quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Galo guisado com pimento, cenouras e batatinhas cozidas

Um dia destes chegou à minha cozinha um galo, já preparado, cortado aos pedaços, sem o grosso das peles e caseiro, que é sempre o que chama a atenção de quem adora isto de cozinhar. Pois bem, a parte mais difícil estava feita e não havia como complicar. Cozinhar galo também não havia de ser assim tão difícil. Liguei à mamãe e em conjunto fomos esboçando a receita. "Põe vinho tinto, mas põe branco também que dá mais sabor, não te esqueças do pimentão doce, do limão e do louro, ai e os alhos também. Deixa de um dia para o outro e vai mexendo o alguidar". E assim foi, saiu um galo do meu tempero com as dicas da mãe e bem saboroso. O "piolho encardido" adorou sem fazer perguntas e o "mais-que-tudo" desconfiou e a medo foi comendo. Achava ele que era qualquer coisa tipo cabidela e o sangue na comida não é o seu forte. É para fazer com tempo e amor.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2016

Jantar com sabor a México

Chili com carne era uma das receitas que fazia vezes sem conta quando fomos morar para a nossa casa. Nem sei bem porquê, pois não era um prato que a minha mãe fazia. E por ter feito tantas vezes deixei-o um pouco para trás. Estava na altura de matar saudades da Carla cozinheira de outros tempos, a Carla que o "mais-que-tudo" adora lembrar e dizer a todos que quando casámos só sabia fazer uns 4 ou 5 pratos. Eu cá não me importo que ele diga estas coisas, até acho piada porque sei que no fundo ele já não sobrevive sem os meus cozinhados.
Um dia destes depois de folhear uma revista do Pingo Doce e ver uma das receitas com sabor a México, achei interessante juntar tudo no mesmo jantar, coisa que ainda não tinha feito. Fiz o chili como habitualmente faço, ainda acrescentei ao jantar o milho e os nachos que são habitué cá por casa. Eles adoraram a surpresa, e esperaram pacientemente que eu me despachasse da cozinha depois de um dia de trabalho. O jantar foi servido mais tarde e assim que a mesa ficou composta foram a correr antes de eu poder captar algumas imagens decentes e mais pormenorizadas. Agarraram-se aos nachos e ao guacamole nas minhas costas e só depois da foto é que percebi uma rodela de malagueta fora do sítio. Mas não faz mal, o que interessa é que eu vos inspire também e eles não esperem muito. E já sabem, carreguem nas malaguetas se gostarem. Eu tenho de ter atenção para o "piolho encardido" não ficar em chamas (usei as malaguetas de forma que ficassem mais visíveis para ele poder retirar) e o "mais-que-tudo" não ficar demasiado "hot".

terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Noodles com lulas e legumes

Uma das coisas que não consigo fazer é listas de ementas semanais. Já tentei, mas confesso que quando olhava para o prato correspondente ao dia, pensava logo, mas que raio agora fazer peixe cozido se me apetece caril. Cheguei ao ponto de falar sozinha com a própria lista, assim em jeito de: tu pensas que agora vou fazer o que tu queres se sou eu que mando aqui! É mesmo verdade, eu a contrariar a lista feita por mim. Sou mais feliz assim acreditem e não é por isso que deixo de me organizar todos os dias com as refeições. Foi assim que decidi fazer as lulas, na própria hora. Mas não sou sempre assim, pois quando tenho visitas ou festas, a ementa é pensada muito antes, para que não falte nada. E vocês como fazem?

segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Arroz de polvo malandrinho

Às vezes tenho a sensação que o fim de semana não dá para tudo o que planeio fazer. Chego a segunda-feira e percebo que uma grande parte ficou para trás, e tudo porque os meus dois amores só pensam em passear e os planos deles baseiam-se à volta disso. O que nunca fica para trás são os meus cozinhados. Nunca estou cansada para cozinhar e há sempre receitas a testar, que não é o caso desta.
Um arroz de polvo sabe sempre bem e tenho a sorte que o "piolho encardido" também aprecia e escuso de fazer um prato diferente para ele. Desde que me lembro que cozo sempre o polvo ainda congelado na panela de pressão e fica sempre tenro, palavra de escoteiro!

sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Tarte de limão merengada

É sempre bom rever os amigos. Conviver, trocar abraços, conversas entre os goles de vinho, e ficar sempre a promessa que para a próxima é na nossa casa. O importante é não deixarmos de ter estes momentos com quem mais gostamos. A juntar a um almoço que estava bem saboroso, levei uma sobremesa, outra que não faço há que tempos e foi mais uma desculpa perfeita para continuar a dar vazão aos limões que andam cá por casa. Já anda pelo blogue uma receita idêntica, mas nada como matar saudades e fazer alguns ajustes nas dosagens para que ficasse uma tarte mais alta e bonita.


quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

5 ideias para utilizar o molho pesto caseiro

Ontem mostrei-vos uma "batota" de um molho pesto caseiro com manjericão mas também com espinafres,  e hoje quero mostrar-vos algumas maneiras bem rápidas de o usar em várias receitas. Super simples, super fácil, super bom para animar alguns pratos que precisam de ânimo. Cozinhar é tão simples, complicar para quê?


quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Pesto (com manjericão e espinafres)

