quarta-feira, 3 de junho de 2015

Em banho-maria...

O Meu Tempero tirou férias. 
Volto em breve com mais receitas.
Aquele abraço apertado para todas e um até já.

Carla Sousa

sexta-feira, 29 de maio de 2015

Arroz doce de baunilha

Lá em casa já cheira a férias. Já se fazem planos, marcam-se hotéis e planeia-se muitas saídas de um dia inteiro. O "piolho encardido" já sonha com os 3 meses de férias, e tão bem merecidos, depois de um ano letivo cheio de trabalho. Apesar de ser um pirata, é com alegria que vamos sabendo do resultado do seu esforço tão positivo e que nos deixa tão cheios de orgulho, tão grande que nem cabe dentro de nós. Enfim, são as coisas boas da vida que nos fazem levantar da cama.
A receita de hoje é um arroz doce tão simples quanto bom, tão branco como eu gosto.


quarta-feira, 27 de maio de 2015

Gelado doce de leite com pedacinhos de bolacha

Lá por casa já me tinham pedido para fazer um gelado. O pai queria de café, o filho queria de baunilha, e eu queria experimentar o gelado doce de leite que já tinha até visto a Filipa Gomes fazer um. Já podem ver a quem fiz a vontade. A mim pois claro! Não houve amuos, nem reclamações e deixei no ar a promessa de lhes fazer a vontade em breve. 
Fazer gelados em casa não é mais económico que comprar no supermercado. Antes pelo contrário. Mas o prazer de podermos comer um gelado saído das nossas mãos e ao nosso gosto, é muito maior. Não vale sequer a pena ter uma máquina de fazer gelados em casa, pois desde que uso claras em castelo nos gelados não há cristais de gelo que se atrevam a "viver" no meu gelado.


terça-feira, 26 de maio de 2015

Açorda de bacalhau e coentros

Depois de uns dias adoentada, volto às receitas. Desta vez com uma açorda. Quem diria que um dia eu iria gostar de açordas. Pois é... Em pequena não gostava mesmo nada, mas a idade apura-nos o gosto e não só. A idade dá-nos estrutura e capacidade para gostarmos de coisas que não gostávamos antes. A açorda também não reúne consenso entre as pessoas. Ou se adora, ou se odeia.

terça-feira, 19 de maio de 2015

Salada de atum, grão e pimentos com azeite de manjericão

Na minha cozinha não há regras muito rígidas em cada estação do ano. Há sempre saladas durante o inverno e se me apetecer uma feijoada no verão, também a faço. Mas quando chegam estes dias bons e solarengos, que ansiámos o inverno inteiro, apetece-me aproveitá-los ao máximo, antes que se acabem.  As saladas fazem-se num ápice, dão um colorido bom à mesa e para estes dias são perfeitas. Mais uma receita a quatro mãos, com a ajuda do meu "ratatui".


segunda-feira, 18 de maio de 2015

Mini espetadas de camarão em marinada especial

Ainda continuo na "terapia" para aprender a partilhar a minha cozinha. E palavra de honra que tenho me portado bem. Prova disso são estes camarões que alegraram o nosso jantar de sábado em jeito de entrada com uma pequena salada, antes de irmos a correr aproveitar a noite e a entrada livre nos Museus.
O "piolho encardido" foi para a cozinha outra vez e participou entusiasmado como sempre e como um verdadeiro ajudante. Está contratado!


sexta-feira, 15 de maio de 2015

Pataniscas de atum

Quando fiz estas pataniscas há uns dias, não fazia a mínima ideia que as iria fazer. Sem nada descongelado para o jantar, sem nenhuma ideia na cabeça, mas com muita vontade de fazer uma comida de conforto, daquelas que nos abraçam bem apertado. Olhei para o frigorífico e tirei ovos, fui à dispensa e peguei nas latas de atum e fez-se luz na minha cabeça. Pataniscas de atum, para fugir das habituais de bacalhau. Se bem que são as meninas dos meus olhos, mas no fundo fui uma vira-casaca e agarrei-me às de atum. A acompanhar, um arroz bem malandrinho de tomate e pimento vermelho. Fiquei de coração cheio com esta refeição, e junto com uma sopa de espinafres e ainda couves de bruxelas salteadas com bacon fez maravilhas ao jantar. Bom fim de semana!


quinta-feira, 14 de maio de 2015

Legumes assados no forno com manjericão seco

Colocar legumes para assar no forno é coisa de criança. Basta abrir o frigorífico e escolher alguns legumes, cortá-los de várias maneiras e espessuras, dependo do seu tempo de cozedura e o gosto de cada um, temperar rapidamente escolhendo uma erva aromática fresca ou seca que faça "pandant" com o prato principal. Estes fizeram par perfeito com a truta salmonada de ontem, que também foi perfumada com manjericão, mas fresco. Podem misturar todos os legumes quando os levarem ao forno, ou separá-los para que seja mais fácil cada um servir os seus legumes preferidos e não andarem a escolher na travessa.

quarta-feira, 13 de maio de 2015

Truta salmonada no forno com ervas aromáticas

Depois de um treino intensivo lá por casa, já posso comprar qualquer tipo de peixe que ninguém reclama. Adoro levar o peixe inteiro para a mesa e dividi-lo por todos na hora. Gosto do tempo que perco a tirar cada espinha no prato e ao mesmo tempo ir saboreando cada garfada. É tão simples de preparar e rápido a assar, pois este peixe não se quer muito tempo no forno para não ficar seco. A acompanhar fiz uma mescla de legumes no forno.


segunda-feira, 11 de maio de 2015

Hambúrgueres de vitela com cenoura e ervas aromáticas

Sexta feira passada o pedido para o jantar foi hambúrgueres. Era um pedido simples, portanto não havia como recusa-lo. De regresso a casa do trabalho,  passei pelo supermercado e lá comprei a carne e os pãezinhos. Feitas as contas estes "meninos" ficaram uma pechincha, pois a carne picada estava em promoção e os pães também. Como eu gosto desta sensação boa de poupança... Se ficaram bons? Se esta mistura de sabores meio improvável combinou?  Alguém deu pela cenoura? Eu cá acho que sim e ninguém deu pela cenoura e ninguém reclamou. E ainda congelei hambúrgueres para o próximo pedido. Melhor é impossível...


