quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Galo guisado com pimento, cenouras e batatinhas cozidas

Um dia destes chegou à minha cozinha um galo, já preparado, cortado aos pedaços, sem o grosso das peles e caseiro, que é sempre o que chama a atenção de quem adora isto de cozinhar. Pois bem, a parte mais difícil estava feita e não havia como complicar. Cozinhar galo também não havia de ser assim tão difícil. Liguei à mamãe e em conjunto fomos esboçando a receita. "Põe vinho tinto, mas põe branco também que dá mais sabor, não te esqueças do pimentão doce, do limão e do louro, ai e os alhos também. Deixa de um dia para o outro e vai mexendo o alguidar". E assim foi, saiu um galo do meu tempero com as dicas da mãe e bem saboroso. O "piolho encardido" adorou sem fazer perguntas e o "mais-que-tudo" desconfiou e a medo foi comendo. Achava ele que era qualquer coisa tipo cabidela e o sangue na comida não é o seu forte. É para fazer com tempo e amor.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Jantar com sabor a México

Chili com carne era uma das receitas que fazia vezes sem conta quando fomos morar para a nossa casa. Nem sei bem porquê, pois não era um prato que a minha mãe fazia. E por ter feito tantas vezes deixei-o um pouco para trás. Estava na altura de matar saudades da Carla cozinheira de outros tempos, a Carla que o "mais-que-tudo" adora lembrar e dizer a todos que quando casámos só sabia fazer uns 4 ou 5 pratos. Eu cá não me importo que ele diga estas coisas, até acho piada porque sei que no fundo ele já não sobrevive sem os meus cozinhados.
Um dia destes depois de folhear uma revista do Pingo Doce e ver uma das receitas com sabor a México, achei interessante juntar tudo no mesmo jantar, coisa que ainda não tinha feito. Fiz o chili como habitualmente faço, ainda acrescentei ao jantar o milho e os nachos que são habitué cá por casa. Eles adoraram a surpresa, e esperaram pacientemente que eu me despachasse da cozinha depois de um dia de trabalho. O jantar foi servido mais tarde e assim que a mesa ficou composta foram a correr antes de eu poder captar algumas imagens decentes e mais pormenorizadas. Agarraram-se aos nachos e ao guacamole nas minhas costas e só depois da foto é que percebi uma rodela de malagueta fora do sítio. Mas não faz mal, o que interessa é que eu vos inspire também e eles não esperem muito. E já sabem, carreguem nas malaguetas se gostarem. Eu tenho de ter atenção para o "piolho encardido" não ficar em chamas (usei as malaguetas de forma que ficassem mais visíveis para ele poder retirar) e o "mais-que-tudo" não ficar demasiado "hot".

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Noodles com lulas e legumes

Uma das coisas que não consigo fazer é listas de ementas semanais. Já tentei, mas confesso que quando olhava para o prato correspondente ao dia, pensava logo, mas que raio agora fazer peixe cozido se me apetece caril. Cheguei ao ponto de falar sozinha com a própria lista, assim em jeito de: tu pensas que agora vou fazer o que tu queres se sou eu que mando aqui! É mesmo verdade, eu a contrariar a lista feita por mim. Sou mais feliz assim acreditem e não é por isso que deixo de me organizar todos os dias com as refeições. Foi assim que decidi fazer as lulas, na própria hora. Mas não sou sempre assim, pois quando tenho visitas ou festas, a ementa é pensada muito antes, para que não falte nada. E vocês como fazem?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Arroz de polvo malandrinho

Às vezes tenho a sensação que o fim de semana não dá para tudo o que planeio fazer. Chego a segunda-feira e percebo que uma grande parte ficou para trás, e tudo porque os meus dois amores só pensam em passear e os planos deles baseiam-se à volta disso. O que nunca fica para trás são os meus cozinhados. Nunca estou cansada para cozinhar e há sempre receitas a testar, que não é o caso desta.
Um arroz de polvo sabe sempre bem e tenho a sorte que o "piolho encardido" também aprecia e escuso de fazer um prato diferente para ele. Desde que me lembro que cozo sempre o polvo ainda congelado na panela de pressão e fica sempre tenro, palavra de escoteiro!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Tarte de limão merengada

