domingo, 20 de março de 2011

Choco Grelhado com Batatinha Assada

E porque as coisas simples da vida também podem ser boas. E porque também mereço trocar uma manhã de Domingo na cozinha a fazer algo mais elaborado, por um passeio na praia. E porque também é bom acordar e fazer-me uma pergunta diferente de: "O que é que eu vou fazer hoje para o almoço?" E porque quem me acompanha aqui também merece a minha honestidade. Aqui por casa também se comem coisas fáceis e rápidas. A energia que damos a elas e a dedicação faz parecer qualquer almoço banal em algo que se traduz assim: "Mamã isto está um espetáculo!"
Sai-se de casa sem pensar em nada, à vinda pára-se num mercado e compra-se um belo choco, umas batatinhas, alguns tomates em rama e coentros. Almoça-se às duas da tarde e lava-se a louça às seis. Porque afinal isso pouco importa. Porque afinal eu também mereço sair da linha e quebrar algumas regras, porque elas existem para serem quebradas. E no final das contas ninguém se queixou.
Hoje não há receitas, não há ingredientes, não há confeção. Somente uma palavra de reflexão para quem acha que a vida não vale a pena.

O Meu Tempero

sábado, 19 de março de 2011

As Minhas Ricas Cebolas

Tem dias que me fazes chorar, tem dias que me fazes rir, tem dias que andas queimada, outros deslavada. Tem dias que ficas uma matrafona mal picada, outros nem estás para aí ralada. Deixas-me os nervos em franja quando foges da Janota e queres andar para ali em pelota. És uma doida, enrolas-te com o alho e pões-te debaixo do louro para ele não contribuir com o seu aroma, e se ponho duas folhas ficas invejosa.
Pequenina és charmosa, grande ficas vaidosa, até grelada és boa. Desesperas-me quando só tenho um exemplar da tua raça. Corto-te ao meio ou corto-te aos quartos? Pergunto-me. Embrulho-te em papel celofane e guardo-te na fila de trás e escrevo num papelinho: “NÃO MEXER!”. Não vá alguém querer devorar-te crua com o iogurte e os cereais, ou entrar uma grávida por aqui a dentro e dizer-me: "ESTOU COM DESEJOS!”
Tem dias que adoro o teu cheiro, outros que me agonias, mas morro se não estás lá!
E hoje dei comigo a pensar nisto, só porque me esqueci-me de por rímel...

O Meu Tempero

quinta-feira, 17 de março de 2011

Panquecas de maçã com gelado de nata e mel

Quem gosta de cozinhar, certamente já fez panquecas de todas as maneiras e feitios. Estas são as minhas preferidas.

O Meu Tempero

Pataniscas de bacalhau

Quem é amiguinha quem é? Toquem a matar saudades das comidinhas das nossas mães.

O Meu Tempero

Costeletas com ananás e arroz de grão envinagrado

Já fiz algumas vezes estas costeletas que encontrei na internet, e embora nada de muito trabalhoso, ontem não foi fácil... Este jantar teve muito que se lhe diga. Costuma-se dizer quem não tem gato caça com cão... Ou vice-versa, sei lá eu. Não tentem substituir aqui vinho branco por cerveja, não resulta! 
O arroz aprendi com a minha mãe, era habitual lá por casa.

O Meu Tempero

quarta-feira, 16 de março de 2011

A minha companheira de sempre

Apresento-vos a minha companheira de uma década.
Com ela corto tudo o que há para cortar na cozinha.
Tem lógica? Não! É uma faca de pão com serrilha.
Mas com ela pico tudo na perfeição, descasco batatas, todos os legumes e frutas.
Por ela não poderei ir até ao fim do mundo, mas vou até ao fim da pilha de louça que adormecida espera ser limpa e arrumada.
Com ela chorei baba e ranho a descascar cebolas, com ela cantarolei a picar coentros e salsa. Faz sentido? Não!
Com ela fiz as piores figuras na cozinha. Com ela cortei a cabeça de um frango do campo, de máscara e olhos fechados. Correu bem? Nem por isso. Pelo menos já estava morto.
Mas com ela tive uma dedicação superior que me fez lutar e treinar. Com ela trincho carne e corto fatias milimétricas de lombo de porco.
Mas uma faca de serrilha? Sim, uma faca de serrilha!
Por ela e com ela faço Sopa da Janeca às 11 da noite, descarregando frustrações.
Ela se enrosca na minha pequena mão e faz tudo na perfeição, ou quase tudo…
Com ela sofro a tirar os gomos dos citrinos sem pele. Impossível? Talvez. Mas eu e ela conseguimos.
Hoje dei comigo a pensar nisto. Estranho não é? E porque não dar-lhe um nome. Janota? A mim soa-me bem.

O Meu Tempero