sexta-feira, 8 de maio de 2015

Esparguete com caril, bacon e creme de coco

Tenho de confessar que sou muito egoísta na cozinha. Gosto de fazer tudo sozinha e que ninguém lá entre para empatar. Descobri já tarde que isso afastou o "mais-que-tudo" da cozinha quando juntámos os trapinhos. Ele até fazia uns pratos jeitosos e mal eu chegava a casa, só reparava na sujidade que ele fazia. Shame on me! Bem, acho que não mudei muito... Continua a ser difícil partilhar este amor tão grande que tenho pela culinária, mas estou a trabalhar nisso. E a prova é que levei o "piolho encardido" para a cozinha e juntos fizemos este prato. Sabem, até gostei de ter este "ratatui" a ajudar-me e mandei nele como um verdadeiro Chef com mau feitio. Pena tenho que este prato não levou cebola, pois adoro vê-lo a pica-la e a chorar, aliás, foi logo a primeira coisa que ele me perguntou, se o que íamos fazer levava cebola. E eu, estive quase quase, a juntar cebola a este prato numa tentativa de o afastar da cozinha.
Para esta receita a Milaneza deu uma preciosa ajuda com o esparguete de caril que é delicioso. A juntar à massa, mais uns pozinhos de pirlimpimpim e este prato ficou tão bom. Eu sou fã de pratos de massa em que a massa é a personagem principal. 

quarta-feira, 6 de maio de 2015

Leite creme queimado (com baunilha e limão)

Domingo passado foi dia de rever uma velha amiga. E que bom foi recebe-la em minha casa. Dei o meu melhor para que a refeição fosse agradável, mas fico sempre com a sensação que poderia ter feito mais, não fosse esta a minha melhor forma de me expressar, a cozinhar. Uma das sobremesas foi este leite creme tão simples de fazer. Ficou a promessa de nos vermos mais vezes, e da minha parte vou fazer com que esta promessa se mantenha de pé.
 


Ingredientes para 4 pessoas:
- 500ml de leite
- 1 vagem de baunilha aberta ao meio e com as costas da faca retirar as sementes ao longo da vagem
- 1 casquinha de limão
- 3 gemas tamanho L
- 20g de amido de milho (cerca de 2 colheres de sopa rasas)
- 100g de açúcar refinado
- açúcar mascavado q.b. para queimar

Preparação:
Levar o leite ao lume a ferver, juntamente com a vagem de baunilha e as sementes, e a casca de limão. Apagar o lume e deixar repousar alguns minutos.
Bater as gemas, o açúcar refinado e o amido, com a vara de arames, até ficar um creme esbranquiçado.
Coar o leite, que deve estar já um pouco arrefecido e misturar bem e aos poucos, com o creme das gemas.
Levar novamente ao lume moderado até engrossar. Ir mexendo com a vara de arames.
Dividir por taças individuais e deixar arrefecer por completo. Levar ao frigorífico até servir.
Na hora de servir, polvilhar com açúcar mascavado e queimar com o maçarico de cozinha. Bom apetite!

quarta-feira, 29 de abril de 2015

Torcidos de amêndoa e limão

Memórias de carinho é tudo o que quero levar comigo quando me for embora. Memórias que se guardam em todo o lado. Numa gaveta, numa caixa, dentro de um livro, num baú velho, no coração, no consciente, no passado, ou mesmo dentro de um frasco que foi oferecido a alguém que é especial para outro alguém, que por sua vez é especial para mim. 


Ingredientes para 33 unidades:
- 100g de açúcar refinado
- 75g de manteiga derretida e arrefecida
- 1 ovo e 1 gema XL
- raspa de 1 limão
- 150g de farinha de amêndoa
- 200g de farinha de trigo
- 1 colher de sobremesa de fermento Royal
- 1 gema batida para pincelar

Preparação (sem batedeira):
Bater o açúcar com a manteiga. Juntar o ovo, a gema, a raspa de limão e voltar a bater. Acrescentar a farinha de amêndoa e misturar. De seguida a farinha de trigo e o fermento peneirados e amassar. Deixar repousar uns minutos no frigorífico. Retirar pequenas porções de massa e formar um rolo (não muito grosso) com cerca de 20cm. Dobrar ao meio, unir as pontas e torcer. Repetir a operação até a massa terminar. Colocar os torcidos num tabuleiro de ir ao forno forrado com papel vegetal, pincelados com a gema. Levar ao forno pré-aquecido a 160º, cerca de 10 minutos. Após os 10 minutos poderão ainda estar um pouco moles, mas enrijecem depois de arrefecidos. Bom apetite!

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Rolinhos de alcatra recheados e puré de batata de açafrão


No sábado passado o almoço foram estes bifes recheados e cá por casa adoraram. Houve muitos elogios à cozinheira que até achei um exagero. A carne era muito tenra e não os cozinhei demasiado, porque um pouco mal passados ainda ficam melhores, pelo menos para o meu gosto. Mas quem não gosta de ver a carne tão rosada, faça favor de cozinha-la mais uns minutos. 


Ingredientes:
Puré:
- 1 kg de batatas
- sal grosso q.b.
- 1 colher de sobremesa de açafrão das Índias
- 1 noz de manteiga
- 1 colher de sopa de mostarda
- 1 colher de café rasa de noz moscada
- leite q.b.
6 Rolinhos:
- 3 bifes grandes e finos de alcatra (novilho)
- sal fino q.b.
- pimenta moída q.b.
- 9 fatias de fiambre
- 9 fatias de queijo
- 1 noz de manteiga
- azeite q.b.
- 1 pé de alecrim fresco
- 2 dentes de alho inteiros, com casca e ligeiramente esmagados
- 1 folha de louro
- 1 colher de sobremesa de mostarda + sumo de 1/2 limão pequeno para o molho final

Preparação:
Descascar e cortar as batatas aos cubos do mesmo tamanho. Levar ao lume num tacho com água temperada de sal e com o açafrão. Depois de cozida, escorrer, voltar a colocar no tacho e adicionar a manteiga, a mostarda, a noz moscada e um pouco de leite. Mexer bem e reservar.

Estender os bifes na tábua de cozinha. Temperar de sal e pimenta. Colocar sobre os bifes e sem sobrepor, as fatias de fiambre e por cima as de queijo. Como os bifes são grandes, cortar ao meio, e de cada bife fazer 2 rolinhos. Enrolar cuidadosamente e prender com palitos. 
Aquecer uma frigideira grande com a manteiga, um fio de azeite, o alecrim, os alhos e o louro. Selar os rolinhos de ambos os lados até ficarem bem "dourados". Transferir os rolinhos para um tabuleiro de ir ao forno. Voltar à frigideira onde se selou os bifes e adicionar a mostarda e o sumo de limão e raspar o fundo para os sabores se misturam. Coar este molho por cima dos bifes e levar ao forno pré-aquecido a 180º, aproximadamente 10 minutos para terminar de cozer. 

Enquanto os rolinhos estão no forno, voltar a ligar o lume do puré e deixar aquecer bem, ir adicionado mais leite, se necessário, até ficar com a consistência desejada. Retificar os temperos.
Servir os rolinhos (já sem os palitos) com o puré e salada a gosto. Bom apetite!