É sempre bom rever os amigos. Conviver, trocar abraços, conversas entre os goles de vinho, e ficar sempre a promessa que para a próxima é na nossa casa. O importante é não deixarmos de ter estes momentos com quem mais gostamos. A juntar a um almoço que estava bem saboroso, levei uma sobremesa, outra que não faço há que tempos e foi mais uma desculpa perfeita para continuar a dar vazão aos limões que andam cá por casa. Já anda pelo blogue uma receita idêntica, mas nada como matar saudades e fazer alguns ajustes nas dosagens para que ficasse uma tarte mais alta e bonita.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

5 ideias para utilizar o molho pesto caseiro

Ontem mostrei-vos uma "batota" de um molho pesto caseiro com manjericão mas também com espinafres,  e hoje quero mostrar-vos algumas maneiras bem rápidas de o usar em várias receitas. Super simples, super fácil, super bom para animar alguns pratos que precisam de ânimo. Cozinhar é tão simples, complicar para quê?


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Pesto (com manjericão e espinafres)

Que me perdoem os italianos que gostam de ver as suas receitas originais reproduzidas rigorosamente como elas foram apresentadas ao mundo, mas eu até já fiz pesto com amendoins, pois bem sabemos o preço a que está o pinhão. Como cá em casa sou eu que mando, e na falta de um molho de manjericão bem mais composto, decidi que os espinafres fariam boa companhia, e vocês bem sabem como eu gosto de esconder os legumes, embora não precise. Ninguém diria e se eu também não revelasse que as tenras folhas de espinafres estavam no pesto, duvido que alguém lá em casa imaginasse sequer. Assim, consegui uma taça bem cheia de molho pesto que me serviu para muitas receitas, depois mostro-vos. Mas já sabem, molho pesto original não leva espinafres e é utilizado o almofariz.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Baba de camelo no forno

Mais uma sobremesa que fiz para compor o almoço de aniversário do "piolho encardido" no dia 25 de dezembro. Um almoço com sabor a natal e a aniversário. Baba de camelo foi umas das primeiras sobremesas que comecei a fazer na minha casa, a juntar à mousse de chocolate e ao arroz doce. Há muito tempo que não fazia e estava na hora de dar destino à lata de leite condensado cozido, guardada na despensa há uma eternidade. Foi para o forno porque acho um piadão aos soufflés, mas comer no dia a seguir bem fresquinho depois de abater é igualmente bom, se não até melhor. A fotografia foi a possível num dia de grande azáfama.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Arroz de pato (para fazer com tempo)

Quando era miúda odiava pato. Penso que já partilhei aqui a minha história. Quando comecei a fazer pato a minha mãe ensinou-me uma receita bem simples sem complicações e que ficava igualmente boa. Com os anos fui melhorando e testando, e tenho sempre uma receita de arroz de pato para cada ocasião. Tudo tem a ver com o tempo que disponho. Mas o que eu queria mesmo era aquela receita de pato especial com o arroz bem escurinho. Há uns bons tempos atrás decidi que tinha de descobrir. Perdi a vergonha e enviei uma mensagem a um Chef bem conhecido e que já tive o prazer de conhecer, pensando eu que nunca haveria de obter resposta. Dois dias depois salvo erro, a resposta chegou e eu fiquei em êxtase. Mais do que ter "tarecos" novos na cozinha, eu gosto mesmo é de aprender sobre comida. Um dos segredos que me faltava era o molho inglês, a juntar a outros truques que já fazia, cheguei a um arroz de pato mais especial que gosto de preparar com tempo e para quando somos muitos à mesa.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Salada de couve roxa, cenoura, maçã, milho e requeijão