Que me perdoem os italianos que gostam de ver as suas receitas originais reproduzidas rigorosamente como elas foram apresentadas ao mundo, mas eu até já fiz pesto com amendoins, pois bem sabemos o preço a que está o pinhão. Como cá em casa sou eu que mando, e na falta de um molho de manjericão bem mais composto, decidi que os espinafres fariam boa companhia, e vocês bem sabem como eu gosto de esconder os legumes, embora não precise. Ninguém diria e se eu também não revelasse que as tenras folhas de espinafres estavam no pesto, duvido que alguém lá em casa imaginasse sequer. Assim, consegui uma taça bem cheia de molho pesto que me serviu para muitas receitas, depois mostro-vos. Mas já sabem, molho pesto original não leva espinafres e é utilizado o almofariz.

terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Baba de camelo no forno

Mais uma sobremesa que fiz para compor o almoço de aniversário do "piolho encardido" no dia 25 de dezembro. Um almoço com sabor a natal e a aniversário. Baba de camelo foi umas das primeiras sobremesas que comecei a fazer na minha casa, a juntar à mousse de chocolate e ao arroz doce. Há muito tempo que não fazia e estava na hora de dar destino à lata de leite condensado cozido, guardada na despensa há uma eternidade. Foi para o forno porque acho um piadão aos soufflés, mas comer no dia a seguir bem fresquinho depois de abater é igualmente bom, se não até melhor. A fotografia foi a possível num dia de grande azáfama.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2016

Arroz de pato (para fazer com tempo)

Quando era miúda odiava pato. Penso que já partilhei aqui a minha história. Quando comecei a fazer pato a minha mãe ensinou-me uma receita bem simples sem complicações e que ficava igualmente boa. Com os anos fui melhorando e testando, e tenho sempre uma receita de arroz de pato para cada ocasião. Tudo tem a ver com o tempo que disponho. Mas o que eu queria mesmo era aquela receita de pato especial com o arroz bem escurinho. Há uns bons tempos atrás decidi que tinha de descobrir. Perdi a vergonha e enviei uma mensagem a um Chef bem conhecido e que já tive o prazer de conhecer, pensando eu que nunca haveria de obter resposta. Dois dias depois salvo erro, a resposta chegou e eu fiquei em êxtase. Mais do que ter "tarecos" novos na cozinha, eu gosto mesmo é de aprender sobre comida. Um dos segredos que me faltava era o molho inglês, a juntar a outros truques que já fazia, cheguei a um arroz de pato mais especial que gosto de preparar com tempo e para quando somos muitos à mesa.

sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Salada de couve roxa, cenoura, maçã, milho e requeijão

Às vezes a vida dá muitas voltas, tantas que ficamos com a vida do avesso em relação a alguns assuntos. Hoje é o dia que decidi falar disso, até porque escrever é uma boa maneira de exteriorizar todos estes sentimentos que deixei crescer dentro de mim ao longo dos últimos tempos.
Antes de ser mãe, fui tia 3 vezes. Adorava ser tia, até costumava dizer que tinha nascido para ser tia, porque ainda não tinha o rigor de ser mãe, acho que era uma mistura de tia e avó. Fazia-lhes as vontades todas, mesmo que tivesse de contrariar os pais.
Fui uma tia presente, tão presente que eles cresceram e eu tratei-os sempre como se fossem meus filhos. Demorei a ser mãe, mas quando o fui, amei ainda mais os meus "filhos emprestados". Eram como irmãos os 4. Nunca fiz distinção do meu com eles, e quando estávamos todos juntos eram tratados de igual forma. Adorava reunir a criançada lá em casa, a confusão, a desarrumação, os pulos pelo sofá, as manchas de chocolate nas cortinas brancas da sala, as refeições que preparava e eles adoravam, era o caos. O caos que me dava tanto prazer. Fui uma boa tia, disso tenho a certeza! Dei-lhes atenção, abraços, oh tantos abraços eu dei àquelas crianças, tantos beijos, tantos ralhetes e tanta pancada lhes prometia em jeito de brincadeira, tanto amor lhes dei, tanto amor tinha ainda para lhes dar. Estive sempre presente, mais presente do que se espera de uma vulgar tia. Fui uma boa tia até ao dia que o deixei de ser. Até ao dia que o destino levou os meus sobrinhos para longe do meu colo. Já não posso abraçá-los, mimá-los, cozinhar para eles, já não posso ser útil, ajudá-los se precisarem de mim. Já não posso isso, mas posso ainda desejar tudo de bom para eles. O meu colo estará sempre reservado. E no meu colo cabiam todos e eu adorava, mas tudo tem um fim, agora é seguir em frente. 


quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Bolo de limão e cenoura (sem batedeira)

Ele adora ir aos limões e eu adoro arranjar soluções para lhes dar uso. Um bolo caí sempre bem, pequeno, ideal para o meu mini-forno e forma tipo "bolo inglês", que só forro com papel vegetal e o bolo saí impecável, uma cobertura para mimar e a desculpa perfeita para gastar mais um limão. Juntei-lhe cenoura para lhe dar uma textura mais húmida e pronto, forno com ele.
Eu já tenho batedeira nova que o pai natal deixou no sapatinho, mas estes bolos são tão fáceis de fazer que não vejo necessidade de usá-la. Cada um que decida, mas eu cá acho que a vara de arames e a espátula ou colher de pau fazem bem este trabalho com estes pequenos bolos.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Medalhões de pescada com cenoura em papelote

Estou completamente viciada nestes papelotes. Até esta simples pescada ficou tão saborosa com poucos ingredientes. Para ajudar à festa o meu novo almofariz esteve presente nesta receita, e não me canso de o usar, pois faz toda a diferença. O "piolho" deu uma ajuda apenas a fechar os papelotes, mas para a próxima vai fazer tudo sozinho, a ver se começo a ter umas folgas na cozinha.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Travessa de fruta com calda de baunilha

Esta travessa de fruta fez companhia às farófias e a outras coisas boas que fiz para a festa do "piolho". As farófias foram logo atacadas pelos gulosos (eu incluída), e eu a querer fazer algo um pouco mais saudável, menos doce e tal... Mimei os bagos de romã com uma calda leve e simples com aroma a baunilha para que cada um servisse a sua taça e regasse a seu gosto. Fica aqui a sugestão de uma travessa bem simples de fruta, com o conselho de a levaram primeiro à mesa e só depois as farófias. Que grandes gulosos! Os meus convidados...