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Miolo de mexilhão panado

Eu gosto de uma boa petiscada. Ainda sou do tempo que se ia para o café e saía uma travessa de cada do que havia na lista, com várias rodadas de imperiais bem fresquinhas e pão torrado com manteiga. Não havia as despesas de hoje, a vida estava mais facilitada e todo o grupo trabalhava, o que dividido por todos, não fazia grande "mossa" na carteira. Eu continuo a gostar de comer uns belos petiscos, mesmo que seja em casa e mesmo que seja eu a fazê-los. A vida muda, e resta-nos aprender a saborear as novas etapas, sempre claro, com petiscos a acompanhar. Barato, simples, saboroso, o que é que se pede mais? 


Ingredientes:
- 300g de miolo de mexilhão congelado
- 1 limão
- 1 colher de chá de salsa seca
- pimenta moída q.b.
- sal fino q.b.
Para panar:
- 1 ovo XL
- pão ralado q.b.
- azeite para fritar q.b.

Preparação:
Descongelar o mexilhão naturalmente. Deixar a escorrer em papel absorvente para retirar todo o líquido que possam ter. Temperar de sal (não é necessário muito), pimenta, salsa e sumo de meio limão, reservando o restante para a altura de servir. 
Numa taça colocar o ovo batido com o garfo e noutra o pão ralado. 
Passar o mexilhão pelo ovo e de seguida pelo pão ralado.
Aquecer uma frigideira com azeite (não é necessário muito), e fritar os mexilhões de ambos os lados. Colocar poucos de cada vez para não arrefecer o azeite. Deixar a escorrer em papel absorvente. Servir com mais limão. Boas petiscadas!

terça-feira, 21 de abril de 2015

Crepes de aveia

Como prometido, hoje trago a receita dos crepes de aveia que compuseram a minha mesa do pequeno almoço reforçado de domingo passado. E porquê aveia? Porque é bom, faz bem e porque havia uma embalagem a terminar lá em casa e eu não gosto nada de ver pacotinhos disto e daquilo a terminar e sem uma quantidade razoável para fazer uma receita. Portanto, esta foi uma boa forma para dar solução a esse restinho de aveia no fundo do pacote, que fez companhia ao restinho de amido de milho também. Têm a minha palavra que não compromete o sabor e nem a textura.


Ingredientes para 6 crepes:
- 2 ovos XL
- 1 pitada de sal fino
- 60g de aveia triturada no robot de cozinha
- 60g de amido de milho
- 150ml de leite
- 20g de manteiga derretida e arrefecida
- óleo para untar a frigideira q.b.

Preparação:
Numa taça grande bater os ovos e uma pitada de sal, com a vara de arames. Adicionar a aveia, o amido de milho e misturar. Acrescentar o leite aos poucos e ir misturando, terminando com a manteiga. Deixar a massa repousar uns minutos. Levar a aquecer uma frigideira grande untada com óleo, retirando o excesso com papel absorvente. Quando estiver quente verter uma concha de sopa (não muito cheia, para o crepe ficar bem fino) e ir rodando a frigideira para toda a massa se espalhar. Quando a massa começar a ganhar cor dos lados e a despegar-se da frigideira é altura de virar. Este processo é muito rápido. Repetir a operação e se necessário untar novamente a frigideira a meio do processo. Servir morno ou frio, recheado a gosto. Bom apetite!

Nota: Mesmo que a aveia não fique triturada em pó como o amido de milho, depois de feitas não se vai notar nada. 

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Sugestão de pequeno almoço #2

Todas as famílias têm o seu lado "louco". A minha não foge à regra. Há dias que parece que estamos no "monocómio", como diz o "piolho encardido".  
Toda a gente se deitou tarde, acordaram todos com a birra, e eu, bem, e eu fui para a cozinha fazer um pequeno almoço que foi tomado à 1 da tarde. Andou tudo do avesso. Sábado o "piolho" foi com a avó às danças de salão e chegaram a casa às 2 da manhã. Aliás ele nem dormiu em casa. Eu e o "mais-que-tudo" apanhados de surpresa não fizemos grandes planos para sair e ficámos por casa a beber vinho do "pacote", porque o único álcool que havia era o sanitário e o de "pacote" para temperar o comer... O que interessa é que foi um serão bem divertido e sem a melga "mor". Claro que Domingo acordou tudo tarde, depois o pai teve de ir buscar o puto quase de arrasto para o levar à natação. Eu pus o despertador cedo para ir rever uma amiga de longa data que me deu uma banhada... 
E pronto, a única maneira de resolver isto era com um pequeno almoço à maneira. E sim, Domingo não se almoçou e depois deste pequeno almoço tipo "brunch" foi tudo dormir a sesta. 
E o que é que isto tem de especial? Nada, a não ser os crepes de aveia que amanhã trago a receita, como uma alternativa aos crepes com a farinha de trigo.


Para compor esta refeição bastou reunir algumas coisas boas:
  • pão fresco de mistura e centeio
  • palitos torrados de pão de forma integral
  • croissant's folhados
  • leite, café e chocolate
  • sumo de laranja natural
  • iogurtes de aromas
  • manteiga de vaca
  • fatias de queijo
  • fatias de fiambre
  • ovos mexidos
  • fatias de bacon estaladiço
  • salmão fumado
  • queijo fresco
  • doce de figo caseiro
  • crepes de aveia


terça-feira, 14 de abril de 2015

Aletria de coco e especiarias

Lá por casa as sobremesas comem-se mais depressa que os bolos. Então esta aletria não chegou para saciar o meu desejo por doces este fim de semana. Para quem aprecia, acho que esta combinação é bem simpática e aromática. Eu gostei tanto que brevemente vou repetir.


Ingredientes:
- 800ml de leite
- 200ml de leite de coco
- 150g de açúcar 
- 1 pau de canela
- 1 estrela de anis
- 2 vagens de cardamomo ligeiramente abertas
- 1 colher de sobremesa de manteiga 
- 1 pitada de sal 
- 150g de aletria
- 20g de coco ralado
- 1 colher de sopa de açúcar baunilhado Royal
- canela em pó q.b. para polvilhar no final

Preparação:
Levar o leite e o leite de coco ao lume, com o açúcar, o pau de canela, a estrela de anis, o cardamomo e a manteiga. Ir mexendo até a manteiga e o açúcar dissolverem. Quando começar a ferver, juntar a aletria partida e separada dos novelos. Deixar ferver uns 5 minutos, mexendo com um garfo para soltar a massa. Antes de apagar o lume, acrescentar o coco ralado, o açúcar baunilhado e misturar bem. Retirar os aromas e servir numa travessa grande. Deixar arrefecer, e polvilhar com canela. Bom apetite!

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Bolo de cacau e amêndoa com cobertura de chocolate

Há algum tempo que não saía do meu mini forno um bolo, ou melhor, um mini bolo. Gosto de os fazer mais pequenos quando lá por casa não andamos muito gulosos ou andámos a abusar nos outros dias. Como quem manda sou eu, é sempre na altura que eu faço esse ajuste. Maior ou mais pequeno, mais ou menos açúcar e quem sabe não pôr um pingo de gordura. Que obviamente compensei na cobertura para que ficasse com um chocolate bem brilhante, mas nada de extraordinário, nem escandaloso. Este bolo não fica exageradamente doce, mas porque assim a minha vontade o ditou. Quem quiser que carregue na dose, eu cá acho que devemos todos ter cuidado e contenção. 