Às vezes a vida dá muitas voltas, tantas que ficamos com a vida do avesso em relação a alguns assuntos. Hoje é o dia que decidi falar disso, até porque escrever é uma boa maneira de exteriorizar todos estes sentimentos que deixei crescer dentro de mim ao longo dos últimos tempos.
Antes de ser mãe, fui tia 3 vezes. Adorava ser tia, até costumava dizer que tinha nascido para ser tia, porque ainda não tinha o rigor de ser mãe, acho que era uma mistura de tia e avó. Fazia-lhes as vontades todas, mesmo que tivesse de contrariar os pais.
Fui uma tia presente, tão presente que eles cresceram e eu tratei-os sempre como se fossem meus filhos. Demorei a ser mãe, mas quando o fui, amei ainda mais os meus "filhos emprestados". Eram como irmãos os 4. Nunca fiz distinção do meu com eles, e quando estávamos todos juntos eram tratados de igual forma. Adorava reunir a criançada lá em casa, a confusão, a desarrumação, os pulos pelo sofá, as manchas de chocolate nas cortinas brancas da sala, as refeições que preparava e eles adoravam, era o caos. O caos que me dava tanto prazer. Fui uma boa tia, disso tenho a certeza! Dei-lhes atenção, abraços, oh tantos abraços eu dei àquelas crianças, tantos beijos, tantos ralhetes e tanta pancada lhes prometia em jeito de brincadeira, tanto amor lhes dei, tanto amor tinha ainda para lhes dar. Estive sempre presente, mais presente do que se espera de uma vulgar tia. Fui uma boa tia até ao dia que o deixei de ser. Até ao dia que o destino levou os meus sobrinhos para longe do meu colo. Já não posso abraçá-los, mimá-los, cozinhar para eles, já não posso ser útil, ajudá-los se precisarem de mim. Já não posso isso, mas posso ainda desejar tudo de bom para eles. O meu colo estará sempre reservado. E no meu colo cabiam todos e eu adorava, mas tudo tem um fim, agora é seguir em frente. 


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Bolo de limão e cenoura (sem batedeira)

Ele adora ir aos limões e eu adoro arranjar soluções para lhes dar uso. Um bolo caí sempre bem, pequeno, ideal para o meu mini-forno e forma tipo "bolo inglês", que só forro com papel vegetal e o bolo saí impecável, uma cobertura para mimar e a desculpa perfeita para gastar mais um limão. Juntei-lhe cenoura para lhe dar uma textura mais húmida e pronto, forno com ele.
Eu já tenho batedeira nova que o pai natal deixou no sapatinho, mas estes bolos são tão fáceis de fazer que não vejo necessidade de usá-la. Cada um que decida, mas eu cá acho que a vara de arames e a espátula ou colher de pau fazem bem este trabalho com estes pequenos bolos.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Medalhões de pescada com cenoura em papelote

Estou completamente viciada nestes papelotes. Até esta simples pescada ficou tão saborosa com poucos ingredientes. Para ajudar à festa o meu novo almofariz esteve presente nesta receita, e não me canso de o usar, pois faz toda a diferença. O "piolho" deu uma ajuda apenas a fechar os papelotes, mas para a próxima vai fazer tudo sozinho, a ver se começo a ter umas folgas na cozinha.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Travessa de fruta com calda de baunilha

Esta travessa de fruta fez companhia às farófias e a outras coisas boas que fiz para a festa do "piolho". As farófias foram logo atacadas pelos gulosos (eu incluída), e eu a querer fazer algo um pouco mais saudável, menos doce e tal... Mimei os bagos de romã com uma calda leve e simples com aroma a baunilha para que cada um servisse a sua taça e regasse a seu gosto. Fica aqui a sugestão de uma travessa bem simples de fruta, com o conselho de a levaram primeiro à mesa e só depois as farófias. Que grandes gulosos! Os meus convidados...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Polvo com batatas "a murro" e couve portuguesa

Lá em casa o "mais-que-tudo" suplica por polvo a toda a hora. É quase um fiel amigo como o bacalhau, as lulas e o choco e volta e meia lá tenho de lhe fazer a vontade. Eu também gosto, mas todos sabemos que nem sempre se pode comprar. Vou mantendo o olho aberto e assim que o apanho em promoção lá vou eu abastecer-me de polvo. O ano terminou com uma receita de polvo e ontem também saiu um arroz, portanto acho que ele não se pode queixar.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Roupa velha de bacalhau

