Já passaram alguns meses que não venho partilhar as minhas receitas. Vocês sabem como eu sou, às vezes desapareço e troco as voltas à minha rotina. Continuo a cozinhar, mas com muita preguiça de escrever, de pesar os ingredientes com exatidão e de testar vezes sem conta receitas que não correm bem à primeira. E está tudo bem com isso, porque afinal temos de fazer o que nos faz feliz em determinadas fases da vida.
Hoje partilho uma receita super simples, mas com um toque de Midas, para fazer aquele figurão que ninguém está à espera e com ar de que deu muito trabalho, só que não!
Mãe de adolescente tem de estar sempre preparada para receber os amigos e a namorada. Há que ter sempre à mão ideias rápidas, económicas e que se fazem num estalar de dedos. Ok, são salsichas de lata, eu sei, eu sei, mas cá por casa quase nunca entram e na exceção sabem bem. Oh, oh...
Tenho pelo blogue muitas receitas de patés/entradas que se fazem um ápice. O lema é não complicar e perder demasiado tempo na cozinha. Este foi comigo o mês passado para uma festa de anos. Simples e bom.
Lembro-me de há uns bons anos atrás, o salmão ainda não ser muito popular e até ter um preço bastante convidativo. As coisas mudaram, mas continua a ser um peixe que gosto de cozinhar. Salmão quer-se cozinhado no ponto certo para que não fique seco, e com o toque do gengibre e da lima fica delicioso.
Setembro é um mês especial. Muitos aniversários (no instagram falo de um dos aniversários de ontem), recomeço da escola, fim do verão e início de novas rotinas sem a loucura própria da estação. Faz parte e o melhor é aceitarmos todas as etapas.
E este pão de alho assado? Uma delícia, embora não pareça à primeira vista. Quando ligo o forno aproveito para assar umas cabeças de alho, que depois misturadas com manteiga fica divinal barrado no pão, e é mais outra maneira de fazer pão de alho cá em casa.
Por aqui estamos de férias, aliás, está meio mundo de férias no mês de Agosto, e eu nunca percebi muito bem esta "coisa" de se parar tudo este mês.
Confesso que não é o meu mês preferido para as férias, muita confusão, preços ao dobro do normal e aceitável, filas para tudo e mais alguma coisa, pessoas cheias de stress, nah, nah, nah. A minha paz ninguém me tira, estarei do lado oposto :).
Nas férias também se cometem os típicos excessos alimentares, os petiscos chamam por nós a toda a hora e é quase impossível dizer que não (a não ser que não sejam uns fracos, como eu). Portanto, entre os excessos cometidos, temos mesmo de comer uns pratos mais leves. Foi o caso destes crepes de beterraba recheados com sobras de frango e uns legumes salteados bem saborosos.
Ainda me lembro do primeiro pudim de ovos que fiz. Acho que nem dormi bem nesse dia, a pensar no que podia correr mal.
Aprendi com a experiência que há pratos que precisam de tempo, tempo para arrefecer, repousar, levedar, etc... E o pudim corre sempre bem, se lhe dermos esse tempo.
Sempre que faço pudim, só o desenformo no dia a seguir, depois de frio e bem firme. Mesmo que depois leve o seu tempo para o caramelo aquecer um pouco e libertar o pudim da forma.
A espera vale cada segundo. É uma das minhas sobremesas preferidas, nunca me desilude e precisa de tão poucos ingredientes.
O verão chegou tímido e parece que os dias de praia estão cada vez mais longe. Não faz mal, vamos para a cozinha ligar o forno. Fazer pão, tartes e outras coisas boas.
Cá em casa eles adoram tarde de amendoim, e volta e meia tenho de fazer para os mimar (e engordar também).
Cá em casa nada se perde e tudo se transforma. No fundo é assim na maioria das casas, crescemos e começamos a dar valor a tudo, até às ervas aromáticas meio murchas e ao tomate perdido no frigorífico já muito maduro.
É congelar para usar mais tarde num dia de pouco tempo para fazer o jantar, e assim um prato de massa pode ganhar outra vida. Não há nada de novo aqui, porque já tudo se viu, mas fica a partilha na mesma.
