a pizza que fiz para o meu jantar, enquanto eles foram em passeio de homens. E sim, fiquei mesmo chateada por não ter bebido uma taça de champanhe. Até porque raramente bebo bebidas alcoólicas. Aprecio um bom vinho tinto e adoro champanhe. Tanta força eu fiz e o raio da rolha não saía. Eu tinha o tal chamado Plano B, aquele que devemos ter sempre em todas as ocasiões, especialmente nas ocasiões de emergência. Mas que pensaria o vizinho do 2º esquerdo se eu lhe tocasse à porta com uma garrafa de champanhe... Enfim há coisas na vida que os Planos B´s não funcionam e o melhor que podemos fazer é trocar champanhe por água e à sede não morri.
Ainda não vos contei que o meu forninho voltou para casa na quinta-feira passada? Pois é, mas tornou a sair 5 minutos depois porque veio mal montado. E como é que um forno muda todo um plano de vida? Na, na, na, na... Prefiro contar-vos que mesmo sem forno é possível fazer uma pizza totalmente na frigideira. É claro que a ideia não foi minha, porque já está tudo inventado, tirando que não a acabei no forno como habitualmente toda a gente faz. Boa semana!
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quinta-feira, 21 de abril de 2016
Potinhos de iogurte grego com framboesas
Ontem recebi um telefonema que me pôs a pensar. Fiquei estupefacta ao saber de alguém que conheço mas que não tenho qualquer contacto, morreu assim num ápice. Tinha a minha idade, tinha dois filhos e um deles tem a idade do meu. Era alguém que trabalhava com um familiar meu. Chegámos até a encontrarmo-nos no mesmo hospital as duas grávidas. Morreu. Tinha 43 anos. Deixou dois filhos pequenos. Deixou uma casa vazia. Deixou uma família desfeita. Deixou duas crianças a precisarem de uma mãe e provavelmente um pai desorientado, perdido e sem forças para cuidar delas. Depois disto senti o que sentimos todos, porque afinal somos todos feitos da mesma massa genética. Senti-me ridícula, egoísta, demasiado dramática com problemas que eu própria arranjo. Senti que não podemos perder um minuto da vida com aquilo que não interessa. Andaremos todos a fazer o que é certo? A aproveitar todos os bons momentos da vida e pondo de parte as mesquinhices que não valem a perda de sequer um minuto na vida de cada um? Dá que pensar quando a morte bate à porta. Porque afinal é só aí que tudo acaba. Pensem nisto e mudem a vossa vida se não estão felizes.
A sobremesa foi a pensar nisto. Foi a pensar no "mais-que-tudo" que adora todos os frutos silvestres e apeteceu-me mima-lo. Não é lá muito calórica e podemos fazer muitas vezes. É perfeita para ele. Ele adorou e comeu dois de seguida.
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quarta-feira, 20 de abril de 2016
Hambúrgueres de pescada
Domingo passado o "piolho encardido" estava entediado em casa. E eu ainda nas limpezas no combate aos ácaros lá arranjei a melhor maneira de "brincar" com ele. Levei-o para a cozinha e abusei da minha condição de líder. Apesar disso, calma, desta vez não o pus a picar cebola, coisa que adoro. Ensinei-o a fazer sozinho os geladinhos que ele tanto gosta, mas numa versão laranja. Depois abri o frigorífico e havia a pescada já cozida ao almoço, porque entretanto mudei de ideias e apeteceu-me antes fazer o feijão. Depressa arranjei solução, hambúrgueres de peixe. Ele sozinho lá desfiou o peixe, picou os coentros o melhor que pode e mais uns pozinhos. Eu ajudei no molde. Ao jantar foi vê-lo todo contente a dizer ao pai que tinha sido ele a fazer. Malta é tão fácil que doí! Boa quarta-feira e sem muita chuva. O sol vem a caminho não desesperem.
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terça-feira, 19 de abril de 2016
Feijão branco com salsichas frescas e ovos escalfados
Enquanto a primavera não chega, por aqui estou nas despedidas das comidas pesadas e de conforto. Se bem que vocês já sabem que sou menina para comer isto no verão. Adoro estes pratos e faço volta e meia quando cozo o feijão em casa, pois posso aproveitar parte do caldo da cozedura do feijão para este prato e outros tantos. E a pensar nisso, quando cozo o feijão aromatizo sempre o caldo com uma cebola, uma cenoura, um dente alho, uma folha de louro e sal grosso. Deixo tudo inteiro e assim depois é mais fácil retirar.