Ingredientes:
- 4 ovos tamanho M à temperatura ambiente
- 6 colheres de sopa de açúcar
- 2 colheres de sopa de cacau magro Royal
- 1 colher de chá de fermento químico Royal
- 4 colheres de sopa de farinha Tipo 55
- 4 colheres de sopa de amêndoa moída
- manteiga e cacau q.b. para polvilhar a forma
Para a cobertura:
- 100g de chocolate culinária
- 1 colher de sopa de manteiga
- 4 colheres de sopa de leite

- confetis coloridos para decorar

Preparação:
Bater os ovos com o açúcar. Juntar os restantes ingredientes peneirados e voltar a bater até estar bem misturado. Untar com manteiga e polvilhar com cacau, uma forma de buraco (usei uma forma pequena canelada de pudim) e verter a massa alisando a superfície. Levar ao forno pré-aquecido a 160º, aproximadamente 30 minutos ou até estar cozido (fazer o teste do palito, se sair limpo, está cozido). Retirar, deixar arrefecer um  pouco e desenformar. 
Para a cobertura, colocar todos os ingredientes num tacho pequeno e levar ao lume moderado até começar a fervilhar, mexendo de vez enquanto. Verter no bolo já completamente arrefecido e decorar com confetis coloridos. Bom apetite!

segunda-feira, 6 de abril de 2015

Bacalhau assado com batatinhas a "murro"

Não vale a pena complicar... Lá em casa os meus amores adoram bacalhau da maneira mais simples. Cozido ou assado com batatinhas a murro. É vê-los saborearem e competirem a ver quem tem as maiores lascas de bacalhau. Eu prefiro com natas ou à Brás, mas volta e meia tenho de lhes fazer a vontade. Até no meu casamento ele escolheu este prato para a ementa seguido de umas espetadas de carne. Não tenho maneira de fugir senão vão pedir o livro de reclamações. E como sou uma rapariga atenta às promoções, assim que apanho os lombos de bacalhau congelados e já demolhados a metade do preço, eles vão comigo para casa.


Ingredientes:
- 1 embalagem de lombos de bacalhau congelados e já demolhado
- 800g de batatinhas para assar
- 6 dentes de alho esmagados com a casca
- 3 folhas de louro
- sal q.b.
- azeite q.b.

Preparação:
Lavar bem as batatas e cozer previamente em água temperada com um pouco de sal, sem ficarem demasiado cozidas. Escorrer, deixar arrefecer um pouco e dar um pequeno "murro" em cada uma. Reservar.
Descongelar naturalmente o bacalhau (e cortar os lombos ao meio para ser mais fácil dividir se necessário). Colocar os lombos numa assadeira com os dentes de alho, as folhas de louro e um fio de azeite. Levar ao forno pré-aquecido a 180º, cerca de 10 m.  Retirar o bacalhau, escorre-lo de qualquer líquido que tenha e transferi-lo para outra assadeira juntamente com as batatas, os alhos e o louro. Salpicar as batatas com umas pedrinhas de sal grosso (no bacalhau nunca ponho sal), regar  tudo  com um fio de azeite generoso e levar ao forno por mais 20m aproximadamente. Bom apetite!

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Folar doce

Fermipan desafiou-me a fazer uma receita alusiva à Páscoa. E eu fiz um folar simples como costumo fazer. Vou brincando com a dosagem das especiarias, adiciono umas gotas de aroma de baunilha, substituo um ovo inteiro só por gemas, coloco mais açúcar, uso um corante para dar outra cor aos ovos cozidos, pincelo com o ovo inteiro em vez da gema, dou-lhe outra forma e dispenso a geleia no final. Gosto de brincar com a receita base, pois acho que é assim que aprendemos a dominar isto de fazer massas e também jogar com o sabor final. Um ingrediente que nunca altero é o fermento padeiro em pó que prefiro ao fresco por várias razões. Boa Páscoa e cozinhem muito!


Ingredientes para 4 folares pequenos:
- 500g de farinha de trigo tipo 65 + cerca de 150g
- 1 colher de sobremesa de canela em pó
- 1 colher de sobremesa de erva doce em pó
- 1 colher de café de aroma de baunilha
- 150g de açúcar refinado (ou menos se preferirem)
- 75g de manteiga amolecida
- 2 ovos + 2 gemas tamanho M (à temperatura ambiente)
- 1 saqueta de fermento padeiro seco Fermipan
- 200ml de leite morno
- 4 ovos cozidos arrefecidos e depois pincelados com umas gotas de corante vermelho diluído num    pouco de água
- 1 ovo batido para pincelar no final 

Preparação:
Colocar num alguidar grande as 500g de farinha, a canela, a erva-doce, o aroma de baunilha, o açúcar, a manteiga, os ovos e as gemas, o fermento e o leite.
Bater com a batedeira com as varinhas em espiral durante cerca de 10 minutos. Nesta fase a massa é muito mole. Tapar o alguidar com película aderente ou um pano e deixar levedar em local seco, quente e livre de correntes de ar, cerca de duas horas, ou até dobrar de volume. 

Depois de levedada, polvilhar a bancada da cozinha com um pouco da restante farinha e verter a massa. Ir acrescentando os 150g de farinha aos poucos até a massa despegar das mãos e formar uma bola. (se necessário acrescentar mais do que 150g ou não, poderá até sobrar). Não deixar a massa muita seca. Ela tem de ficar firme mas maleável e o folar ficará com uma textura muito fofa e leve. 

Retirar um pouco de massa suficiente para fazer 4 cordões compridos e finos para colocar à volta dos ovos cozidos. 
Dividir a restante massa em 4 partes iguais e dar-lhes a forma redonda. Colocar papel vegetal no tabuleiro de ir ao forno e em cima os folares. Colocar em cada, um ovo cozido no meio pressionando um pouco e à volta de cada ovo cozido um cordão comprido e não muito grosso.
Deixar descansar mais 30 minutos para levedar uma segunda vez.

Pincelar a massa cuidadosamente com o ovo batido e levar ao forno pré-aquecido a 180º aproximadamente 30/35 minutos. Ficar de olho nos primeiros 15/20 minutos, e se o folar ficar muito dourado em cima, colocar papel de alumínio.
Retirar, deixar arrefecer e servir. Bom apetite!

terça-feira, 31 de março de 2015

"Limiano ralado para momentos derretidos" com "Pretzels" de queijo, açafrão e orégãos

A Limiano desafiou e eu aceitei. Não me ralei muito, mas derreti-me com o sabor destes simples "pretzels" idealizados por mim. Salgadinhos, com muito sabor, e brincando com a forma deste pão alemão o qual não tenho a receita original. E agora vou ralar-me com isso? Claro que não, vou derreter o coração de alguém com estes snacks. É ridiculamente bom brincar com a massa e dar-lhe forma, tão bom que não esperei pelo "piolho encardido" para me ajudar como tinha planeado... e fiz tudo sozinha. E sim, fui tão egoísta... Perdoam-me?


