No fim das contas são os amigos que nos conhecem bem que estão lá sempre do outro lado à nossa espera, e sem cobranças nos recebem de braços abertos como nos tivessem visto no dia anterior. As minhas amigas de longa data são as únicas pessoas que sabem de cor aquilo que está para além do que eu mostro. Elas sabem que eu tenho um lado bom, que com o tempo fui disfarçando não ter, isto porque a idade mostra-nos o caminho a seguir e a dar de nós a quem realmente merece. Tenho pena que assim seja, gostava tanto desta minha essência naife, deste mundo das nuvens que era perfeito para eu viver em sintonia com todos, e que agora passo a vida a esconder para me escudar desta selva da qual eu não queria pertencer e muito menos me identificar. É a vida, direi eu num tom incomodativo, num tom resignado...
Vamos é cozinhar, porque é na cozinha que me sinto em sintonia. De Itália o Miguel trouxe-me um queijo ricotta diferente do que vemos por cá, bem consistente, perfeito para saladas e com um toque ligeiro de sal. Os amigos sabem que eu adoro estes presentes que me fazem viajar sem sair de casa. Obrigada Miguel e Lena! Foi um miminho tão bom :).
Para quem não encontrar este ricotta, podem substituir por um queijo feta ou queijo de cabra, embora bem mais salgados.