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segunda-feira, 18 de abril de 2016
Perninhas de frango com mel e limão (no tacho)
Todos os dias nos esquecemos que estamos sem forno. A verdade é que nunca pensei que nos fizesse tamanha falta. Até o "piolho encardido" deu sugestões de pratos para o fim de semana esquecendo-se também deste pormenor. A mim calhou-me um destes dias deixar as perninhas a descongelar para fazer com citrinos como tanto gostamos, mas lá resolvi fazer de outra maneira quando me lembrei que o meu forninho ainda não voltou para casa. Fica muito saboroso e vou certamente repetir muitas vezes. Também não havia pão em casa, mas havia farinha e a ideia do pão ázimo para estas alturas é perfeita. Depois trago a receita.
sexta-feira, 15 de abril de 2016
Pãezinhos de queijo
Mais uma semana passada, de chuva e tempo cinzento. Acho que todos nós gostaríamos ter ficado em casa a semana toda e não ir trabalhar, mas a responsabilidade chama-nos, mesmo que tenhamos desculpas boas para não ir. Ainda hoje o "piolho" dizia quando acordou que não lhe apetecia nada ir à escola, e eu respondi também que não queria ir trabalhar. Ter de conduzir até meio caminho e apanhar mais dois transportes não é propriamente agradável quando estamos na preguiça. Como sou a mãe tenho de dar o exemplo e mostrar-lhe que às vezes temos de fazer aquilo que não nos apetece, mas só assim marcamos a diferença. Quero educá-lo a ser responsável e nada como ele aprender com os nossos bons exemplos.
E porque hoje é sexta-feira nada como fazer pãezinhos de queijo. São muito simples e bons e faz aquele vistão na mesa que parece que deu uma trabalheira. A receita roubei-a aqui e podem ver em vídeo aqui.
E porque hoje é sexta-feira nada como fazer pãezinhos de queijo. São muito simples e bons e faz aquele vistão na mesa que parece que deu uma trabalheira. A receita roubei-a aqui e podem ver em vídeo aqui.
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quarta-feira, 13 de abril de 2016
Bife (de alcatra) com molho de mostarda
Às vezes esqueço-me de como comer um bife com batatas fritas e ovo estrelado sabe tão bem. Acho que posso dar-me ao luxo de o fazer, visto que tenho um alimentação equilibrada e raramente comemos fritos. Foi assim sexta-feira passada ao jantar. Soube-me tão bem :). O que interessa levar desta receita é o molho.
segunda-feira, 11 de abril de 2016
Fettuccine com lulas e camarão
Com o meu forno avariado sinto que reduzo drasticamente as hipóteses de jantares rápidos durante a semana. Não seja por isso, o meu wok também é uma peça fundamental na minha cozinha e rapidamente me ajuda a pensar em qualquer coisa. Um prato de massa é sempre do agrado de todos, e se juntar lulas e camarão melhor ainda. Boa semana!
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quarta-feira, 6 de abril de 2016
terça-feira, 5 de abril de 2016
Perna de porco no forno com cerveja preta
Posso dizer que este foi um fim de semana estranho. Cheio de altos e baixos. Um dos pontos baixos foi o vidro do meu mini forno ter literalmente explodido depois deste assado. Fiquei estupefacta, pois caramba, eu tratei este forno como um filho. Tinha-lhe uma adoração quase materna. Adorava usá-lo diariamente, mas apesar disso mantinha-o sempre limpo a roçar o imaculado. Fiquei minutos sentada a olhar para os vidrinhos espalhados por toda a cozinha. Fiquei zangada, fiquei triste, fiquei com aquele sentimento de perda que me percorre sempre a alma desde que me lembro como gente. Mais uma perda. Mesmo que venha com um vidro novo da garantia, não voltarei a confiar nele. Ele foi o único eletrodoméstico que me causou sentimentos, que me salvou tantos dias em que pôr um bolinho no forno me alegrava logo. Ele não era só um eletrodoméstico, para mim era algo mais. Aqui fica o último assado que ele me devolveu depois de cozinhado lentamente e com amor. Fica mais uma sugestão de temperos a juntar a outros assados que já andam pelo blogue.
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