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Polvo com batatas "a murro" e couve portuguesa

Lá em casa o "mais-que-tudo" suplica por polvo a toda a hora. É quase um fiel amigo como o bacalhau, as lulas e o choco e volta e meia lá tenho de lhe fazer a vontade. Eu também gosto, mas todos sabemos que nem sempre se pode comprar. Vou mantendo o olho aberto e assim que o apanho em promoção lá vou eu abastecer-me de polvo. O ano terminou com uma receita de polvo e ontem também saiu um arroz, portanto acho que ele não se pode queixar.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Roupa velha de bacalhau

Depois das festas e da fartura, há que dar uso a todas as sobras sem desperdiçar nada. Tenho demasiado respeito pela comida que encontro sempre formas de dar um brilhozinho aos restos enfadonhos que se vão acumulando durante estes dias no frigorífico. Roupa velha que se arranja e se compõe numa refeição bem aconchegante. Porque janeiro é para poupar.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Panquecas de aveia e canela (só com claras)

Infelizmente ainda não consigo sentar-me para tomarmos o pequeno-almoço juntos. Sou demasiado "frenética" para estar ali sentada tanto tempo a "fingir" que estou muito calma a saborear a refeição mais importante do dia. Embora tenha prometido a mim mesma que a partir do primeiro dia do ano sentar-me-ia na mesa com o "piolho" e por arrasto traria o "mais-que-tudo" também, a verdade é que não o consigo fazer. Engulo o meu leite com café quando acordo e só como mais qualquer coisa quando chego ao trabalho. Costumo dizer a brincar que tomo o pequeno-almoço sempre à noite, e a verdade é, que isto é mesmo verdade. Muitas vezes quando me deito, levo na barriga uma taça quente de papas de aveia com mel e nozes, e vou lá eu ter fome de manhã... Não seja por esta minha falha que o rapaz não tem todos os dias um pequeno-almoço de rei, ora preparado por mim, ora pelo pai, e somos muito diferentes na escolha, o que tem uma certa graça, pois o pai adora enche-lo de fruta e fibras e eu adoro dar-lhe ovos mexidos ou panquecas. Como gosto de variar e equilibrar, saiu desta vez umas panquecas com aveia e só com claras, que ele adora acompanhar com sumo natural de laranja, iogurte grego, mel e nozes.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Sonhos de natal com calda de açúcar

Os sonhos, ai os sonhos... Os sonhos sempre me fizeram voar, de tal forma, que quando estou a chegar a eles fujo com medo que eles deixem de se tornar sonhos. Tudo porque só os sonhos já me fazem sorrir, ou serei eu pouco ambiciosa... Há sempre tempo para sonhos, mesmo que o natal já esteja longe. Vamos sonhar?

terça-feira, 5 de janeiro de 2016

Batatas fatiadas no forno com especiarias

Como qualquer mulher de família, ando sempre às voltas para fazer novas receitas com os mesmos ingredientes. Gosto de especiarias e sabores anormais que me façam tocar a campainha do cérebro. Uns gostam, outros não. Mas o que importa é habituarmos as nossas papilas gustativas a todos os paladares. A pimenta rosa não é para todos, e não porque pica, aliás, não é nada como as outras pimentas, tem um travo que me desperta a atenção e volta e meia quero esconde-la nos meus pratos, assim em jeito de: eu sei que ninguém gosta de ti, mas eu gosto e vou ajudar-te a encontrar o teu prato preferido ...


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Lombos de salmão com legumes em papelote

As festas e as férias acabaram. Vão-se os excessos alimentares e o trabalho em casa que é sempre muito para qualquer mulher. Confesso que até me sabe bem voltar às minhas rotinas fora de casa, pois é uma forma de me sentir livre do trabalho doméstico. Ontem foi dia de muita preguiça com o meu "piolho encardido", o que me soube muito bem.
Começo a semana com uma refeição leve, simples e muito apetitosa, que não faço há muito tempo. Um dia destes vi fazerem num programa de televisão e decidi matar saudades. 
Aproveito para vos dizer que voltei, apesar de ter pensado muito em desisitir para me dedicar a outras coisas, mas depois do pai natal me presentear com tanta coisa boa relacionada com cozinha, nunca poderia voltar as costas ao meu tempero. Ainda dou por mim a fazer o almoço ou jantar e a apontar os ingredientes, talvez seja sinal que ainda não deva desistir agora.
Bom ano malta, sejam felizes!

segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Volto depois

Volto depois. Depois do Pai Natal me trazer as únicas duas coisas que lhe pedi. Duas coisas, apenas duas coisas. Inalcançáveis, porque tudo o que eu desejo não se desembrulha, não se paga, não se compra, não se pede. Continua a viver dentro de mim alguém que quer coisas inatingíveis, sonhadoras, utópicas e esquisitas para a maioria dos comuns mortais. 
Calar o meu silêncio estridente e voltar a acreditar. Só isso. É tudo o que quero este Natal. Dispenso tudo o resto.