Ingredientes para 12 unidades:
- 200g de farinha de trigo tipo 55
- 1 colher de sobremesa de açafrão das Índias
- 1 colher de sobremesa de orégãos secos
- 1 colher de sobremesa de fermento padeiro seco
- 100ml de água morna
- 2 colheres de sopa de azeite
- 2 embalagens de queijo ralado Limiano
- 1 clara de ovo
- sal grosso q.b.

Preparação:
Colocar a farinha, açafrão e os orégãos numa taça grande e misturar. Abrir um buraco ao meio e adicionar o fermento. Verter a água e o azeite e mexer com um garfo para dissolver bem o fermento. Amassar um pouco até a massa despegar das mãos. Tapar a taça com película aderente ou um pano e deixar levedar em local seco e quente, ou até duplicar de volume. 
Polvilhar a bancada da cozinha com farinha e amassar cerca de 5 minutos. Dividir a massa em 12 pedaços iguais (ou em 24 se desejarem uns "pretzels" mais pequenos). Achatar cada pedaço de massa na palma da mão formando uma pequena concha e em cada colocar uma colher de sopa de queijo ralado. Fechar  a "concha" pressionando com os dedos.
Esticar cada pedaço com a palma da mão sobre a bancada da cozinha (em jeito de brincadeira com plasticina), até fazer uma rolinho com cerca de 50 cm de comprimento. Entrelaçar as pontas e prender nas laterais pressionando um pouco.
Pincelar cada um com clara de ovo ligeiramente batida. Salpicar com algumas pedrinhas de sal grosso. 
Levar ao forno pré-aquecido a 180º, aproximadamente 20 minutos. Deixar arrefecer e está pronto a comer. Bom apetite!

sexta-feira, 27 de março de 2015

Lasanha à bolonhesa (para o dia mundial do teatro)

Estava aqui a pensar com os meus botões, na idade, na vida e no "eu". O "eu" que era e me tornei. Os anos passaram por mim e deram-me tantas coisas diferentes. Aprendi com todos os meus erros, aprendi a crescer e aprendi a lidar de outra maneira com o mundo que me rodeia. Sempre me senti deslocada, como se não pertencente a este mundo. As pessoas no geral magoam e desiludem e se na primeira metade da minha vida, eu com a minha pura ingenuidade não percebia isso, nesta outra metade, não aceito. Sempre vivi num "palco". E no meu palco eu tenho de ser a atriz principal. Quem bater palmas no final, embora possa não ter gostado de tudo, entra na minha peça. Se a plateia estiver vazia, então está na hora de sair de cena com a mão na testa e todo um cenário de drama, porque a minha vida sempre foi vivida numa encenação constante. Vive um poeta dentro de mim, e eu sou uma pessoa estranha para a maioria das pessoas. As pessoas não compreendem a diferença e a maioria delas deve julgar-me louca. E sim, sempre fui meio louca, no bom sentido, destrambelhada, mas tenho um dom. Um dom que sempre dei a todos que me rodeiam incondicionalmente e sem questionar nada.
Com o passar dos anos até eu nem me conheço e fico à procura dentro de mim do outro "eu" ingénuo que era bem mais feliz. Quando acordamos de uma realidade, nada será igual, nunca mais. Ninguém que conheço me deu uma nova oportunidade para me voltar a conhecer, apenas uma pessoa. Todos seguiram o seu caminho, e eu terei de seguir o meu. Saber sair de cena é uma virtude para mim. Acho que tenho passado os últimos anos a "fazer as malas" e a partir. Seguir outro caminho sem olhar para trás. Sinto-me tremendamente deslocada neste planeta. Sinto-me só. E quem me dera fazer as malas e apanhar a próxima nave para um outro planeta, onde vivam "coisas" semelhantes a mim. Imagino agora quem está aí do outro lado, já a marcar o número do manicómio para me virem buscar com o colete de forças, até me deu vontade de rir agora... E não, não sou louca (nesse sentido), sou a pessoa mais lúcida e íntegra que conheci nos últimos 42 anos! 
Se podia ter passado sem ter escrito este texto? Poder podia, mas sou eu que mando aqui. Ainda. 


Ingredientes para cerca de 6 pessoas:
- 1 cebola picada
- azeite q.b.
- 1 folha de louro
- 2 dentes de alho picados
- 2 tomates sem pele e picados
- 1 cenoura ralada
- 800g de carne picada mista (porco e vaca)
- 500g de polpa de tomate
- 1 colher de chá de açúcar
- 1 colher de sopa de manjericão seco
- sal q.b.
- 500g de folhas de lasanha seca (usei com ovo da Milaneza)
Para o béchamel:
- 1 colher de sopa de manteiga
- 4 colheres de sopa (não muito cheias) de amido de milho 
- 700ml de leite 
- sal fino q.b.
- pimenta moída q.b.
- noz moscada q.b.

Preparação: 
Levar a cebola a refogar com um fio de azeite e a folha de louro. Adicionar os alhos, o tomate picado e deixar até reduzir um pouco. De seguida adicionar a cenoura, envolver uns minutos e acrescentar a carne. Ir pressionando a carne com a colher de pau de forma a que fique bem solta. Quando estiver já com uma cor opaca acrescentar a polpa de tomate, o açúcar, o manjericão e temperar de sal. Deixar a fervilhar tapado aproximadamente 5 minutos. Entretanto fazer o béchamel. Para o molho béchamel, colocar a manteiga num tachinho em lume brando até derreter. Adicionar o amido de milho e mexer bem. Acrescentar o leite aos poucos e mexer até engrossar, sempre em lume brando.  (Poderá ficar com grumos, mas se mexerem sempre vão desaparecer. Como alternativa podem dobrar a quantidade da manteiga, mas eu prefiro menos e estar sempre a mexer). Quando engrossar retirar do lume, temperar de sal, pimenta e noz moscada a gosto.
Untar com um pouco de azeite uma travessa de ir ao forno ou várias individuais. Colocar uma camada de lasanha, outra de carne e assim sucessivamente. Terminando com uma camada de lasanha. Verter generosamente o béchamel pela travessa e polvilhar com queijo ralado. Levar ao forno pré-aquecido a 180º, aproximadamente 45 minutos ou até a massa estar cozida. Servir de imediato e acompanhar com uma salada mista. Bom apetite!

