quarta-feira, 16 de março de 2011

A minha companheira de sempre

Apresento-vos a minha companheira de uma década.
Com ela corto tudo o que há para cortar na cozinha.
Tem lógica? Não! É uma faca de pão com serrilha.
Mas com ela pico tudo na perfeição, descasco batatas, todos os legumes e frutas.
Por ela não poderei ir até ao fim do mundo, mas vou até ao fim da pilha de louça que adormecida espera ser limpa e arrumada.
Com ela chorei baba e ranho a descascar cebolas, com ela cantarolei a picar coentros e salsa. Faz sentido? Não!
Com ela fiz as piores figuras na cozinha. Com ela cortei a cabeça de um frango do campo, de máscara e olhos fechados. Correu bem? Nem por isso. Pelo menos já estava morto.
Mas com ela tive uma dedicação superior que me fez lutar e treinar. Com ela trincho carne e corto fatias milimétricas de lombo de porco.
Mas uma faca de serrilha? Sim, uma faca de serrilha!
Por ela e com ela faço Sopa da Janeca às 11 da noite, descarregando frustrações.
Ela se enrosca na minha pequena mão e faz tudo na perfeição, ou quase tudo…
Com ela sofro a tirar os gomos dos citrinos sem pele. Impossível? Talvez. Mas eu e ela conseguimos.
Hoje dei comigo a pensar nisto. Estranho não é? E porque não dar-lhe um nome. Janota? A mim soa-me bem.

O Meu Tempero

4 comentários:

  1. Esta foi uma verdadeira surpresa, eu á espera de cuscar o teu jantar...
    Mais uma vez a bela da foto, sempre a altura do texto. :)
    Ai a Janota... ai aiaiai...
    ;)

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  2. O que tu queres sei eu! Provavelmente queres pedi-la emprestada. Mas podes-me levar tudo. Menos ela! E o jantar ontem foi... Nao te digo!

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  3. Nao te empresto a Janota, mas um bom fotografo ainda se arranja.

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  4. Deixa a barriga crescer mais um pouco e depois falamos :P

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