Obrigada pelo carinho ao longo do ano. Obrigada por me lerem, por me ouvirem, por me abraçarem com as vossas palavras. Vocês já me vão conhecendo.

Sejam felizes, pelo menos tentem, porque a vida resume-se aos bons momentos, nada mais.

Volto depois (ou talvez não). 

carla

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Bolo pinacolada (sem batedeira)

Tenho algumas receitas a acumular na lista de espera, mas há preocupações na minha cabeça que me foram impedindo de ter inspiração para escrever. Mas ontem tive uma boa notícia, mesmo a propósito do meu pensamento estar com ela desde que acordei para lhe ligar e saber novidades. As minhas amigas de longa data são mesmo muito especiais para mim, mesmo que as nossas rotinas não estejam cruzadas atualmente, eu quero-lhes tanto bem. Temos uma história de quase uma vida, são tantos os bons momentos, que eu nunca poderia esquecer-me de nenhuma delas.
O telefone tocou e a boa notícia finalmente chegou, depois da cirurgia e alguns dias de espera. Ela está bem, não tem nada de mal. Um grande ufa. Beijo do tamanho do mundo para ti miúda.
A receita de hoje tinha de ser doce para tornar este momento ainda melhor. Um bolo inspirado na bebida pinacolada que todos conhecem. O mote foi dado pela Pondera, que me fez chegar um miminho tão bom que uso vezes sem conta nas minhas receitas, e claro, não podia ser um caril. É uma espécie de bolo para brindar. E não fosse ter aberto a porta do forno antes do tempo e ele descer um pouco, teria ficado maior.

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Salada quente de (sobras) de frango

Mesmo nos dias frios, há sempre espaço para umas saladas na minha mesa. Tudo foi pensado a partir das sobras de frango assado. Ficou uma salada bem aconchegante e só com coisas boas, quase a fazer lembrar a panzanella italiana.


quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Queijadas de leite e amêndoa com pele (sem batedeira)

Chegou a minha casa um saquinho de amêndoas com casca. É tão bom receber estes mimos que pertencem à terra de alguém. É inexplicável a alegria que sinto quando recebo produtos caseiros que não passam pela prateleira do supermercado. Deu algum trabalho a parti-las e aí se explica porque são tão caras, mesmo que sejam máquinas a fazê-lo. Para dar uso a estas meninas que eram tão doces, pensei numas queijadas, e como são tão fáceis de fazer, o "piolho" poderia dar uma ajuda para se entreter. Eu a mandar e ele a executar. Lembrei-me das queijadas da Sara e da Duxa e juntei as minhas amêndoas que depois flutuaram na massa e formaram uma crosta irresistível. Utilizei açúcar moreno para lhes dar mais sabor ainda, e reduzi também, pois polvilhei generosamente as formas com açúcar baunilhado e generosamente também depois de frias.

quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

Pudins de chocolate preto e baunilha (com amido de milho)

Facilmente se prepara uma sobremesa para aqueles apetites repentinos. Basta um ou outro ingrediente, uns pozinhos e já está. Eu acho que ficaram uns pudins bem simpáticos e é mais uma pechincha culinária para juntar a tantas outras que tenho feito. Bom, barato e bonito. Bonito vai ser depois quando eu engordar horrores por andar a comer tantas guloseimas.

terça-feira, 1 de dezembro de 2015

Cachaço de porco no forno, com mostarda, legumes e maçãs

O frio está instalado, não há nada a fazer. Nada de lamúrias, vamos é aproveitar as coisas boas desta estação do ano tão odiada por todos. Não é a minha preferida, é um facto, mas há tanta coisa boa que gosto de fazer no tempo frio. A comida de forno que nos trás tanto conforto, os fins de semana mais caseiros, as saídas para ver exposições, cinemas, as idas a Lisboa à noite bem agasalhados para vermos as luzes de natal, os petiscos em casa, as sestas depois do almoço, e mesmo o mais importante, agradecer ao destino mais um ano de "piolho encardido". Isso sim, é o meu maior presente. Enquanto anda tudo às avessas com o natal, eu só quero mesmo é pensar na festa do meu amor pequeno que faz anos no dia 25. Dez anos! Já passaram quase 10 anos que trouxe ao mundo este puto tão especial, que me faz rir como ninguém. Foi um caminho difícil enquanto esperei por ele, mas valeu a pena tudo, pois no fim tive esta grande recompensa. 
Bem, agora a receita de um belo cachaço de porco que custou 4 euros e qualquer coisa em promoção e que deu para muitas refeições para nós os três. Faz-se quase sozinho no forno e fica tão bom e económico.

segunda-feira, 30 de novembro de 2015

Chutney de cebola roxa

O "piolho" adora chutney de cebola roxa. Sempre que vamos comer um bitoque onde podemos escolher o molho, ele escolhe sempre o bife com chutney de cebola roxa. A pensar nele lá fiz uns frasquinhos para guardar e ir consumindo de muitas maneiras. Com queijo, no hambúrguer no pão, numa carne assada, com as sobras de um assado numa sandes, as possibilidades são muitas. Como é para consumir em pouco tempo não coloquei muito açúcar, mas se for para durar e durar, há que dobrar a dosagem para garantir que fica bem conservado. Podem triturar depois de feito, cá por casa preferimos os pedaços de cebola à vista.