Nota: A massa não necessita de pré-cozedura, desde que fique bem "mergulhada" no béchamel ainda quente e também na carne acabada de fazer.

sexta-feira, 20 de março de 2015

RedFish no forno em cama de legumes (para dois pais fora de série)

Finalmente "fechei a loja" e estou pronta para o fim de semana. Nem vim a tempo ontem de desejar um dia feliz a todos os pais deste planeta. Pais no verdadeiro sentido da palavra, pois as imitações não têm o meu respeito. O meu continua a ser o número um e foi nele que tirei como referência o pai que queria para os meus filhos, e felizmente, fui brindada e tenho a maior das sortes. Não faria por menos! O meu pai Valdemar teve uma infância que eu nunca aceitei. Nunca consegui ter dos meus avós as respostas que queria. Apesar disso, o meu pai é um grande homem e nunca me deixou, nem nas alturas que eu bem merecia um virar de costas. Eu adoro o meu pai e não saberei sequer pensar em tê-lo longe. Ele nasceu no sul e do sul trouxe o seu gosto pelo peixe. Na minha infância houve sempre peixe com fartura à mesa e a receita de hoje é a pensar nele. Bom fim de semana a todos e aproveitem os vossos pais antes que seja tarde...


Ingredientes:
- 3 redfish (usei congelados e sem a cabeça)
- 2 cebolas às rodelas finas
- 2 dentes de alho laminados
- 1/2 alho francês às rodelas (só a parte branca)
- 1/4 de pimento vermelho aos cubos
- 1/4 de pimento verde aos cubos
- 3 tomates sem pele e sementes e cortados aos cubos
- 1 pequeno molho de salsa picada
- 1 limão pequeno às rodelas finas e cortadas ao meio
- 100ml de vinho branco
- azeite q.b.
- sal grosso q.b.
- pimenta moída q.b.

Preparação:
Descongelar naturalmente o peixe e retirar as escamas. Temperar com sal grosso e pimenta de ambos os lados. Fazer 3 cortes em cada peixe e colocar as metades das rodelas de limão dentro de cada corte. No tabuleiro de ir ao forno fazer uma "cama" com as cebolas, os alhos, o alho francês, os pimentos, o tomate e a salsa. Temperar de sal e pimenta também. Colocar o peixe por cima, regar com o vinho branco e um bom fio de azeite. Deixar a marinar algumas horas de preferência. Levar ao forno pré-aquecido a 180º, aproximadamente 40 minutos. Servir quente com legumes cozidos. Bom apetite!

quarta-feira, 18 de março de 2015

Salada de beterraba com queijo de cabra, framboesas e sementes de abóbora

É provavelmente uma combinação estranha, mas eu não sei como vos provar o contrário, a não ser que experimentem. Eu adorei esta salada que comi em jeito de entrada. O queijo de cabra da Saloio ficou perfeito e o seu toque salgado serviu como tempero e também  como contrabalanço à doçura da beterraba e das framboesas.


Ingredientes para 2 pessoas:
- 1 beterraba cozida cortada às fatias
- 2 fatias grossas de queijo de cabra Original Palhais da Saloio cortadas aos cubos
- 12 framboesas frescas
- 2 mãos cheias de rúcula
- 2 colheres de sopa de sementes de abóbora
- vinagre balsâmico e azeite para temperar q.b.

Preparação:
Dispor em pratos individuais, a rúcula, a beterraba, o queijo, as framboesas e salpicar com as sementes de abóbora. Misturar num frasco pequeno o vinagre balsâmico e o azeite a gosto, agitar bem e temperar a salada. Bom apetite!

segunda-feira, 16 de março de 2015

Batatas ao sal

E assim passou mais um fim de semana. Cozinhei muito, mas não consegui captar a maior parte das imagens. Mas há sempre em stand-by receitas que esperam a sua vez, e por algum motivo ou outro, deixam-me na dúvida. Não é que estas batatas não tenham direito a partilha, pois apesar de simples são deliciosas. Faço vezes sem conta e continuo cada vez mais enamorada por elas. Em casa também têm a aprovação dos meus amores. 

Ingredientes 3/4 pessoas:
- 800g de batata branca pequena
- 2 colheres de sobremesa (cheias) de sal grosso

Preparação:
Lavar bem as batatas e deixar a pele. Encher uma frigideira alta com água até cima e o sal. Colocar as batatas e levar ao lume alto até toda a água evaporar (sem tapar). A maior parte do sal vai ficar agarrado à frigideira. As batatas ficam com a pele seca e bem macias por dentro. Com um pano ou papel absorvente retirar das batatas algum sal em excesso que tenham. São um ótimo acompanhamento para peixe grelhado. Bom apetite!

terça-feira, 10 de março de 2015

Rolinhos de courgette com requeijão do campo de azeitonas pretas (da Saloio)

Ainda me lembro das primeiras vezes que fui recebendo os amigos em casa. Havia sempre um nervoso miudinho em querer que tudo ficasse perfeito. Hoje já tenho uma outra calma, porque cresci e aprendi que não vale a pena criar complicações onde elas não existem. Basta apenas cozinhar com amor, que o resto faz-se sozinho. Sempre com a promessa que nunca ninguém irá sair insatisfeito da minha mesa. Esta foi uma das primeiras entradas que fiz vezes sem conta para receber amigos. Simples, económica e num ápice está pronta a fazer aquele tal figurão à mesa que impressiona os mais leigos na culinária. Hoje apeteceu-me matar saudades de tantos jantares e almoços que fiz para a malta e que agora estão suspensos porque a vida é mesmo assim. Além da courgette, utilizo muitas vezes a beringela, e o Requeijão do Campo de Azeitonas da Saloio foi o mote perfeito para recordar estes velhos tempos.


Ingredientes:
- 1 requeijão do campo de azeitonas pretas Saloio
- 1 lata de atum
- 1 pitada de orégãos secos
- sal fino e pimenta moída q.b.
- 1 courgette grande
- azeite q.b.
- rúcula e tomate cereja para acompanhar

Preparação:
Esmagar o requeijão com o garfo, juntar o atum já escorrido, temperar de sal, pimenta e orégãos a gosto, e misturar tudo. 
Cortar as pontas da courgette deixando a casca, e com uma faca afiada cortar às fatias finas no sentido horizontal, ou com o descascador de cenouras. Temperar de sal e pimenta, e pincelar ambos os lados com azeite. Levar a grelhar numa chapa quente de ambos os lados. Fazer pequenos rolinhos com o preparado do requeijão, colocar na ponta de cada fatia de courgette e enrolar. Servir acompanhado de rúcula e tomate cereja. Bom apetite!

sexta-feira, 6 de março de 2015

Bolo de requeijão com framboesas

Saloio brindou-me com um rico cabaz de queijos e para agradecer este miminho tão bom, preparei duas receitas usando os requeijões. Primeiro comecei no doce. Um bolo simples de preparar e tão requintado. Uma textura a fazer lembrar as queijadas. Para que as fotografias fizessem "jus" ao sabor, ontem contratei um fotógrafo profissional a troco da primeira fatia. E que bom que é ter a ajuda do "mais-que-tudo"...


