Na embrulhada e instabilidade que está o meu caminho atual, é preciso não desmoralizar e continuar a levar a vida com otimismo. Continuar a sorrir para que a alegria me invada e contagie também os que estão ao meu redor e se afastam porque a vida é mesmo assim. A árvore de natal está feita, sempre por ele, mas gosto de a contemplar no final e rir-me sozinha das decorações que saíram dali. Não me preocupo muito, daqui a nada tudo se desmonta e fica organizado como antes. É preciso entrar no espírito, já que o destino me brindou com um menino Jesus também, e este ano já faz 14 natais. Não me preocupo com nada material nestes dias. Só quero mesmo saber que todos estão bem e de saúde e têm trabalho, o resto são adornos como as luzes de natal.
Depois de mais um dia de instabilidade, nada me anima mais que ir para a cozinha e sentir o calor do meu fogão, cheio de panelas a borbulhar e confusão pelas bancadas. No meio da confusão ainda parti um copo de vinho e entornei parte do licor de canela que estive a terminar. São dias, dias desastrados que tudo escorrega das minhas mãos.
A massa era para ser à "Alfredo", mas saiu outra perfumada com caril e leite de coco.