quarta-feira, 25 de novembro de 2015

Wraps com nuggets de frango e molho de iogurte e coentros

O "piolho encardido" depois de duas idas às urgências, de medicamentos, muitas sonecas e muita preguiça, começa a dar sinais de melhoras. Prova disso é a sua rebeldia a vir ao de cima e os seus pedidos culinários. Ele bem sabe que nunca nego tais pedidos, nem que seja feijoada ao lanche ou canja ao pequeno-almoço, como já lhe fiz. E enquanto escrevia este post, fui fazendo umas panquecas como ele tanto gosta.
Até eu já me sinto mais animada para vir aqui partilhar o meu tempero. Hoje sai uns wraps que andam aqui nos rascunhos há tanto tempo, e como a receita é fácil de explicar, não passa de hoje. Cá por casa adoramos estes jantares leves que fazem companhia a uma sopa.


segunda-feira, 23 de novembro de 2015

Crème brûlée (com baunilha)

A semana não começou bem. Nem sempre estamos preparados para as situações menos boas nesta "coisa" de sermos pais. Nem sempre tudo é perfeito, nem sempre são boas notícias e às vezes eles também adoecem e mesmo que não seja nada de grave, o nosso estado de alerta fica bem mais apurado. Ainda ontem contava ao "piolho" que quando ele nasceu não larguei a mão dele no hospital com medo que mo roubassem. E quase dez anos depois a sensação mantém-se. Acho que no fundo todos os pais sentem o mesmo. 
Sempre que se aproxima o mês de dezembro recordo esse dia e todos os momentos até trazermos o "piolho" para casa. Um misto de alegria com alguma apreensão. Mas cá estamos, eu e o "mais-que-tudo" a fazermos a melhor das equipas para tornar este grande trabalho das nossas vidas muito mais fácil.
Agora vamos à sobremesa, um crème brûlée, que é bem diferente do nosso tradicional leite-creme. O leite-creme engrossa no fogão com farinha de trigo (eu gosto de usar amido de milho) e leva leite, ao contrário do crème brûlée que leva natas, apesar de ter misturado leite para ficar menos calórico, e vai a cozer no forno em banho-maria. As texturas são bem diferentes e nada como experimentarem para verem do que falo. Eu gosto de ambas.


terça-feira, 17 de novembro de 2015

Bolo de pêra e citrinos (sem batedeira)

Fiz este bolo a pensar em ti. Húmido como tu gostas, e não mal cozido como achas que ficam os bolos que julgas que são húmidos porque estão apenas mal cozidos. Rendi-me aos teus bolos só porque sim, ou na verdade, porque não haveria melhor maneira de os fazer, que não fosse mesmo por querer ver-te deliciado a comê-los. Sei que teimei tantas e tantas vezes, sem querer ceder à tua tão obsessão por bolos húmidos. Tantas vezes me apeteceu dar-te a massa crua dentro da tigela e a colher de pau para que comesses o bolo realmente "mal cozido". Sei que não sou fácil de convencer, sei que não sou fácil de compreender, sei que continuo a ser a miúda de 22 anos que conheceste (reencontraste) mimada, estranha e louca q.b., mas que o tempo mudou e aligeirou, que o tempo fez descobrir outras caraterísticas que não estavas preparado para conhecer em mim. O tempo foi o culpado de tudo. O tempo que perdi a cuidar dos outros sem pensar em mim, fui-me esquecendo. Quando me descobri, descobri também que ninguém estava preparado para me (re)conhecer. O tempo que perdi a fazer este bolo, era o tempo que eu precisava que os outros perdessem a reconhecerem-me, porque no fundo, eu sou apenas uma versão mais refinada daquilo que já fui. O tempo que passar, passarei sempre com tempo quando fizer os bolos húmidos que me pedes há tanto tempo, e eu a achar que era tempo perdido e afinal, ainda fui muito a tempo de torná-los também os meus preferidos. Já te disse que te amo? Ainda vou a tempo?

quinta-feira, 12 de novembro de 2015

Solha no forno com crosta de coentros e limão e batatinhas "a murro"

Como a maioria das mulheres (julgo eu) tento manter um equilíbrio na alimentação da minha família. Comer de tudo um pouco e preferir sempre produtos frescos e não processados, como muito se tem falado. Claro que quando o assunto arrefece já ninguém tem cuidados ou pensa muito nisso. Eu cá continuo a fazer o que sempre fiz, equilibrar. Uma das coisas que tentei mudar também ao longo dos anos, foi o consumo de peixe. Cresci numa casa que se comia muito peixe, e ainda hoje é assim. Quando fui viver para a minha casa, o "mais-que-tudo" vinha muito mal treinado com o peixe, era vê-lo engasgar-se a toda a hora, e com o receio fui preferindo os medalhões, mimos, tranches e afins, ou então o salmão e o bacalhau que eram fáceis de comer. A pouco e pouco fui introduzindo novos peixes, ensinando as regras base e de como safar-se sem ficar atravessado com uma espinha na garganta. Comecei sempre pelos fáceis, bacalhau, postas de salmão e pescada, depois os carapaus, o peixe espada, um dia um robalo, noutro uma dourada, noutro um pargo e por aí fora. Ganhei esta batalha com todo o orgulho de uma mãe de família que zela pelo melhor de todos. O "piolho" obviamente levou com este tratamento choque do peixe com espinhas desde que me lembro. Até mesmo um simples bacalhau à brás ou outros pratos com o peixe em lascas, eu digo sempre, não confiem em ninguém, nem em mim, porque podem sempre encontrar uma espinha. Durante meses, anos até, fui repetindo sempre a mesma coisa, cada vez que levava peixe à mesa. Puxem a pele, retirem as espinhas de lado assim, ponham-nas fora do prato, olhem para a garfada antes de pôr na boca, depois sintam com a língua e só depois engulam.
Imagino como fui chata...Mas está feito, a minha missão "peixe com espinhas" está cumprida! Quer dizer falta as sardinhas vá... que é só o meu peixe predileto... mas eu vou chegar lá.

