Espetadas de vitela com pimentos, chouriço mouro e abacaxi

O que rende fazer espetadas em casa. Gosto mesmo, é até terapêutico enquanto as preparo, vou acertando os ingredientes e vendo se está tudo bem alinhado, e se não estiver, "desmancho" tudo, como faz a minha mãe no crochet. Estavam mesmo boas, e perfeito perfeito era terem sido feitas em pau de loureiro.

Ervas aromáticas e tomate, para congelar e usar mais tarde

Cá em casa nada se perde e tudo se transforma. No fundo é assim na maioria das casas, crescemos e começamos a dar valor a tudo, até às ervas aromáticas meio murchas e ao tomate perdido no frigorífico já muito maduro.

É congelar para usar mais tarde num dia de pouco tempo para fazer o jantar, e assim um prato de massa pode ganhar outra vida. Não há nada de novo aqui, porque já tudo se viu, mas fica a partilha na mesma. 

Caldeirada de peixe

Com alguns dias de férias passados junto ao mar, as saudades de peixe intensificam-se, dos pratos em que os ingredientes brilham por si, das sardinhas assadas ao choco com tinta, do arroz de marisco às açordas, das cataplanas às caldeiradas. E é o que vos trago, uma caldeirada de peixe, que o truque principal é trazerem da banca da peixaria, o peixe mais fresco que lá houver, fazer com amor e partilhar com boa companhia.

Feijoada com entrecosto e chouriço

 

Com a chegada do calor, chega também a vontade de nos despedirmos dos pratos mais pesados, embora eu goste de comer feijoada o ano inteiro. 

Hoje trago uma feijoada com entrecosto e chouriço, e escolhi o feijão branco para ir variando do encarnado, que uso habitualmente nestes pratos. Sempre que posso prefiro cozer o feijão em casa e aproveitar o caldo para estes pratos.

Feijoada fica sempre melhor no dia seguinte, portanto é fazer a mais para sobrar para o dia seguinte :)

Arroz de marisco

 

Com os dias da semana mais ocupados e com refeições mais rápidas, deixo para o fim de semana os pratos mais demorados, e que mimam a família que estava habituada das minhas longas horas passadas na cozinha. 

Não deixei de cozinhar, nem de gostar de cozinhar, apenas ajustei as minhas prioridades com os meus novos horários. Se estou feliz assim? Sim, estou feliz com as mudanças que foram acontecendo, principalmente num ano desastroso para muita gente. 

Hoje partilho um arroz de marisco com o que havia no congelador, e não é por isso que não possamos fazer um bom arroz. Pequenos truques ditam o sabor final, e um bom caldo é sempre a "estrela" do prato, mesmo que ninguém a veja.

Almôndegas de carne com molho de tomate e legumes

Não sou de grandes "meal prep", aliás quando preciso de cozinhar a mais, abro o congelador e retiro algumas coisas, vou à despensa e ao frigorífico e retiro outras, e a partir daí vou pensando e construindo na minha cabeça as refeições que quero fazer. 

À última da hora a carne que podia ser para uma lasanha pode bem acabar em almôndegas, e um resto de legumes a pedir socorro podem bem acabar num molho de tomate ao invés de na sopa. 

É assim que sou feliz por enquanto. Funciona para mim. Só faço planos e listas nos meus almoços ou jantares de família ou amigos, para que nada falhe e seja o mais perfeito possível (calma, agora estamos confinados). Vamos à receita?

Sopa de feijão manteiga com agrião e massa

A vida dá obviamente muitas voltas e quando menos se espera acontecem coisas inesperadas. O medo apodera-se das decisões e o melhor nestas alturas é chamar a Carla destemida de há 20 anos quando a impulsividade era má para umas coisas, mas uma forte convicção em arriscar para outras. Sopa, é só sopa que preciso hoje, para ficar calma e quente.

 

Bacalhau gratinado com queijo da Ilha Graciosa

 

Começar a semana com bacalhau é sinal que está a começar bem, porque um prato de bacalhau nunca desilude, e se for bacalhau gratinado com queijo da Ilha Graciosa ainda melhor. Simples e bom, assim com uma espécie de béchamel feito com o caldo de cozer o bacalhau e depois enriquecido com gemas e com o toque intenso do queijo, a seguir forno com ele para gratinar. Boa semana! 

#PUB

Mãos de coelho com pimentão doce e zimbro

O miúdo adora a receita das mãos de coelho da avó, e sempre que as faz nunca se esquece dele. Eu pedi a receita e claro fiz depois os meus ajustes. Não porque as dela não são as melhores, mas sim porque quero que continuem a ser as melhores e só assim o miúdo terá estas recordações dos avós. Eles não duram para sempre, vai daí é melhor ir arrecadando no baú das recordações tudo o que se puder, cheiros, sabores, mimos, gargalhadas, abraços apertados e beijos repenicados.

Sopa de feijão encarnado com espinafres

Continuo a fazer sopas mesmo no verão, embora ultimamente culpa da preguiça e da disposição, tenha feito sopas simples e apenas trituradas, mas o que eu gosto mesmo é de sopas fortes que se possam mastigar e que por si só já sirvam de refeição principal. As com carne e massa são as minhas preferidas. Adoro um bom rancho, sopa da pedra, com muito legumes mas também com massa e carne, etc. 

Espreitem todas as outras sopas que andam pelo blogue, há também sopas frias. Há para todos os gostos, inspirem-se e cozinhem!