Ingredientes:
- 170g de açúcar refinado
- 4 ovos tamanho L à temperatura ambiente
- 70g de manteiga derretida e arrefecida
- 100g de farinha de trigo Tipo 65
- 1 colher de café de fermento químico
- 100g de framboesas
- açúcar em pó para polvilhar
- framboesas frescas para decorar
- manteiga para untar e farinha para polvilhar a forma

Prepração:
Untar uma forma tipo "bolo inglês" com manteiga, cobrir com papel vegetal (que facilita para desenformar) e untar novamente com manteiga. De seguida polvilhar com farinha e retirar o excesso.
Esmagar o requeijão com um garfo. Juntar o açúcar e bater com a batedeira até ficar bem misturado. Adicionar os ovos um a um e a manteiga aos poucos, e ir batendo entre as adições. Acrescentar a farinha e o fermento peneirados e envolver com a colher de pau até ficar bem misturado. Juntar as framboesas e envolver na massa. Verter este preparado na forma e levar ao forno pré-aquecido a 180º, aproximadamente 35 minutos. Desenformar e deixar arrefecer por completo. Na hora de servir, polvilhar com açúcar em pó e decorar com framboesas frescas. Bom apetite!

quinta-feira, 5 de março de 2015

Creme de favas com manjericão (guarnecido com chouriço)

Toda a gente faz loucuras por amor. Eu tenho a minha dose. Algumas loucuras de que me arrependo e outras não. Aprender a gostar de favas para poder fazer companhia ao "mais-que-tudo" foi uma das minhas loucuras por amor de que nunca me arrependerei. E se no passado odiava favas, hoje adoro. Favas não reúne consenso. Ou se adora, ou se odeia, portanto esta minha sopa hoje vai gerar amores e ódios.


Ingredientes para 4 pessoas:
- azeite q.b.
- 1 cebola picada
- 1 dente de alho picada
- 350g de favas (pesadas já sem a pele)
- 200g de batatas (cerca de 2 médias) cortada aos cubinhos
- 1 pequeno molho de majericão fresco
- 1 litro de água
- sal q.b.
- 30g de chouriço cortado às tiras finas

Preparação:
Num tacho com um fio de azeite, refogar a cebola até ficar macia. Só depois adicionar o alho para este não queimar. Acrescentar as favas, as batatas, o manjericão e a água. Temperar de sal e deixar a ferver até estar tudo bem cozido. Apagar o lume e triturar com a varinha mágica insistentemente, para tornar o creme bem aveludado. Servir quente guarnecido com chouriço ligeiramente frito com pouco azeite. Bom apetite!

terça-feira, 3 de março de 2015

Lulas picantes com tomate

Quando fiz estas lulas, alguém lá em casa me disse: "parecem aquelas lulas de lata"... E eu fiquei boquiaberta sem perceber que raio de afirmação era aquela, depois do trabalho que tive a arranjar lulas. Mas afinal era um elogio, pois parece que as memórias antigas ficam bem guardadas em nós e mesmo que seja numa lata, o que interessa é as emoções boas que nos trazem. Já tenho por aqui uma receita idêntica, mas com potas, mas quero partilhar na mesma as diferenças.


Ingredientes 3/4 pessoas:
- 1 kg de lulas inteiras (usei congeladas)
- azeite q.b.
- 1 cebola picada
- 1 folha de louro
- 1 lata de tomate pelado (390g)
- 3 dentes de alho laminados
- 100ml de vinho branco
- sal q.b.
- salsa picada q.b.
- molho picante q.b. (caseiro ou de compra)
- limão para servir (opcional)

Preparação:
Descongelar as lulas naturalmente. Depois de limpas e arranjadas, cortar as lulas às rodelas e os tentáculos ao meio.
Levar um tacho ao lume com um bom fio de azeite. Juntar a cebola, o louro e deixar refogar bem. Picar o tomate e acrescentar ao refogado juntamente com o suco da lata e os alhos. Deixar apurar uns minutos até o tomate reduzir, para de seguida juntar o vinho. Deixar destapado até o álcool evaporar. Adicionar as lulas, temperar de sal e molho picante a gosto. Cozinhar tapado para criar molho, até ficarem tenras. Destapar no final para apurar mais, caso esteja com muito líquido. Apagar o lume, adicionar a salsa picada e envolver. Servir quente, polvilhado com mais salsa picada e limão. Acompanhar com puré de batata, arroz branco ou batata cozida por exemplo. Bom apetite!

segunda-feira, 2 de março de 2015

Pargo mulato ao sal com alecrim

Apesar de gostar de passear e passar os fins de semana numa correria, também anseio pelo contrário. Este foi um desses, que até pude dormir uma sesta no domingo e me soube tão bem. É claro que a cozinha também ficou a meio gás, porque as limpezas da casa eram necessárias. Enfim, no fundo dividi o mal pelas aldeias e fiz um pouco de tudo. A receita é simples e desafio a experimentarem esta maneira de cozinhar e que trás muitas vantagens. Além de saboroso, o forno fica limpo e é super rápido de fazer. Palavra de honra!


Ingredientes 3 pessoas:
- 1 pargo mulato com 800g (sem tripa, e com as escamas para criar uma proteção da absorção do sal)
- 1 pequeno molho de salsa fresca
- 1 lima cortada às rodelas
- 2 kg de sal grosso (aproximadamente)
- 1 colher de sopa cheia de alecrim seco
- 2 claras de ovo

Preparação:
Secar o peixe com papel absorvente. Colocar no seu interior o molho de salsa e a lima às rodelas.
Numa taça grande misturar o sal, o alecrim e as claras de ovo. Colocar uma parte do sal no tabuleiro de ir ao forno, o peixe por cima, e cobrir bem com o restante sal sem deixar espaços abertos, pressionando bem. Levar ao forno pré-aquecido a 180º, durante 25 minutos. Retirar do forno e deixar repousar alguns minutos para que o peixe continue a cozinhar. Partir o sal  que facilmente sai aos pedaços grandes. Servir quente e acompanhado de batatas e legumes cozidos ou assados com molho de azeite, salsa picada e lima. Bom apetite!

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Entrecosto de porco com especiarias no forno

Há dias que nos sentimos muito inspiradas e outros precisamos de ajuda extra. Foi num desses dias que eu decidi rever a receita dos pianos da Filipa Gomes do programa "Prato do Dia" e adaptá-la ao meu entrecosto e ao meu jeito de cozinhar. Ficou tão delicioso... Apesar dos meus comensais não saberem bem o que dizer sobre esta combinação, eu adorei. É uma combinação deliciosa. Depois é só adaptar o gosto de cada um por cada especiaria. Vou voltar a repetir, disso não tenho dúvidas.