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Broas de batata doce, mel e nozes

Não são obviamente broas castelares, nem de espécie, são as broas que eu gosto de fazer, sem calda de açúcar em ponto específico e outras complicações para dias mais ocupados. São b(r)oas para fazer em casa, rústicas e pouco doces como eu gosto. Nada de açúcar, apenas mel para adoçá-las. Ficam muito molinhas por dentro e perfumadas. Depois é dividir pela vizinhança.

segunda-feira, 9 de novembro de 2015

Almôndegas de frango com cenoura e courgette

Sexta-feira passada o "piolho" teve passeio na escola. E eu tinha de pensar no almoço que ele iria levar. Tinha de ser prático a comer, saboroso e equilibrado. Pensei e lá decidi fazer uns hambúrgueres de peito de frango com legumes. Embora eu não precise de esconder os legumes, é uma maneira eficiente de tornar a carne menos seca e ingerirmos legumes quase sem nos apercebermos, já para não falar que dois peitos de frango (peito inteiro de 1 frango) renderam além dos 2 hambúrgueres que ele levou, mais uma fartura de almôndegas que se fizeram num ápice e com a ajuda  do tomate em pedaços com manjericão e orégãos Guloso. Podemos sempre brincar com as texturas ralando a cenoura mais finamente e a courgete maior.

quinta-feira, 5 de novembro de 2015

Sopa de frango e legumes

Estava aqui a pensar com os meus botões naquela frase que faz muito sentido em todos nós. Que só damos valor às coisas ou pessoas quando as perdemos. Isto a propósito de ser uma pessoa bastante arrumada lá em casa. Durante anos não saí de casa sem arrumar tudo primeiro, tirando uma coisa ou outra que não posso fazer por algum motivo, mal eu acordo faço a inspeção matinal a tudo. Sou demasiado arrumada, mas para bem da minha sanidade mental gosto de o ser. Gosto de ter tudo no lugar, e mesmo que não limpe o pó semanal, tudo o resto tem de estar sempre impecável. E olhem que lá por casa já vi com estes olhinhos muita coisa estranha, assim só para resumir: cascas de banana dentro da gaveta da roupa interior; cachos de uvas debaixo do sofá; frigorífico ou congelador completamente abertos durante a noite; manteiga literalmente pendurada nos azulejos da cozinha, e tantas outras pérolas que o dia não chegava para vos contar. Arrumo, limpo e raramente reclamo, muito raramente mesmo. Até porque acabo por me rir sozinha destes achados diários destes meus dois amores. E não vale a pena perder tempo com isso, que não seja arrumar e pronto. Da mesma forma que eu espero que contornem os meus defeitos, que os tenho e muitos, sem grandes alaridos e reclamações. Mas no dia que eu saí de casa à pressa, e só tinha duas opções, ou chegava atrasada ao meu destino ou deixava a casa imaculada como sempre, escolhi a primeira e nesse dia notaram efetivamente e em tom estranho fizeram reparo. E eu a pensar que nem davam por mim por ser tão arrumada e que o que faço diariamente passava despercebido e afinal... Isto fez-me lembrar aquele filme do David Linch que vi há anos, sobre um velhote que partiu no seu trator em viagem, decidido a procurar a irmã que há anos estavam zangados, e quando chega ao destino depois de algumas peripécias, recebeu a triste notícia que ela tinha acabado de morrer. Pois é, às vezes é preciso medidas drásticas para acordarmos de vez para a dura realidade que é, não darmos valor às pessoas enquanto elas estão connosco. Um dia pode tudo mudar e já não irmos a tempo de remediar o que muitas vezes pensamos que já não tem remédio, quando só a morte determina mesmo o fim de tudo.
Com isto tudo até me esqueci de colocar a receita. Uma sopa muito aromática com um caldo que se faz sem pressas e que o tomate seco perfuma e se esconde no fim.

segunda-feira, 2 de novembro de 2015

Cuscuz aromático com salmão e camarão ao vapor

Este fim de semana o meu ponto alto foi levar o "piolho encardido" ao sushi. Ficou prometido levá-lo lá todas as vezes que faz os testes e trás de volta "Bom" a tudo. É uma boa desculpa para mim, que fujo sempre ao sushi porque na verdade não fica barato. Ele delira e agradece-me sempre tanto, e eu nada me importo por todo o dinheiro gasto, só para ver aqueles olhinhos a brilharem. Ele compreende bem que apesar de eu adorar de paixão cozinhar, não tenho mãos para este tipo de gastronomia. Lá me desenrasco com as gyosas e pouco mais, portanto há que aceitar as minhas capacidades. Assim que chegamos ao nosso restaurante de sushi preferido nem precisamos ver a ementa, é praticamente uma dose de cada, porque este puto tem uma grande prática com os pauzinhos e um apetite de adolescente. E o que é que o cuscuz tem a ver com o sushi? Nada pois, mas tem a ver comigo e com ele, pois é um dos pratos que ambos apreciamos.