Guacamole e nachos caseiros

Verão combina com petiscos e comida colorida e fresca. É o caso deste guacamole com nachos caseiros que costumo fazer vezes sem conta. As tortilhas de compra dão-nos uma boa ajuda com os nachos, estas são da Makro e bem grandes. O guacamole é só triturar no robot de cozinha e escolher como preferem a textura, mais aveludada ou com pedacinhos. Eu escolho desta vez menos triturada. Bem bom!

Sopa de feijão branco com couve-lombarda

Ainda com dias incertos, a sopa continua a cair bem e a compor as nossas refeições. Apesar de gostar de cozer as leguminosas em casa, há alturas que as latas/frascos em conserva sabem-me pela vida, pois é menos uma tarefa a fazer. Vou gerindo conforme as voltas que a minha vida vai dando, mas sempre com a certeza que cozer em casa é substancialmente melhor, porque podemos aproveitar todo o caldo da cozedura e ainda aromatizá-lo ao nosso gosto.

Polvo cozido com batatinha nova

As saudades que eu tinha de polvo. Simples cozido com batatinha nova e mais uns pózinhos para colorir o prato. Fica a ideia para fazerem também.

Bolinhos de salmão com batata-doce

Nada mudou neste novo ano, no que refere a aproveitar tudo o que há na despensa ou no frigorífico. Desperdício zero é uma das regras que não ficam fora de moda com o passar dos anos. Portanto para reaproveitar o salmão grelhado que sobrou da refeição anterior, saírem uns bolinhos bem simpáticos com batata-doce, que também estava à espera de um destino bem melhor que o caixote do lixo. E assim foi, viveram felizes para sempre :)

Creme de couve-flor e abóbora assada

Depois dos excessos alimentares típicos da época, é altura de comidas mais leves, e nada como uma sopa bem quentinha feita com legumes assados, para aproveitar o forno ligado com o assado demorado.

Sopa juliana

É bom aproveitarmos as coisas boas da vida, e são por vezes as mais simples, e que estão ao alcance de todos, que nos fazem mais felizes. Mesmo no inverno com frio e alguma chuva os fins-de-semana podem ser aproveitados ao máximo. Assim que o sol espreita vamos todos a correr passear para o parque.  O Scott vai sempre conosco e o puto que já se aborrece, até se entusiasma se perceber que andam Pokémons por lá. Se não chover vamos até à praia, e que bom que é passear na praia sem ninguém, ficarmos por ali sentados a apanhar o sol de inverno e a olhar para o mar, e o Scott esse cão doido varrido é a cereja no topo do bolo. Depois sofá, manta quente e netflix sabe-nos tão bem. O pior é cabermos os quatro. No fim acabamos todos em cima do pai, pernas e cão, e ele nunca reclama apesar de ser o maior e o que precisa de mais espaço. Depois há os petiscos e uma sopa para nos confortar e mais netflix a seguir.

E é assim que começo a semana por aqui, com uma sopa bem cremosa, com batata, que raramente utilizo. Ficou tão boa e quentinha, e ninguém ficou com pés frio. Boa semana!

Tortilha de batata e salmão (no forno)

O Universo parece conspirar contra mim há muito tempo, demasiado tempo, tanto tempo que dou por mim a pensar que talvez tenha de lhe trocar as voltas. É preciso dar a volta sempre por cima e com educação, mas se for preciso uma pitada de ironia também se arranja, que isto da idade não nos trás só cabelos brancos. E assim foi, abri uma garrafa de um bom vinho e pus a tortilha no forno, enquanto o vinho respira ela estará pronta. Pronta e deliciosa para tornar o meu dia bem mais feliz, porque o resto tornou-se só ruído na minha vida. Boa semana a todos!

Creme aveludado de abóbora

Hoje também há sopa. Outra que faço muitas vezes. Apesar de gostar mais de sopas que se mastiguem e por si só já sejam o prato principal, este creme aveludado de abóbora cheio de sabor também não fica atrás. Na hora de servir é brincar com a "decoração" e juntar croutons, ou uma colher de natas que podem ser de soja, ou umas ervas aromáticas, ou simples que é como fazemos no dia-a-dia, cada um escolhe como gosta mais.

Caldo verde com chouriço

Já aqui disse muitas vezes que cá por casa há sempre sopa. Chego a fazer duas sopas diferentes num só dia. Foi o caso deste dia, que fiz o meu caldo verde habitual e o creme aveludado de abóbora que me apeteceu partilhar novamente, porque também gosto de testar as receitas que vou publicando, pois a maioria das vezes as sopas são feitas a "olho".

Eu sei que às vezes exagero, e há dias que o meu frigorífico tem tanta comida já feita que dava para convidar a família vizinha do lado para almoçar e ainda jantar. 

Zero desperdício é o meu lema, e depois de tanto cozinhar, é tempo de comer tudo o que há, antes de fazer novos pratos.

Caldo verde é aquela sopa boa que faz pandant com o pão com chouriço e desta vez também saiu o pãozinho do forno.

Frango com cerveja preta (e natas)

A vida é um ciclo vicioso. Parece que andamos à roda e vamos dar sempre ao mesmo sítio, com a agravante que estamos um ano mais velhos. 

Já falam por aí que é natal, o que me chateia mesmo muito, por razões óbvias e que muita gente sente, o consumismo em exagero e aquela típica falsidade... e fico por aqui. 

O que vale para me distrair desta época é o aniversário do meu rapazote, são quase 14, quase 14 anos que passaram a voar e 14 anos a cozinhar para ele. Acho que já lhe deixei algumas memórias de sabores e cheiros. A de hoje é mais uma memória que faço muitas vezes. Frango no tacho com cerveja preta e tão pateticamente fácil de fazer e fica tão bom. Complicar para quê...