Depois das festas e da fartura, há que dar uso a todas as sobras sem desperdiçar nada. Tenho demasiado respeito pela comida que encontro sempre formas de dar um brilhozinho aos restos enfadonhos que se vão acumulando durante estes dias no frigorífico. Roupa velha que se arranja e se compõe numa refeição bem aconchegante. Porque janeiro é para poupar.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Panquecas de aveia e canela (só com claras)

Infelizmente ainda não consigo sentar-me para tomarmos o pequeno-almoço juntos. Sou demasiado "frenética" para estar ali sentada tanto tempo a "fingir" que estou muito calma a saborear a refeição mais importante do dia. Embora tenha prometido a mim mesma que a partir do primeiro dia do ano sentar-me-ia na mesa com o "piolho" e por arrasto traria o "mais-que-tudo" também, a verdade é que não o consigo fazer. Engulo o meu leite com café quando acordo e só como mais qualquer coisa quando chego ao trabalho. Costumo dizer a brincar que tomo o pequeno-almoço sempre à noite, e a verdade é, que isto é mesmo verdade. Muitas vezes quando me deito, levo na barriga uma taça quente de papas de aveia com mel e nozes, e vou lá eu ter fome de manhã... Não seja por esta minha falha que o rapaz não tem todos os dias um pequeno-almoço de rei, ora preparado por mim, ora pelo pai, e somos muito diferentes na escolha, o que tem uma certa graça, pois o pai adora enche-lo de fruta e fibras e eu adoro dar-lhe ovos mexidos ou panquecas. Como gosto de variar e equilibrar, saiu desta vez umas panquecas com aveia e só com claras, que ele adora acompanhar com sumo natural de laranja, iogurte grego, mel e nozes.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Sonhos de natal com calda de açúcar

Os sonhos, ai os sonhos... Os sonhos sempre me fizeram voar, de tal forma, que quando estou a chegar a eles fujo com medo que eles deixem de se tornar sonhos. Tudo porque só os sonhos já me fazem sorrir, ou serei eu pouco ambiciosa... Há sempre tempo para sonhos, mesmo que o natal já esteja longe. Vamos sonhar?

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Batatas fatiadas no forno com especiarias

Como qualquer mulher de família, ando sempre às voltas para fazer novas receitas com os mesmos ingredientes. Gosto de especiarias e sabores anormais que me façam tocar a campainha do cérebro. Uns gostam, outros não. Mas o que importa é habituarmos as nossas papilas gustativas a todos os paladares. A pimenta rosa não é para todos, e não porque pica, aliás, não é nada como as outras pimentas, tem um travo que me desperta a atenção e volta e meia quero esconde-la nos meus pratos, assim em jeito de: eu sei que ninguém gosta de ti, mas eu gosto e vou ajudar-te a encontrar o teu prato preferido ...


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Lombos de salmão com legumes em papelote

As festas e as férias acabaram. Vão-se os excessos alimentares e o trabalho em casa que é sempre muito para qualquer mulher. Confesso que até me sabe bem voltar às minhas rotinas fora de casa, pois é uma forma de me sentir livre do trabalho doméstico. Ontem foi dia de muita preguiça com o meu "piolho encardido", o que me soube muito bem.
Começo a semana com uma refeição leve, simples e muito apetitosa, que não faço há muito tempo. Um dia destes vi fazerem num programa de televisão e decidi matar saudades. 
Aproveito para vos dizer que voltei, apesar de ter pensado muito em desisitir para me dedicar a outras coisas, mas depois do pai natal me presentear com tanta coisa boa relacionada com cozinha, nunca poderia voltar as costas ao meu tempero. Ainda dou por mim a fazer o almoço ou jantar e a apontar os ingredientes, talvez seja sinal que ainda não deva desistir agora.
Bom ano malta, sejam felizes!