sexta-feira, 30 de outubro de 2015

Pizza 2 queijos, presunto e azeitonas (com a ajuda da CONDI)

Mais um desafio Condi, desta fez utilizando o fermento padeiro seco. Saiu uma pizza do forno, aliás, saíram duas, pois há algum tempo que não fazia para o "piolho encardido" que está sempre ansioso por comer pizza. Desta vez fiz a massa em jeito de pão, pois decidi não colocar azeite como habitualmente faço, e uma parte da farinha utilizei farinha integral. Não comprometeu o sabor nem a textura. É irmos variando e testando outras formas de fazer as coisas.

terça-feira, 27 de outubro de 2015

Pudins de requeijão, mel e nozes

Este fim de semana foi muito caseiro, e a verdade é que me soube bem. Cozinhei muito, mais do que devia, e fui enchendo o frigorífico de sobras que gosto sempre de consumir rapidamente. Foi também altura de olhar para os ingredientes que havia no frigorífico e na despensa, uns com validade apertada e outros frescos a precisarem de serem consumidos rapidamente. O requeijão a terminar o prazo foi o mote perfeito para fazer a sobremesa. Havia mel, uma mão cheia de nozes e restavam dois ovos no frigorífico. Rapidamente preparei uns pudins com aquele sabor típico desta combinação, requeijão, mel e nozes. Melhor é impossível.

segunda-feira, 26 de outubro de 2015

Linguine rosa com atum e cogumelos

Nem sempre a vida é cor-de-rosa. Nem sempre tudo nos corre como gostaríamos. Nem sempre estamos à altura das pedras que vamos encontrando no caminho. Nem sempre é fácil. Este ano tem sido revelador para mim. Descobri que sou mais forte do que imaginava e já não tenho medo do desconhecido. Estou a aprender a estar à altura do que me vai acontecendo, contornando os obstáculos colocando-me sempre em primeiro lugar, como nunca antes fiz. Aprendi a gostar mais de mim. Aprendi que eu própria sou o melhor colo que tenho. Temos que nos amar em primeiro lugar e nunca por nada deste mundo deixar que nos destruam a alma. A alma que passamos a vida a entregar aos outros que depois nos devolvem como se nunca a tivessem tido.
E o que desejo para 2016? Desejo encontrar pessoas bonitas, pessoas para as quais eu possa parecer bonita também. Pessoas que não se importem com os meus defeitos e até se riam deles. Pessoas que entrem no meu álbum de fotografias e permaneçam lá para sempre.
A puta da vida nem sempre é cor-de-rosa, mas como quem manda na minha cozinha sou eu, este fim de semana saiu um prato cor-de-rosa choc a fazer lembrar a minha querida amiga Gigi que já partiu e que bebia sempre batidos de beterraba, cenoura e laranja e eu só consegui deixar entrar na minha despensa esta raíz depois de algum tempo da sua morte. Porque ao contrário da cebola, descascar beterraba fazia-me sempre chorar a sua ausência. Aprendi a recordá-la cada vez que faço beterrabas, aprendi a transformar os olhos inundados de água por memórias tão boas passadas com ela. E atum porquê? Porque esta lata de atum viajou por sítios que provavelmente eu nunca conhecerei e veio ter às minhas mãos pelas mãos de alguém que marcou a diferença. Obrigada!

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

Bolo de maçã e cevada solúvel (sem batedeira)

Às vezes sinto que estou a virar uma verdadeira mulher das cavernas... É que por muito que eu queira adaptar-me às tecnologias que nos facilitam e ajudam na cozinha, mais sinto que não preciso delas. Nunca fui muito chegada aos bens materiais, sempre fui mais ligada às emoções com as pessoas, aos sítios que fui e que quero voltar a ir, ou a outros que anseio conhecer, e a todas as experiências e vivências que marcam verdadeiramente a vida, a minha vida. Isto para vos dizer que desde que a minha batedeira avariou, não senti ainda qualquer necessidade de a substituir, pois descobri que consigo bater natas em chantilly, claras em castelo ou fazer bolos sem ela. Este bolo foi a prova disso. Em poucos minutos estavam os ingredientes misturados e a massa pronta na forma para levar ao forno, e sem grande esforço manual.


terça-feira, 20 de outubro de 2015

Filetes de cavala cozidos à algarvia

Eu cresci com receitas algarvias, trazidas pelos meus pais quando vieram do sul para se instalarem juntos noutra cidade bem distante. Volta e meia gosto de matar saudades destas receitas e aromas tão especiais que me lembram o colo da mãe e do pai. O colo que nunca mais vamos esquecer, estejam eles onde estiverem. É uma receita tão simples, com o sabor aromático dos orégãos e as cavalas que atualmente parece que são tratadas como um ingrediente gourmet.


segunda-feira, 19 de outubro de 2015

Panquecas (CONDI) com leite de coco e doce de abacaxi (com pectina CONDI)

A Condi propôs-me novo desafio, e entre panquecas e pectina saiu a minha ideia de um lanche ou pequeno-almoço bem simpático, aliás, muito simpático. As panquecas estão preparadas para nos facilitar, basta adicionar ovo, óleo e leite. Nesta minha receita de panquecas, sugiro não se adicionar óleo, e usarem uma boa frigideira anti-aderente e untada levemente com óleo, e para contrariar o vulgar leite, decidi torná-las mais exóticas e adicionar leite de coco, que fez "pendant" com o doce de abacaxi feito num piscar de olhos com a ajuda da pectina. A pectina ajuda-nos a engrossar rapidamente os doces feitos com frutas que não contenham muita pectina naturalmente, como é o caso do abacaxi.
Obrigada Condi!

sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Focaccia de tomate seco e alecrim (com a Fermipan para o dia mundial do pão)

Em casa onde não há pão, todos reclamam e ninguém tem razão. Foi com esta frase que cresci, ouvindo vezes sem conta a minha mãe dizê-la. Hoje percebo bem o que isto significa e como as palavras têm tanto poder. Por isso é sempre melhor pensar antes de falar, e de falar antes de agir.
Toda esta conversa à volta do pão para assinalar este Dia Mundial do Pão, que hoje se celebra. Todos já sabemos a preciosidade que é termos pão na mesa, daí achar que este dia merece ser comemorado com respeito e grande simbolismo como o rei de todos os alimentos.
Fermipan desafiou-me mais uma vez (obrigada Maria!) e eu lá pus as mãos na massa, coisa que adoro fazer, seja ela qual for, desde que haja paciência na espera, o resultado final é sempre bom. Todo o pão à volta do mundo é especial, por isso hoje saí uma focaccia do forno feita com a receita base habitual de pão que faço vezes sem conta.



quarta-feira, 14 de outubro de 2015

Bacalhau, batatas e ovos cozidos com crosta de 3 pimentos e coentros

Tenho feito muitas receitas com bacalhau. Nem todas estão por aqui, pois nem sempre me dá jeito fazer esperar os meus amores enquanto faço o registo fotográfico. Já me convenci que tenho toda uma vida para vos mostrar o que vou cozinhando.
Quase todas as semanas compro lombos de bacalhau congelados em promoção, ora num hipermercado ora noutro. Tem-me dado tanto jeito, que pensando bem, há realmente muito tempo que não tenho bacalhau seco a demolhar em casa. Sim, tenho andando preguiçosa, mas isso não faz de mim uma mulher inferior, apenas gosto de ver a minha vida facilitada algumas vezes, já que na minha cozinha tento fazer tudo de raiz. Desta vez saiu um prato simples de bacalhau, batatas e ovos cozidos que depois é mimado com uma crosta de pimentos e coentros, que dá cor e uma dinâmica diferente ao prato. Perfeito para preparar de manhã ao fim de semana, e levar ao forno quando chegamos os três a casa da natação.

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Crumble de maçã e baunilha (com aveia e nozes)

Têm saído da minha cozinha algumas sobremesas todas elas com maçã. Havia o crumble para experimentar e nem sei porquê nunca o tinha feito. Conhecia algumas receitas e os vários métodos de a fazer, mas ainda não tinha pensando bem nisso. É uma sobremesa muito agradável, que se pode alterar, variar ou torná-la mais saudável para quem não pode abusar tanto. Na minha opinião acho que vale muito a pena todo o trabalho antes com as maçãs, o sabor e a textura será completamente diferente se as utilizarem a "crú". A fotografia não faz "jus" às minhas palavras porque foi tirada no dia seguinte e já fria, e faz toda a diferença acreditem, mas têm a minha palavra de honra que estava bom. Lá andei a procurar defeitos aqui e ali, e quando saiu do forno comi logo uma taça. A curiosidade de provar e saber como me tinha saído era tão grande que percebi que despachei uma logo assim à cabeça. E eu até nem me apetecia, era mesmo só para criticar. A vagem de baunilha torna esta sobremesa especial e vale a pena ter sempre em casa, tal como o açúcar mascavado, que apesar de não ser próprio para fazer um caramelo normal, nestes casos resulta muito bem pois vai cozinhar com as maçãs e acaba por dissolver-se e caramelizar bem, e fica com um sabor divinal como quando fiz esta tarte que tem mais açúcar porque as maçãs eram bem ácidas.

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

Creme de couve-flor com couve galega (caldo verde)

Cá em casa somos todos apreciadores de sopa. É claro que cada um tem as suas preferidas. Eu adoro sopas de peixe, de entulho, sopa da pedra e todas que levem carne e enchidos. O "mais-que-tudo" adora as aveludadas com muitos espinafres ou grelos e massa, de marisco, gaspachos, sopa alentejana e de tomate. O "piolho" gosta muito das mesmas que eu, tirando as de peixe, adora canja e caldo verde com muito chouriço. Como faço sopa muitas vezes durante a semana dá para agradar a todos. Eu continuo a gostar de contornar alguns obstáculos na cozinha, como foi o caso desta sopa. O "piolho" ainda não aprecia muito couve-flor, por isso tive de arranjar artimanhas e esconde-la numa sopa que tivesse parecenças com o caldo verde com chouriço que ele tanto adora. Bastou parecer, bastou colocar um chouriço na mesa com pão para o apanhar distraído e dar a golpada final, ou seja, ele comer a sopa toda.

quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Coxas de frango com cogumelos e 3 pimentos (marinada da CONDI) e arroz Thai Jasmine de limão

A Condi desafiou-me a testar alguns dos seus produtos. Um deles é a marinada para frango e peru. Como esta marinada já contém tudo o que precisamos para temperar, não foi sequer preciso adicionar mais nada de temperos ou gordura. E quando digo, mais nada, é mesmo mais nada. Claro que tive que dar cor ao prato e adicionar uns ingredientes extra para fazerem companhia ao frango e assim parecer que foi imensamente trabalhoso fazer esta refeição, mas não foi! Marinada aprovada! Obrigada Condi!