segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Almôndegas de frango com cenoura e courgette

Sexta-feira passada o "piolho" teve passeio na escola. E eu tinha de pensar no almoço que ele iria levar. Tinha de ser prático a comer, saboroso e equilibrado. Pensei e lá decidi fazer uns hambúrgueres de peito de frango com legumes. Embora eu não precise de esconder os legumes, é uma maneira eficiente de tornar a carne menos seca e ingerirmos legumes quase sem nos apercebermos, já para não falar que dois peitos de frango (peito inteiro de 1 frango) renderam além dos 2 hambúrgueres que ele levou, mais uma fartura de almôndegas que se fizeram num ápice e com a ajuda  do tomate em pedaços com manjericão e orégãos Guloso. Podemos sempre brincar com as texturas ralando a cenoura mais finamente e a courgete maior.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Sopa de frango e legumes

Estava aqui a pensar com os meus botões naquela frase que faz muito sentido em todos nós. Que só damos valor às coisas ou pessoas quando as perdemos. Isto a propósito de ser uma pessoa bastante arrumada lá em casa. Durante anos não saí de casa sem arrumar tudo primeiro, tirando uma coisa ou outra que não posso fazer por algum motivo, mal eu acordo faço a inspeção matinal a tudo. Sou demasiado arrumada, mas para bem da minha sanidade mental gosto de o ser. Gosto de ter tudo no lugar, e mesmo que não limpe o pó semanal, tudo o resto tem de estar sempre impecável. E olhem que lá por casa já vi com estes olhinhos muita coisa estranha, assim só para resumir: cascas de banana dentro da gaveta da roupa interior; cachos de uvas debaixo do sofá; frigorífico ou congelador completamente abertos durante a noite; manteiga literalmente pendurada nos azulejos da cozinha, e tantas outras pérolas que o dia não chegava para vos contar. Arrumo, limpo e raramente reclamo, muito raramente mesmo. Até porque acabo por me rir sozinha destes achados diários destes meus dois amores. E não vale a pena perder tempo com isso, que não seja arrumar e pronto. Da mesma forma que eu espero que contornem os meus defeitos, que os tenho e muitos, sem grandes alaridos e reclamações. Mas no dia que eu saí de casa à pressa, e só tinha duas opções, ou chegava atrasada ao meu destino ou deixava a casa imaculada como sempre, escolhi a primeira e nesse dia notaram efetivamente e em tom estranho fizeram reparo. E eu a pensar que nem davam por mim por ser tão arrumada e que o que faço diariamente passava despercebido e afinal... Isto fez-me lembrar aquele filme do David Linch que vi há anos, sobre um velhote que partiu no seu trator em viagem, decidido a procurar a irmã que há anos estavam zangados, e quando chega ao destino depois de algumas peripécias, recebeu a triste notícia que ela tinha acabado de morrer. Pois é, às vezes é preciso medidas drásticas para acordarmos de vez para a dura realidade que é, não darmos valor às pessoas enquanto elas estão connosco. Um dia pode tudo mudar e já não irmos a tempo de remediar o que muitas vezes pensamos que já não tem remédio, quando só a morte determina mesmo o fim de tudo.
Com isto tudo até me esqueci de colocar a receita. Uma sopa muito aromática com um caldo que se faz sem pressas e que o tomate seco perfuma e se esconde no fim.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Cuscuz aromático com salmão e camarão ao vapor

Este fim de semana o meu ponto alto foi levar o "piolho encardido" ao sushi. Ficou prometido levá-lo lá todas as vezes que faz os testes e trás de volta "Bom" a tudo. É uma boa desculpa para mim, que fujo sempre ao sushi porque na verdade não fica barato. Ele delira e agradece-me sempre tanto, e eu nada me importo por todo o dinheiro gasto, só para ver aqueles olhinhos a brilharem. Ele compreende bem que apesar de eu adorar de paixão cozinhar, não tenho mãos para este tipo de gastronomia. Lá me desenrasco com as gyosas e pouco mais, portanto há que aceitar as minhas capacidades. Assim que chegamos ao nosso restaurante de sushi preferido nem precisamos ver a ementa, é praticamente uma dose de cada, porque este puto tem uma grande prática com os pauzinhos e um apetite de adolescente. E o que é que o cuscuz tem a ver com o sushi? Nada pois, mas tem a ver comigo e com ele, pois é um dos pratos que ambos apreciamos.


sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Pizza 2 queijos, presunto e azeitonas (com a ajuda da CONDI)

Mais um desafio Condi, desta fez utilizando o fermento padeiro seco. Saiu uma pizza do forno, aliás, saíram duas, pois há algum tempo que não fazia para o "piolho encardido" que está sempre ansioso por comer pizza. Desta vez fiz a massa em jeito de pão, pois decidi não colocar azeite como habitualmente faço, e uma parte da farinha utilizei farinha integral. Não comprometeu o sabor nem a textura. É irmos variando e testando outras formas de fazer as coisas.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Pudins de requeijão, mel e nozes

Este fim de semana foi muito caseiro, e a verdade é que me soube bem. Cozinhei muito, mais do que devia, e fui enchendo o frigorífico de sobras que gosto sempre de consumir rapidamente. Foi também altura de olhar para os ingredientes que havia no frigorífico e na despensa, uns com validade apertada e outros frescos a precisarem de serem consumidos rapidamente. O requeijão a terminar o prazo foi o mote perfeito para fazer a sobremesa. Havia mel, uma mão cheia de nozes e restavam dois ovos no frigorífico. Rapidamente preparei uns pudins com aquele sabor típico desta combinação, requeijão, mel e nozes. Melhor é impossível.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Linguine rosa com atum e cogumelos

Nem sempre a vida é cor-de-rosa. Nem sempre tudo nos corre como gostaríamos. Nem sempre estamos à altura das pedras que vamos encontrando no caminho. Nem sempre é fácil. Este ano tem sido revelador para mim. Descobri que sou mais forte do que imaginava e já não tenho medo do desconhecido. Estou a aprender a estar à altura do que me vai acontecendo, contornando os obstáculos colocando-me sempre em primeiro lugar, como nunca antes fiz. Aprendi a gostar mais de mim. Aprendi que eu própria sou o melhor colo que tenho. Temos que nos amar em primeiro lugar e nunca por nada deste mundo deixar que nos destruam a alma. A alma que passamos a vida a entregar aos outros que depois nos devolvem como se nunca a tivessem tido.
E o que desejo para 2016? Desejo encontrar pessoas bonitas, pessoas para as quais eu possa parecer bonita também. Pessoas que não se importem com os meus defeitos e até se riam deles. Pessoas que entrem no meu álbum de fotografias e permaneçam lá para sempre.
A puta da vida nem sempre é cor-de-rosa, mas como quem manda na minha cozinha sou eu, este fim de semana saiu um prato cor-de-rosa choc a fazer lembrar a minha querida amiga Gigi que já partiu e que bebia sempre batidos de beterraba, cenoura e laranja e eu só consegui deixar entrar na minha despensa esta raíz depois de algum tempo da sua morte. Porque ao contrário da cebola, descascar beterraba fazia-me sempre chorar a sua ausência. Aprendi a recordá-la cada vez que faço beterrabas, aprendi a transformar os olhos inundados de água por memórias tão boas passadas com ela. E atum porquê? Porque esta lata de atum viajou por sítios que provavelmente eu nunca conhecerei e veio ter às minhas mãos pelas mãos de alguém que marcou a diferença. Obrigada!