Ingredientes:
- 1.200 kg de entrecosto de porco (cortado às tiras pelo osso)
- 1 colher de chá de paprika
- 1 colher de chá de açúcar amarelo
- 1 colher de chá de sal grosso
- 1 colher de chá de mostrada dijon
- 1 colher de café de pimenta preta moída
- 1 colher de café de noz moscada moída
- 1 colher de café de canela em pó
- sumo e raspa de 1 limão pequeno
- 3 colheres de sopa de azeite
- 3 colheres de sopa de polpa de tomate
- 2 colheres de sopa de vinagre balsâmico
- 4 dentes de alho com casca esmagados
- 4 folhas de louro

Preparação:
Misturar numa taça pequena todos os ingredientes (à exceção da carne). Colocar o entrecosto no tabuleiro de ir ao forno e regar com a marinada, massajando todos os pedaços. Deixar no frigorífico de um dia para o outro, ou algumas horas para tomar bem o gosto. Tapar o tabuleiro com papel de aluminio e levar ao forno a 180º, cerca de 45 minutos a 1 hora aproximadamente. A meio retirar o papel alumínio e deixar dourar na parte de cima e ir regando com a marinada. Servir quente com arroz de cenoura e salada variada, por exemplo. Bom apetite!

terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

4 Anos D' O Meu Tempero

Por norma não festejo este dia, mas este ano apetece-me contrariar a minha essência. São 4 anos que mudaram a minha rotina para melhor, porque um hobby faz bem a toda a gente. Não tenho nenhum rótulo importante, apenas sou uma mulher que tem dentro de si uma enorme paixão pela culinária. Aprendo com os livros, pesquisas na internet, inspiro-me aqui e ali, e gosto muito de aprender com o contacto real com as pessoas e as suas próprias experiências culinárias. Sou praticamente uma "ladra" de receitas de família e sinto-me privilegiada quando elas vêm parar à minha mão. Não posso comprar todos os livros, mas dou por mim tantas vezes nas livrarias a devorar livros de culinária que nem dou pelo tempo passar. 

Foram 4 anos que tentei dar o meu melhor. Fiz receitas novas e melhorei outras, porque há sempre espaço para melhorar na minha cozinha, pois quanto mais aprendo, mais ignorante e estúpida me sinto. Continuo a ser uma pessoa pouco segura quando as coisas tornam-se demasiado sérias e já perdi algumas oportunidades por este pequeno defeito na minha personalidade.

Fui e sou muito feliz aqui, acho que preenchi um vazio que na altura não fazia ideia que pudesse ser preenchido com um blogue e há 4 anos atrás, no mesmo dia que hoje, iniciou esta aventura.

Tenho a agradecer ao "mais-que-tudo" porque foi ao vasculhar umas fotos de família, de onde encontrei uma fotografia tirada por ele em jeito de recordação, de um patético prato que fiz, e essa mesma fotografia originou o clique e por conseguinte o 1º Post. Nesse dia cheguei a casa eufórica a dizer que tinha um blogue e nem sequer estava ainda ao meu gosto. Passei muitos dias no blogue a alterar, experimentar e a chegar até onde me sentia confortável, por isso mantenho-o igual até hoje. Uns dias depois o "mais-que-tudo" ofereceu-me um portátil que até hoje está na mesa da cozinha e é lá que é o meu "escritório", as minhas coisas, os meus apontamentos, livros que estou a ler, e na ponta da mesa a taça da fruta, só para não parecer que sou egoísta. Depois vieram os problemas com as fotos. Havia que captar boas imagens e a ajuda dele também foi preciosa. Havia sempre uma máquina para me emprestar daquelas mais simples que eu pudesse compreender. Outros dias havia ajuda dele como profissional ou mesmo o empréstimo de uma dessas máquinas profissionais, (em modo automático claro), quando a luz natural era pouca para as outras máquinas, mas, eu queria a minha libertação e tempos depois ele ajudou-me a escolher uma pequena máquina para "totós" como eu, e aí senti realmente que estava por minha conta, e isto não quer dizer que não possa pedir-lhe ajuda quando estou mais atrapalhada. Tenho os meus truques, a luz natural é sempre a minha melhor aliada. Este inverno decidi não me preocupar com as receitas dos jantares, procurando captar as receitas do fim de semana e sentir a liberdade que nos outros dias à noite ao jantar não sentia. E posso dizer que sou muito mais feliz assim. As minhas refeições durante a semana tornaram-se bem mais tranquilas. Não há luz, não se capta a imagem, pois tenho uma vida toda para mostrar as minhas receitas e parece que o mundo afinal não acaba amanhã. O que não quer dizer que apesar disto ontem à noite fotografei o meu entrecosto assado no forno...

Continuo a ser uma pessoa simples, não tenho grandes gadget´s e máquinas ajudantes de cozinha. Para mim, sou muito feliz com a minha colher de pau, o meu robot de cozinha de 40 euros, a varinha mágica e pouco mais. 

Não dou qualquer importância ao número de seguidores que tenho, nem sequer faço por isso, dou muito mais valor a quem me segue por espontaneidade, porque é assim que sou também. Gosto que me sigam porque gostam de aqui vir e tornem a voltar porque não resistem a isso. Gosto sim, dos comentários e dos emails que vou recebendo. E criei o hábito, há algum tempo atrás, de responder a todos os comentários, para o caso de alguém esperar uma resposta, nem que fosse um simples olá ou um beijinho.

Não sou profissional na área, aliás o meu trabalho tem a ver com papéis, portanto tenho toda uma margem para errar, afinal o mundo não é perfeito e eu também não!

Obrigada a todas/os por me lerem! Obrigada do coração!


Carla Sousa

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Batatas Hasselback com alecrim, tomilho e paprika

Este fim de semana não cozinhei nada de especial. O "piolho encardido" teve doente e não pode comer de tudo. Saiu da minha cozinha canja com fartura, creme de cenoura, muito peixe cozido e grelhado e nada de legumes verdes ou saladas. Lá escaparam estas batatas que eram para ser cozidas e eu decidi mimá-las para que também pudesse mimar, o peixe grelhado que as acompanhou. E estavam tão boas...


Ingredientes para 3/4 pessoas:
- 800g de batata branca médias
- sal grosso q.b.
- pimenta moída q.b.
- 1 colher de chá de tomilho seco
- 1 pé de alecrim fresco
- 3 dentes de alho com casca ligeiramente esmagados
- paprika q.b.

Preparação:
Lavar bem as batatas e deixar a casca. Cortar cada batata às rodelas finas, sem cortar na totalidade. Ficando a batata inteira. Colocar no tabuleiro de ir ao forno e temperar de sal, pimenta, tomilho, o alecrim partido, os dentes de alho inteiros, polvilhar com paprika e adicionar um fio de azeite.
Levar ao forno pré-aquecido a 180º, cerca de 60 minutos, dependendo do tamanho das batatas. Ir regando as batatas com o próprio azeite a meio da cozedura. Acompanha peixe ou carne grelhada por exemplo. Bom apetite!